Ditadura – poema
Vivemos em uma ditadura. É época de tortura.
A menina foi estrupada e o pai pergunta com qual roupa ela estava
Perguntas aleatórias se tornaram fatais "qual sua opção sexual?"
A menina que sai na rua de short é indecente.
O batom vermelho é sinal de puta, e ser afeminado é motivo de ser apedrejado.
ATENÇÃO! Salém está de volta
O julgamento de feiticeiro, agora é com o negro que é taxado de bandido.
A mulher sai na rua com medo de ser estrupada.
O índio têm medo de ser esfaqueado.
O negro da polícia não quer apanhar.
Nordestino de analfabeto é chamado.
Na ditadura social o gay e o negro não têm vez.
Não temos guardas na rua mas sim uma velha fofoqueira no final da rua
Tomem cuidado, irmãos. Hitler está de volta.
A resistência se nega a deixar as bruxas serem queimadas.
"A única linguagem que os homens entendem é a guerra"
– As sufragistas
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Ditadura - poema
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