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any gabrielly point of view

O mundo ao meu redor parecia ter sumido enquanto existiam aquelas mãos firmes me segurando pela cintura. O calor do corpo do rapaz me deixava ansiosa assim como deixava meu corpo mais quente, ou era apenas o efeito do álcool.

O fato de ele ter me chamado de señorita com um espanhol arrastado provava que ele também estava tão embriagado quanto eu.

¿Baila conmigo, señorita? — Ele volta a falar e me gira colocando nossos corpos mais uma. Os olhos azuis apenas me fizeram tremer inteira.

Any? O que está fazendo?

Não tinham palavras para responder sem que ele notasse como me afetou. Concordo com a cabeça e sem aviso prévio ele me inclina para trás, minha perna se ergue e ele segura minha coxa exposta, já que o tecido da minha roupa escorrega deixando a mesma livre, fazendo um movimento de dança interessante. Apenas aquilo foi o suficiente para chamar atenção de quem estava a nossa volta. Uma nova música de inicia, o som do dedilhado no violão começaram uma melodia excitante junto aos estalar de dedos e tambores.

Ele volta a me erguer e agora me seguro em seus ombros, ele tinha os lábios tão próximos que nossas respirações se misturavam em sincronia.

Any, pare com isso!

O calor aumenta assim que ele me gira e me deixa de costas para ele, as mãos firmes em minha cintura e com um sorriso no rosto eu rebolo o quadril em um círculo perfeito, ouso ele arfar em meu ouvido.

As pessoas ao nosso redor batiam palmas a cada movimentos nosso, eu sorria animada cada vez que ele me segurava firme pela cintura.

Any!

Demora quase minutos para eu conseguir ouvir minha mente martelar em protesto por estar dançando com quem eu não conhecia. Quando voltamos a nossa posição inicial que eu consigo me afastar e correr por entre as pessoas que logo voltam a dançar, impedindo que o rapaz corra atrás de mim.

— Any! — Sina bate o corpo contra o meu e grita meu nome pelo susto. Ergo os olhos para ver um rapaz de olhos verdes atrás dela, ambos com a feição confusa.

— Any Gabrielly, o que foi aquilo? — Sabina surge de outra direção apontando para algum lugar que deveria ser a pista de dança. Krystian, Hina e Shivani vinham logo atrás.

Vejo Sina falar algo para o rapaz desconhecido e o mesmo concorda para sumir por entre as pessoas.

— Vamos para casa. Alguém está bem bêbada ainda! — A loira me ajuda a ficar em pé e equilibrada já que estava bambeando sobre os saltos.

A última coisa de que me lembro é de entrar no carro chamativo da mexicana e apagar no colo de Hina.

• • • •

Os domingos são sempre dias de ressaca e cama, passo o dia todo deitada praguejando por ter bebido além do meu permitido e tomando remédios para que a dor de cabeça diminua. Ártemis ficava ao meu lado me acompanhando nas séries enquanto dividimos pipoca e reclamações.

Contei a gata que dancei com um desconhecido na festa, ela apenas escuta ou dorme entre as alegações enquanto eu, por outro lado, me bato internamente por não lembrar do rosto do rapaz, apenas de flashs da noite passada. Tequila sempre foi meu ponto fraco.

sᴇɴ̃ᴏʀɪᴛᴀ • ʙᴇᴀᴜᴀɴʏOnde histórias criam vida. Descubra agora