Cavaleiros de dragões

Sarah

Solto um suspiro ao ouvir gritos após um grande barulho. O acampamento deve ser por este lado então.

Dois dias atrás
-Precisamos de você Sarah, todo o destino da humanidade depende de você. Venha para o torneio
-Por que eu deveria? Sabe muito bem que odeio competições, torneios, lutas. Odeio humanos
-Há algo a mais-fala a organizadora do torneio à minha frente. Havia a conhecido durante uma de minhas missões do passado e recentemente ela pediu minha ajuda- o lado inimigo tem começado a extrair a magia de dragões com processos extremamente violentos para transformar humanos em armas. Como consequência há todo tipo de nova criatura que se possa imaginar. Sei que não lutaria pelos humanos, mas... e se os dragões estiverem em perigo?

Hoje em dia

ODEIO CHANTAGEM EMOCIONAL!

Corro em direção aos gritos e me deparo com uma cena inacreditável. ISSO É UM GIGANTE???!

Vejo que a maioria das pessoas corria para longe do ser. Não os culpo eu estou louca pra sair correndo também, só que preciso evoluir, preciso treinar para que possa ajudar nessa guerra. Por isso preciso do torneio e não dá para ter torneio se esse gigante destruir todo o acampamento de treino. Por isso, só por isso, vou acabar com a raça desse idiota

Corro em sua direção, mas assim que ele nota meus movimentos tenta pisar em cima de mim, fazendo com que eu me jogue para o lado e veja seu pé cair a milímetros de meu corpo. Sinto o chão tremer a minha volta antes de ele me pegar com sua mão imensa e me jogar no chão com força. Certeza que isso me deixou toda roxa por baixo dessa capa...

Irada, sinto minha raiva aumentar e meu ódio crescer. Faço menção de me erguer, mas uma pontada de dor em praticamente meu corpo todo, me impede de fazê-lo.

Não é possível. Não posso perder aqui e agora. Não mesmo. Mas como eu vou derrotar uma criatura quilômetros mais alta que eu?! Se ela encostar em mim de novo já era!

-Nenhum inimigo é invencível.

Escuto a voz em minha cabeça como um flash e respiro fundo antes de me erguer e analisar o ser a minha frente. Ele é maior, mas graças a isso é mais lento.

Corro em sua direção em zigue-zague, fazendo com que ele não saiba onde me atingir. O confundo mudando a direção e dando voltas em seu corpo para que ele não saiba aonde estou indo. De repente, me agarro em seu corpo e começo a escalá-lo. Ele dá várias voltas tentando descobrir onde estou, mas não obtém sucesso.

Graças ao meu peso e tamanho muito inferior ao dele, minha presença não foi notada, o que o confundiu mais ainda.

Chego em sua cabeça e antes que ele faça algo, dou dois fortes socos em seus olhos deixando-o cego. Repito o ato várias vezes até que seja suficiente para que ele fique quase inconsciente. Homem ou gigante, as correntes sanguíneas e fragilidade de nosso globo ocular não podem ser desconsideradas.

Em um rápido movimento procuro minhas adagas escondidas em minha bota e corto a garganta do gigante de modo rápido e bruto

Seguro forte em seu corpo já que o mesmo começa a cair e quando ele enfim atinge o chão em um estrondo, me permito respirar fundo e me sentar em seu cadáver tentando recuperar o fôlego.

Foi quando vejo um trio de pessoas que iam contra a multidão. Esses caras são doidos? Por que estão aqui?

-V-v-v-vocês estão vendo isso?-indaga a garota trêmula
-G-g-g-gigantes ainda existem?-pergunta um cara engolindo um seco