|Narração Luan|
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Entrei na sala e o primeiro olhar que eu encontrei foi o dela, Agatha. Ela estava linda hoje com aquele lenço vermelho que combinava extremamente com o seu batom naquela boca carnuda. Não disfarcei meu olhar pra ela e me sentei de frente pra mesa olhando ela por cima dos olhos. Fiz a chamada, e fui arrumar o projetor. Eu sentia o olhar quente dela sobre mim, ainda mais quando eu subi na cadeira pra ligar o projetor.
— Boa noite pessoal. — falei indo em direção a porta para fechá-la. Todos me responderam em um coral. — Como foi o final de semana de vocês? — perguntei a logo a porta se abriu revelando Karoline, uma das minhas alunas.
— Professor, perdão pelo atraso. — disse sem jeito e se sentou na primeira carteira bem na frente.
— Boa noite Karoline. — falei firme. — E então hoje vamos ver um pouco sobre a OSCIP. Alguém sabe me dizer o que significa essa sigla? — perguntei olhando para a Agatha, ela mordeu os lábios com delicadeza e sorriu de canto.
— OSCIP é uma Organização da Sociedade Civil de Interesse Público. — disse Karoline e eu a olhei parando na sua frente.
— Certo! E você sabe me dizer o que ela é? — arqueei uma sobrancelha fitando a morena dos cabelos curtos em minha frente, seus olhos azuis me chamavam.
— Ela é uma qualificação jurídica atribuída a diferentes tipos de entidades privadas, atuando em áreas típicas do setor público com interesse social, que podem ser financiaras pelo Estado ou pela iniciativa privada sem fins lucrativos. Ou seja, as entidades típicas do terceiro setor. — disse ela por fim e eu a olhava boquiaberto, ela era muito inteligente e gata.
— Meus parabéns Karol, você fez o dever de casa. — afirmei e me virei escrevendo no quadro negro as siglas OSCIP e ONG. — Pela resposta da nossa colega temos um bom entendimento sobre OSCIP... Mas é uma ONG? Ela já não seria uma OSCIP? — questionei e de novo Karoline me respondeu.
— Sim, pela lógica ela já é uma OSCIP! — afirmou como se tivesse toda a certeza disso.
— E porque você acha isso Karoline? — perguntei e pareceu que o gato havia comido sua língua.
— Não... — ouvi a voz de Agatha no final da sala, a olhei rapidamente.
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Indecente
Romance"Seu rosto angelical era um convite para a minha perdição. A forma como seus lábios se moviam, de como ele passava a mão na barba enquanto explicava. Ele é muito inteligente. Gato demais. Sua boca me chamava e eu mal conseguia prestar atenção na ma...