VIII

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No outro dia de manhã eu acordei cedo após um sonho estranho, nele eu estava em uma estrada correndo e uma luz azul forte vinha até mim, mas sempre que ela chegava perto algo acontecia e eu acordava, e foi assim que eu vim parar na cozinha as seis da manhã. Ó-D-I-O.

Eu estava de camisetão, preparando um café quando sinto alguém me olhar, senti aquele calafrio na espinha... Jesus.

- Meio cedo para estar de pé não acha? - Essa bendita voz... Grayson.

- Culpa do meu sonho, como foi a viagem? - Eu pego mais uma xícara e coloco café nas duas, me viro e entrego uma pra ele que estava sentado na cadeira do balcão.

- Tensa, obrigado. - Ele da um gole. - Sonhou com o que?

- Uma luz azul no meio da escuridão. - eu me sento de frente pra ele.

- É sério? - eu digo um sim baixo e ele levanta as sobrancelhas.

- Quer falar sobre você e o Jason?

- Não, ele é complicado, extremamente complicado.

- Vai melhorar. - Eu sorrio.

- Espero... Como foram as coisas aqui?

- Normal, não teve nada de mais. - Eu encosto na cadeira e relaxo o meu corpo.

- Não está frio pra você andar assim pela casa? - Ele aponta pra minha camisa.

- Eu to bem, obrigada por se preocupar. - Eu sinto meu rosto esquentar.

- Você está bonita. - Ele sorri mais ainda.

- Eu acabei de acordar.

- Eu sei. - Nos encaramos e eu bebo meu café.

Ficamos um tempo tomando o café, sem falar nada, apenas nos olhando e sorrindo.

- Vou tomar um banho. - Ele vai até a pia e deixa a xícara lá.

Eu bebo o resto da minha e me levanto também, porém, ao me virar bato contra o peito dele.

- Desculpa. - Eu ergo meu rosto para olhar nos seus olhos.

- Tudo bem. - Continuamos nos encarando. - Eu vou...

Ele abaixa um pouco o rosto e beija a minha bochecha demoradamente, fecho os meus olhos e seguro a respiração. Aos poucos ele se afasta e vai para o banheiro e eu fico lá parada ainda sentindo os lábios dele na minha bochecha... EU TO FODIDA.

xxx

- Preciso falar com ele, sozinha. - Rachel exclama brava.

Estávamos na sala de jantar conversando sobre o homem no banheiro, Rachel queria falar com ele sozinha e é uma péssima ideia. Gar balançava a cabeça dizendo não e eu concordava plenamente com ele.

- Rach, não é uma boa ideia. - Eu olho nos olhos dela.

- Não sei me cuidar? - Ela me responde grossa.

- Abaixa o tom. - Eu aponto o dedo pra ela.

- Eu preciso descobrir quem ele é! Porque está me perseguindo... - Ela bate a mão na mesa.

- Ele está amarrado, uma reclamação dela e eu chuto a cara dele. - Kory diz.

- Tia, por favor. - Aí esses olhos de dó.

Eu encaro Richard que me encoraja a deixar ela ir, passo a língua entre os lábios e olho pra parede.

- Cinco minutos. - Ele diz.

TITANSOnde as histórias ganham vida. Descobre agora