Acidente

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Nos ficamos a olhar um para o outro a sorrir e em silencio a trocar beijos de vez em quando. O telemovel não pára de tocar então ele decide de fazer uma pausa e atender:

- Diz primo! Estou com pressa...

Eu olho atentivamente para ele enquanto ele ouve o primo a falar do outro lado da linha. Os dedos dele acariciam a minha bochecha e no mesmo momento em que eles param a cara dele fica com um sinal de preocupação.

- Mas como é que isso aconteceu? Tu estás bem? – Ele dá-me a mão dele e puxa-me com gentileza pelo caminho de onde viemos sem falar comigo e ainda no telemovel. – Olha eu já estou a caminho, envia-me exatamente as coordenadas que eu vou ter contigo. Xau!

- O que foi? – Eu pergunto ao tentar acompanhar o passo dele.

- O meu primo teve um acidente.

- Ele está bem?

- Ele disse que sim, só estragou o carro. Desculpa mas eu vou ter que o ir buscar não te incomodas se acabar-mos a noite por aqui?

- Não, é obvio que não...

- Eu levo-te a casa.

Assim que damos partida com o carro ele já esta mais calmo, ele então quebra o silêncio:

- Desculpa anular a nossa noite, mas familia é familia...

- Eu sei, não tens que me pedir desculpas...

- Meio que sim, eu juro que não foi assim que eu imaginei esta noite...

- Imprevistos acontecem, e para além que como disses-te familia é familia e tens que ter acerteza se ele está bem. – Eu meto a minha mão sobre a dele que se encontra na caixa de mudanças e ele aperta-me a mão.

Ele estaciona o carro em frente á porta do prédio de Dimitri e sai do carro para me abrir a porta.

- Eu espero poder te compensar... Combinamos por telemovel?

- Sim... – Eu respondo envergonhada sem saber como dizer adeus a ele.

- Até à proxima Diana! – Ele diz e vai a caminho do carro.

Eu viro as costas para entrar dento do prédio e oiço ele a dizer:

- Diana!... - Eu viro-me de volta e ele esta a vir rapido para mim e me beija. – Eu adoro-te, sonha comigo! – Ele pisca me o olho a ir em direção do carro e eu retribuo com uma piscadela também. Eu o vejo partir e toco á campainha do Dimitri para ele me abrir a porta do prédio.

As portas do elevador abrem e eu meto a minha cabeça do lado de fora à procura do Dimitri. Ele está a abrir o frigorifico e olha para mim:

- Tu não tinhas dito que não vinhas cedo para casa e talvez nem viesses?

- Ocurreu um imprevisto... – Ele serve-se um copo de sumo que parece ser de maracujà e propõe-me um copo e eu aceno afirmando.

- O que aconteceu? Ele não teve coragem? – ele pergunta com um sorriso malicioso.

- Coragem para quê? – Eu pergunto a ficar chateada pois já sei do que ele vai falar.

- Não sei. Se atirar para cima de ti, te perguntar para sair, para te beijar... – Ele responde com uma voz sedutora e a entregar-me o meu copo em cima do plano da cozinha.

- Na verdade, ele dançou comigo, disse que me adora e beijou-me. – Eu digo para lhe meter nojo e consigo pois o sorriso dele desapareceu.

 – Eu digo para lhe meter nojo e consigo pois o sorriso dele desapareceu

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Maldito PadrastoOnde histórias criam vida. Descubra agora