Dois Mundos, Um Sentimento. L 1° [Beyblade Burst] (Concluído)

Capítulo 1

P.O.V. Katrina.

Minhas queridas irmãs e eu somos trigêmeas, quase idênticas, porém com algumas características diferentes tanto no físico quanto na personalidade. A mais velha é Karolina, uma bela loira de cabelos lisos e de olhos azuis; já eu me chamo Katrina e possuo longos cabelos roxos como as ameixas e olhos de mesma cor, sendo também a irmã do meio; e a mais nova entre nós se chama Karina, que esbanja lindos cabelos em um tom rosa quase avermelhado e olhos verdes como a esmeralda.

Moramos juntas em uma residência no estado e na capital de São Paulo, mas apenas nós três, afinal nossos pais faleceram quando tínhamos apenas 5 anos em um acidente de carro. Por um tempo, após o falecimento deles, fomos criadas por uma tia distante que recebeu nossa guarda, mas quando completamos 9 anos ela faleceu e tivemos de nos virar sozinhas a partir daí.

Não temos muitas recordações de nossos pais, por sermos muito pequenas quando convivíamos com eles na época. Só lembramos corretamente seus nomes, até porquê se encontram registrados em nossos documentos.

Nossa mãe se chamava Katarina Sakurasaki e nosso pai se chamava Noah Sakurasaki. Mamãe era japonesa de sangue puro, mas nosso pai era apenas descendente de japonês com sangue norte-americano.

Após nossa tia falecer, minhas irmãs e eu demos um jeito de conseguirmos morarmos sozinhas. E felizmente, conseguimos viver juntas até hoje.

Apesar de personalidades diferentes e tonalidades diferentes de olhos e cabelos, temos algo em comum além de nosso aniversário, que é o gosto por animes, sendo Beyblade Burst o nosso favorito. Nesse momento, estamos preparando pipoca, para assistirmos a mais um episódio do anime já anteriormente mencionado.

[...]

P.O.V. Onisciente.

As gêmeas Katrina e Karolina estão preparando pipocas, enquanto Karina, a mais nova, está escolhendo o episódio que irão assistir nesse início de noite.

Depois que terminam de preparar as pipocas, as gêmeas mais velhas se dirigem para a sala com sua pipoca em mãos.

— Qual episódio vamos assistir hoje? — pergunta Karolina, a mais velha.

— Acho que paramos no 10. — responde Katrina.

— O que o Shu se machuca? — questiona Karina.

— Sim. — conclui a de olhos roxos.

— Eu mesma não lembro. — admite Karol.

— De boa. — concorda Karina.

Após Karina colocar o episódio, inicia-se uma chuva fraca, mas as garotas acabam não dando muita atenção para a chuva nesse momento, pois só querem passar a noite maratonando seu anime preferido.

P.O.V. Katrina.

Ficamos entretidas assistindo o episódio quando, estranhamente, o anime é interrompido por um anúncio. E logo após, inicia-se um noticiário, mas o que me intriga é, como um noticiário está passando em uma plataforma de animes?

— Interrompemos sua programação para dar uma notícia. — fala um homem de terno escuro de maneira séria.

— Nossos metereologistas detectaram que uma tempestade com alto potencial de risco está se aproximando da Capital. Por favor, fiquem longe de aparelhos eletrônicos conectados à energia elétrica, e se preparem para eventuais acontecimentos estranhos.

Assim que ele termina seu anúncio, o noticiário acaba e volta a passar o anime como se nada houvesse acontecido.

— Isso foi esquisito. — pontua a loira de olhos azuis.

— Verdade. — comento estranhando a situação.

— Acho melhor desligarmos a TV. — diz Karina receosa.

— E perder o Beyblade? Não mesmo! — retruca Karolina.

— Também acho melhor desligar, você viu o que o jornalista falou. — menciono, lembrando do que o jornalista disse.

— Não podemos acreditar em tudo que a TV diz. — fala Karol, cruzando os braços.

— Isso é verdade. — diz Karina, convencida pelo argumento da loira.

— Então vamos fazer assim, — começa a mais velha suspirando: — Quando começar essa tal tempestade violenta, nós desligamos a TV. O que acham?

— Por mim tá certo, mas você concorda, Katrina? — pergunta a de olhos verdes e logo continua: — Porque eu acho que para decidirmos algo todas devemos estar de acordo.

— Acho que não tenho muita escolha... Vamos continuar assistindo. — falo suspirando ao ver que estou em menor número.

Em seguida, voltamos a nossa atenção para o anime, ainda em meio a chuva. Até que, de repente, começa a trovejar.

Ao passar do tempo a chuva fica mais intensa e, olhando para minhas irmãs, noto Karina tremendo de medo dos trovões que acompanham a tempestade, estando abraçada a nossa irmã mais velha. Enquanto observo a cena, com minha visão periférica, noto através da janela de vidro da sala um feixe de luz passando rapidamente, em seguida um forte clarão aparece no céu, ofuscando tudo e me deixando um pouco cega devido à forte luz.

— NÃO TÔ VENDO NADA! — grita Karina atordoada pelo clarão.

— Nem eu... — digo me levantando do sofá com os olhos fechados. — Temos que tentar desligar a TV! — falo tateando os objetos para tentar me movimentar sem cair.

— Que diabos tá acontecendo? — pergunta Karol.

— Não faço a mínima ideia! — respondo rapidamente.

Ouvimos novamente outro barulho de um trovão, ainda mais alto que os últimos, sendo acompanhado dessa vez por um raio, que acabou atingindo a nossa casa.

Como sabemos disso, mesmo com esse clarão? É por que sentimos a casa tremer, literalmente.

O clarão passa em seguida e conseguimos enxergar com um pouco de dificuldade. Tento ir até a TV para desligá-la, mas a mesma começa a emitir uma forte luz, que me deixa cega de novo e tonta momentaneamente.

— Mas o quê é isso?! — questiono pondo minhas mãos em frente dos olhos para evitar a claridade.

Acabo caindo no chão de joelhos ao sentir uma forte dor de cabeça, também sinto uma força me puxando para onde está localizada a TV. Entretanto, não consigo fazer nada para impedir, pois logo tudo escurece em minha visão, perco minha consciência e acabo desmaiando.