O som da sua voz

Capítulo 14 - Oliver

No dia seguinte, Diana acorda, como era hábito, mais cedo do que as colegas. A jovem veste o seu uniforme e desce até à cozinha onde encontra os elfes a prepararem o pequeno-almoço.

- Bom dia, menina Diana, o pequeno almoço ainda não está pronto! A menina acordou muito cedo, hoje! - Zizi, o chef de cozinha, diz ao mesmo tempo que mexe os ovos.

- Não te preocupes Zizi, eu só vim buscar uma peça de fruta. - Diana sorri pegando numa maça.

- Isso não é o suficiente! A menina precisa de nutrimentos no seu corpo! - Zizi resmunga.

- Eu prometo, que depois venho para o pequeno almoço. - Diz, virando as costas e indo para o jardim.

Ao sair do castelo, Diana sente a brisa a bater-lhe na cara.

- Bom dia, Diana. - Victor, o meio gigante cumprimenta.

- Bom dia, Victor - A jovem sorri. - A trabalhar tão cedo?

- Tem de ser menina! Tenho que aproveitar a manhã, porque a partir da pausa do meio dia, só tenho estudantes cá fora que não me deixam trabalhar!

- Eu percebo, fica tudo uma confusão. - Diana sorri. - Vou até à floresta proibida, queres vir?

- Eu até ia, mas como disse, demasiado trabalho.

- Fica para uma próxima, então. - Diz. - Até mais tarde, bom trabalho!

- Obrigada, menina Diana, tenha cuidado! - O meio gigante fala um pouco mais alto quando Diana se afasta.

Ao entrar na floresta, Diana ouve o barulho das pequenas criaturas que lá vivem. Havia muitas espécies de animais na floresta.

Diana encontra uma árvore escondida e senta-se à beira, tirando debaixo da sua capa o livro que encontrara na sala proibida há semanas atrás.

A jovem tinha descoberto o significado de muitos dos símbolos que não tinham legenda, aperfeiçoando alguns incompletos.

Havia símbolos anti-tortura, vida eterna, anti-odor, anti-feitiços...Tantos, uns mais suaves que outros.

Enquanto continua a tirar notas do livro e a tentar entender outros símbolos, Diana apercebe-se que, existia um símbolo de união de corpos.

Se um se magoa, o outro também, se um perde o folgo o outro também, se um morre, o outro também.

Diana marca a página onde esse feitiço se encontrava, talvez um dia mais tarde pudesse lhe ajudar de alguma forma.

Ao perceber a agitação entre as árvores, a jovem morena, apercebeu-se que estava na hora de ela partir.

***
- Bom dia, Di! - Emma e Sophie gritam quando Diana entra na grande sala, para tomar o pequeno almoço.

- Bom dia - a morena sorri.

- Está tudo bem contigo? - Sophie pergunta. - Pareces cansada.

- Estou bem, só dormi mal.

- De certeza? - Emma pergunta.

- Absoluta - Diana sorri.

As duas amigas não estavam convencidas com a resposta de Diana, mas elas sabiam que não iam conseguir saber mais.

- Então vemo-nos depois do pequeno almoço. - Sophie diz e caminha em direção à sua mesa, Emma faz o mesmo.

Diana olha para a mesa de Slytherin e vê Alex e Max a conversarem alegremente. Alex ria e brincava com o primo, parecia que tudo estava bem na vida dele, mas, Diana podia ver a tensão nas suas costas, havia alguma coisa que o preocupava, e ela sabia perfeitamente o que era e queria ajudar.