Capítulo 5

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Booooom dia! Alguém esperando por mais Rosa e Chris?

Olha, preciso fazer um pedido: não saiam atacando todos os cadeirantes que virem na rua, pelo amor de Deus! HAHAHAHAHAHA Nem todos são solteiros!

Olha, preciso fazer um pedido: não saiam atacando todos os cadeirantes que virem na rua, pelo amor de Deus! HAHAHAHAHAHA Nem todos são solteiros!

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Fiz questão de chegar ao Vandal quinze minutos antes do horário marcado. Pretendia pegar uma mesa antes que Christopher chegasse e avisar ao garçom para que deixasse apenas uma cadeira, a que eu usaria. Não queria parecer uma pessoa alheia às necessidades de alguém na condição dele, mas meus planos deram muito errado.

Tudo começou assim que cheguei e me dirigi à entrada guardada por um segurança de terno. Ele não sorriu, típico de seguranças. Muito menos eu, porque não mostrava os dentes para qualquer um. O armário engravatado me lançou um rápido olhar e não impediu minha passagem. Adentrei num lounge onde ficava a recepção e olhei em volta, maravilhada. Tudo era de muito bom gosto.

Uma funcionária elegante sorriu para mim e me desejou boa noite, muito simpática.

— Boa noite. — Sorri de volta. — Gostaria de uma mesa para duas pessoas em local de não-fumantes.

— A reserva está no nome de quem? — perguntou ela, já finalizando o contato visual para deslizar o dedo pelo monitor de plasma sobre a bancada de granito.

Senti minhas entranhas se contorcerem e declarei:

— Não cheguei a fazer reserva. Era necessário?

Aquela foi a pergunta que me enterrou na lama. Não somente as funcionárias da recepção como também os dois casais que estavam sendo atendidos me olharam como se eu fosse uma mula. E eu devia ser. Quando, por Deus, eu pude cogitar a hipótese de que um restaurante daquele nível fosse atender qualquer um que batesse em sua porta?

A funcionária pareceu contar até dez e, por fim, abriu outro sorriso, dessa vez transbordando pena.

— Só trabalhamos com reserva, senhora. — Ela olhou de novo para o monitor. — Eu posso agendá-la para dia cinco de maio, pois tivemos essa desistência hoje.

CINCO DE MAIO??? Nós estávamos no final de março! Gritei por dentro e mantive a elegância por fora, jogando meus cabelos para trás e dando um sorriso charmoso para ela.

— De uma mulher para outra, espero que você me compreenda. Vou jantar com um cara muito, muito gato e adorável. — As funcionárias se entreolharam e eu fingi não reparar que estava entrando para a lista das mulheres idiotas e desesperadas. — Eu fiquei de escolher o restaurante e vou fazer papel de boba se tivermos que ir embora.

— Sinto muito, senhora. — Ela me lançou um olhar triste. — Não há nada que eu possa fazer. Estamos lotados todos os dias.

Aquele "senhora" estava me irritando e, pela expressão da atendente, não adiantava ficar ali me humilhando e implorando por uma mesa. Agradeci e saí do restaurante, catando meu celular dentro da bolsa para ligar para Christopher e cancelar o encontro. Se ele saísse de casa e se deslocasse até o Brooklyn à toa, eu me sentiria muito culpada.

[ DEGUSTAÇÃO ] Perfeito pra mimOnde histórias criam vida. Descubra agora