Era uma vez, numa cidade próxima à floresta, uma rapariga jovem de cabelos longos e escuros como a noite e uns olhos cor de âmbar.
Ela chamava-se Capuchinho Vermelho pelo facto de usar essa mesma peça de vestuário - que lhe tinha sido oferecida pela sua avó - todos os dias. Ela e a sua mãe trabalhavam na pastelaria mais conhecida da cidade, de onde saíam os melhores bolos e os pães mais crocantes e estaladiços.
A mãe da Capuchinho era a dona desse estabelecimento - algo visto como um tabu, pois a cidade tinha leis rígidas contra os direitos das mulheres - por causa do pai do seu falecido marido, morto numa guerra feudal, sendo ele o único homem viril da família e um caçador.
Este apenas deixava as duas ficarem se lhe dessem metade dos seus rendimentos e os seus melhores bolos, numa viagem mensal até sua casa, do outro lado da floresta. Por anos, a mãe de Capuchinho manteve esse acordo, viajando sempre por aquela floresta obscura. Mas, um dia, a mãe ficou extremamente doente, mal conseguindo se levantar. Então, num ato de desespero para não ser posta no olho da rua, chamou a sua filha.
- Sim, mamã - disse Capuchinho numa voz suave e carinhosa, ajeitando a coberta da cama onde a sua mãe estava deitada, não deixando passar o frio - De que necessitas?
- Minha filha... - começou a mãe, metendo a mão na cara macia da sua filha - Eu preciso que tu entregues esta saca ao teu avô, do outro lado da floresta.
- Qual é o caminho? - perguntou Capuchinho, pegando no saco, altruístamente.
- A floresta é muito grande, pelo que é fácil perdermo-nos. Eu tenho um mapa, que já está dentro da saca. Mas tem cuidado, pois existem muitos animais ferozes lá dentro.
- Eu vou ter cuidado, prometo. - tranquilizou Capuchino, beijando a sua mãe na testa - Agora precisas de descansar.
Capuchinho Vermelho saiu de casa logo depois, metendo um sinal na porta: "Fechado Temporariamente".
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Capuchinho Vermelho e a Maldição da Humanidade
Short StoryOlá, se não tens nada para fazer e procuras algo para entreter, estás no sítio certo. Plágio é crime.