Olá! É sempre bom ver que você gostou de nossa última história.
Pois essa você pode não acreditar, mas eu estava lá, então... Coincidência não existe, se lembra?...
Marta, uma mulher de 32 anos, cabelos longos e ondulados, pele bem cuidada, olhos azuis como o céu pela manhã, sempre de bom humor. Tinha dois meninos, o mais velho de 17 anos, e o mais novo de oito. Casou-se cedo com seu marido, Claudio... Claudio já não era mais tão belo como antigamente, de uns anos pra cá ele vinha se descuidando, deixando de lado os cuidados com ele mesmo e com sua família. Já não era mais o pai que um dia foi, não prestava mais atenção em sua mulher, o amor claramente foi se esfriando. Cada vez mais, Marta se sentia sozinha e sentia que isso era culpa sua, mas não era!
Eles haviam se mudado há pouco tempo para outra casa. Nessa casa Marta se sentia observada, mas acreditava ser coisa da sua cabeça, afinal, sempre foi muito fiel ao catolicismo e não acreditava nessas coisas. O quarto do casal era no andar de cima e o das crianças em baixo.
Quando alugaram a casa, a moça que fez o contrato disse que morava na casa com o filho, e só os dois. Mas ela preferiu ir para uma casa menor.
Claudio mudou de emprego, e nesse novo, teve que viajar. Ficaria um dia fora e outro em casa por conta das viagens com seu caminhão. Marta então ficaria sozinha com as crianças. Toda noite, Marta passava creme em todo o seu corpo antes de dormir, como sempre cuidando da pele. Já fazia um tempo que Claudio não era mais o bom marido, então Marta sentia saudade de ser elogiada, de ter alguém como marido de verdade. Nessa noite em especial, Marta dormiu sozinha, e em seu sonho ela acordou dentro de sua casa, mas os móveis estavam diferentes, e quando olhou para a porta viu um homem de um metro e oitenta, corpo atlético, apenas usando uma cueca boxer branca. Ela sem entender nada no seu sonho, disse:— Quem e você?
— Eu sou um admirador, ou um sonho. Só queria dizer que te achei muito linda, e queria poder conversar com você, te conhecer melhor. Acho que podemos ser grandes amigos.
— Mas eu não sei seu nome!
— Me desculpe...Ele se virou, revelando uma feição calma, um belo sorriso, e um rosto desenhado, de cavanhaque. Cabelos cortados, castanhos e muito bem tratados. Sentou-se à beira da cama e disse:
— Meu nome é Leonardo.
Ali ficaram durante toda a noite, até que Marta acordou ao som de seu despertador. Sem acreditar que aquilo realmente tivesse acontecido, ela ficou com essa sensação de realidade o restante do dia, e quando foi dormir à noite novamente, teve mesmo sonho, com a mesma pessoa. E assim se seguiram os meses. Mas claro que não era coincidência eu estar ali... Afinal, coincidências... Não existem.
Seis meses depois, Marta começou a se arrumar para dormir, passar perfume e se arrumar toda, e essa foi a última noite em que Marta havia se divertido com o seu amante mental. Dessa vez ele estava mais agressivo, disse que ela deveria ficar com ele, que ela não seria feliz com outra pessoa se não com ele. Marta, assustada, acordou sem ar e não conseguiu dormir mais naquela noite.
Foi ficando muito assustada, pois toda vez que dormia ela sonhava com isso. Pediu ajuda à sua mãe, começando a acreditar que isso estava fora dos sonhos. E assim fez a mãe de Marta: passou a noite acordada ao lado da cama da filha, para observá-la. Assim que Marta dormiu, foi atacada por Leonardo, ele a segurava pelo braço e gritava em seu ouvido que ela deveria ir com ele, que ela não seria feliz ao lado de ninguém, que se ela não ficasse com ele não iria ficar com mais ninguém. Ela gritava sua mãe, pedia socorro, mas ninguém podia ouvi-la, até que acordou muito assustada e sua mãe sem entender nada.— Mãe, eu chamei pela senhora, mas a senhora não me ouviu! Eu não posso mais ficar aqui, não posso mais dormir.
— Filha, eu não ouvi, você parecia dormir como um anjo. Mas hoje você e as crianças vão para minha casa, e amanhã vamos buscar ajuda.E, ao amanhecer, Marta e sua mãe foram à igreja evangélica, à católica, ao centro, e até ao terreiro, e de formas diferentes, todos falaram a mesma coisa: que o problema estava na casa. Então Marta deu um jeito e falou com seu marido — que por sua vez já estava ficando preocupado com ela, não dormindo à noite e sempre acordando em desespero. Eles foram até a dona da casa e quebraram o contrato, mas a dona estranhamente não lhes cobrou nada. Disse que estava tudo bem.
Quando se mudaram e Marta foi entregar a chave para a dona, ela a perguntou onde estava o filho dela, que Marta nunca havia visto.— Ô minha filha, meu filho faleceu. Cometeu suicídio, após discutir com a mulher. Depois disso eu não pude mais morar na casa sozinha, então me mudei para essa que é bem menor, só para mim mesmo.
— Eu sinto muito, mas a casa que você morava era maior que essa?
— Sim, é a que você estava morando. Leonardo ficava no quarto de cima e eu no de baixo. É ele aqui na foto.Marta desmaiou...
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Contador De Histórias
Short StoryNão so observo, eu sinto, vivo, as historias das outras pessoas ou seres, e depois descrevo a minha visão dessa história. Entao se voce como eu e um amante de historias. Venha, sente-se, deixe me te contar uma história sobre...