Capítulo 12

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Eu sou uma pervertida. Ele está tentando me ajudar a dormir e eu aqui com uma mente maliciosa. Vou diretinho para o inferno sem direito ao purgatório.

Minha mente nublou quando ele apertou um ponto certo, me fazendo gemer novamente de prazer.

- Está bom? - ele perguntou e eu murmurei um unhuuum meio enrolado e gemido.

- Você sabe como usar os dedos - falei, o sono já aparecendo de mansinho.

- Tenho dedos particularmente longos - ele deu de ombros. Como se eu já não tivesse notado isso antes.

Fui relaxando cada vez mais, seus dedos se movendo deliberadamente pelas minhas costas, até que finalmente eu consegui dormir.

No dia seguinte eu estava tão relaxa que estava me sentindo uma nova pessoa. O quarto ainda estava na escuridão completa, graças a um botão mágico em um controle mágico que fazia com que as janelas fossem cobertas, deixando o ambiente em uma penumbra. Bocejei, sentei-me na cama e ergui meus braços, me espreguiçando. Olhei para o meu lado na cama e já estava vazio.

Me levantei, apertei o botão e os troços que escureciam as janelas começaram a subir lentamente. Tomei um banho rápido, vesti um short jeans, uma regata e uma rasteirinha, fiz uma trança lateral no meu cabelo e passei um pouco de maquiagem bem neutra para disfarçar a minha cara de sono. Estava descendo as escadas quando dou de cara com minha irmã.

- Bom dia, bela adormecida - ela me cumprimentou.

- Bom dia - deu um beijo em sua bochecha - viu Rugge?

- Sim, ele estava no jardim a última vez que o vi.

- Tudo bem, vou até lá - falei, mas antes que eu desse um passo para mais longe, uma voz estridente grita.

- Parem até de respirar que a gata mais selvagem da festa está entrando no recinto.

Olhei para trás para dar de cara com a minha prima preferida e mais louca de todo o mundo.

- CAROO!!! - gritei e me joguei em sua direção. Ela me ergueu do chão e começou a rodar, me abraçando forte.

- Querida prima - falou com um sorriso amplo em seu rosto.

Caro era bem mais alta do que eu, tinha seus cabelos negros cortados curtos e olhos da mesma cor brilhavam com sua animação de sempre. Apesar de ser cinco anos mais velha, nos dávamos super bem.

- Quando chegou? - questionei.

- Há poucas horas e menina... - ela se abanou com a mão que não estava segurando um copo contendo um líquido incolor - ...eu conheci um cara que é um tesão. E sabe o que me disseram? Que está com você. Por favor, diga-me onde compro um desses.

- Esqueça, feito exclusivamente para mim - respondi, rindo como uma hiena.

- Cacetada, isso vai me dar uma depressão - nós duas rimos e fomos para o jardim. E a festa de ontem estava continuando, pessoas riam, bebiam e se divertiam ali. Deixei que meus olhos vasculhassem o lugar e meu sorriso caiu quando notei que Rugge estava conversando com Vivian. E eu queria morrer por admitir que formavam um casal irritantemente perfeito.

- Quem é a baranga? - Caro perguntou ao meu lado.

- A nova namorada do Evan - respondi, sem desviar os olhos da bruaca.

- O seu ex panaca?

- Esse mesmo.

- Oh, você quer que eu dê uma surra nela até que rache o seu rostinho de porcelana? Eu com certeza gostarei de fazer isso.

- Não se preocupe com isso, eu resolvo - pisquei para ela e caminhei lentamente até os dois.

Ruggero estava lindo de morrer, como sempre. Os cabelos castanhos sem nenhum fio fora do lugar, seus olhos brilhavam como se tivesse uma estrela em cada um deles, usava uma camisa branca, gravata azul-marinho e um terno. E ele era meu, pelo menos por um mês, e nenhuma loira aguada iria tira-lo de mim. Vivian tinha se afastado para pegar duas bebidas da bandeja do garçom que estava parado perto dali e, enquanto Rugge estava parado ali como um manequim de cuecas, eu aproveitei para me aproximar, exatamente quando vi que a boneca barbie estava voltando.

- Olá querido - falei animadamente e pulei, enroscando minhas pernas ao redor da sua cintura e meus braços em seu pescoço. Suas mãos foram para minhas coxas para me manter no lugar e após sorrir largamente para ele, selei nossos lábios.

Como em todas as outras vezes, terminou antes de mal começar, não queria forçar o cara a nada, ele já tinha me falado de todas as suas regras. Então, dei um beijo conciso em seus lábios cheios e me afastei, mas ainda me mantendo em seus braços.

- Bom dia, amor. Dormiu bem? - Rugge perguntou, me proporcionando um lindo sorriso enviesado.

- Divinamente - abracei fortemente seu pescoço e deitei minha cabeça em seu ombro, olhando diretamente para a mulher parada ali do nosso lado - Olá Vivian- cumprimentei educadamente e dei um sorriso que pareceu falso até mesmo para mim que não estava vendo.

- Bom dia - ela falou, sua voz visivelmente irritada. Me soltei de Rugge e segurei na sua mão, entrelaçando nossos dedos.

- Não se importa se eu rouba-lo, não é? - questionei, mas era uma pergunta retórica, não me importava sua resposta.

- Claro que não - disse, contrariada.

- Obrigada, quero ficar um pouco com o MEU gato, antes que seja atacado pelos chacais - falei e o puxei para longe. Dei ênfase na palavra meu e espero que ela tenha entendido o recado, ou eu teria que resolver essa situação de uma maneira desagradável. Eu dou um boi para não entrar em um briga, mas dou uma boiada para não sair dela.

- Está tudo bem? - Rugge perguntou alguns minutos após nos afastarmos. Percebi que tínhamos ficado em silêncio um bom tempo e que eu devia estar com um bico do tamanho do mundo. E com qual direito? O cara nem era meu namorado de verdade. Perai caramba, eu estava pagando por isso, tinha todo o direito do mundo. E eu tinha o direito de querer arrancar a cabeça da maldita loira oxigenada.

- Sim, tudo bem - respondi finalmente e revirei os olhos quando olhei para o lado, especificamente para a pessoa que se aproximava.

- Olá Kah - Evan disse no meu pescoço, com uma voz mansa e eu queria afundar seu rosto com meu punho - olá - falou friamente para Rugge

- Oi Evan - disse desanimada.

- Então, nós vamos jogar um pouco de beisebol... - meu irmão apareceu atrás do amigo, passando um braço sobre os ombros do mesmo.

- Isso ai, apenas para homens, pode vir se quiser torcer. Quer jogar Rugge? - olhei em sua direção e mordi o lábio, tentando dizer sem palavras que ele não tinha que fazer isso se não quisesse ou se não soubesse jogar.

- Talvez ele não saiba jogar - Evan falou como se lesse a minha mente, o que era uma merda apenas a possibilidade.

- Por mim tudo bem -Ruggero respondeu e eu sorri de satisfação ao ver a cara de poucos amigos que Evan fez na direção do homem ao meu lado, o que era muita coragem, devo admitir.

Evan era alto, 1,85 por ai e era magro, mas Ruggero tinha por volta de 1,90 de puro músculo.

Enquanto os homens se juntavam para separar os times, eu arrastei uma cadeira reclinável até um lado do jardim, puxei minha camiseta pela cabeça, ficando apenas com a parte de cima do biquíni e um short, coloquei um óculos escuro com lentes azuladas e me deitei. Não demorou para que Caro e Valu estivesse ao meu lado.

- Esse jogo vai ser bom - Caro comentou - adoro ver homens correndo, se jogando uns contra os outros e suados.

- É beisebol, não vão se lançar um contra o outro - falei, apontando o óbvio.

- Mas continuam sendo homens gostosos e suados - nós três rimos. 

Um Namorado Por EncomendaOnde histórias criam vida. Descubra agora