Capítulo 13 - Marília 👑

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Chegou o dia que eu sempre temi, mas hoje eu estou tranquila em relação a isso. Apesar de bem estourada e muito ciumento, Henrique é carinhoso quando quer. Hoje também era meu aniversário e as felicitações começaram cedo. Primeira do dia foi minha mãe, na verdade acordei com sua ligação.

- Eu amo você filha. Muito. - e assim finalizamos uma ligação dupla, já que João entrou na história. Logo veio das minhas gêmeas, seguida pela do Juliano. Desci depois de tomar um banho e encontrei Henrique na cozinha.

- Bom dia. Preparado pro dia de hoje? - brinquei, mas ele não sorriu. - Ih aconteceu algo? Está mal humorado?

- Não eu tô só pensativo. - falou.

- Eu poderia dizer que dá pra desistir, mas não dá. Então não vou mentir pra você. - sorri pra ele. - Vamos fazer isso juntos e controlar pra não nos matarmos.

- Você leva tudo na brincadeira né?

- Não é isso, é você que se preocupa demais. Olha ainda vamos ter uma festa, comemorando minha maior idade. E também nossa lua de mel. Vai dizer que essa parte não é boa ? - ele riu e eu fui até ele lhe dando um beijo pra ver se alivia o estresse.

- Parabéns menina. Obrigada por entrar do nada na minha vida e por bagunçar ela também. - gargalhei.

- Vou bagunçar por mais um tempo. - ele riu. - Bom vou tomar café, já que ele não veio na cama e nem ganhei um bom dia decente.

- Vai brincando Marília. - sentei pra comer. Conversamos sobre como vai ser o dia e que ainda teríamos um tempo antes da hora. - Você tá preparada?

- Tô sim. - falei e levantei o olhar pra ele. - Henrique? - ele me encarou curioso. - A gente casado você ainda vai sair com outras mulheres?

- Não. Se isso for incômodo pra você. - respondeu depois de um tempo. -

- Eu acho que é. - fui sincera. Eu gostava dele, mas não queria que ele soubesse disso. Ele pode usar contra mim. Meu maior medo era me entregar e a pessoa esmagar meus sentimentos. Então evito sempre falar e até mesmo demonstrar. - Posso te perguntar uma coisa?

- Claro.

- Você não anda armado só por causa de Palmas né? Tem algo fora daqui. - ele ficou tenso.

- Sim, mas me promete não falar a ninguém nada que você venha a saber. Eu não posso falar e nem quero. Te envolver nisso só ia por em risco sua vida.

- É bem sério então. - concordou e eu decidi não perguntar mais, mas a minha curiosidade estava gritando pra fazer um interrogatório.

Decidimos não fazer nada em cartório, foi na fazenda mesmo que assinamos o papel e Henrique colocou a aliança fina em meu dedo. Depois disso fomos curtir um churrasco com muita cerveja e cachaça. Eu e tio Edson competia quem bebia mais, foi uma loucura. Já estávamos varando madrugada. Em um certo momento minha mãe se aproximou.

- Como se sente minha filha? Digo em relação ao dia de hoje.

- Mãe eu tô legal, Henrique é uma pessoa legal também. Talvez se eu tivesse conhecido ele em outras circunstâncias... Teria me apaixonado por ele. - falei encarando o barbudo do outro lado da piscina. Ele sorriu pra mim e voltou a atenção aos amigos.

- Você pode tirar algo bom disso minha filha. Pode se tornar um casamento de verdade. - olhei pra ela e voltei a olhar pra Henrique.

- Acho que tudo no seus tempo. - sorri e fui beber ainda mais. Dancei com Ju e uns primos dos meninos. A noite foi realmente incrível. Acabei indo pra casa dormindo.

Acordei no outro dia sentindo beijo no meu rosto, abri os olhos e dei de cara com um barbudo sorrindo.

- Tá de ressaca? - eu neguei. Por que realmente me sentia bem. - Então vamos levantar. Vamos sair em lua de mel.

- Como assim?

- Vamos viajar. Escolhi um lugar bonito. E espero que goste. - que loucura. Levantei animada e curiosa.

- O que eu levo de roupa? - perguntei. Ele pensou um pouco e foi ele mesmo pegar. Tudo roupa de calor e todos os meus biquínis ele jogou em cima da cama. Selecionando os mais comportados. - Esse vai também. - peguei meu favorito preto, ele realçava meus seios.

- Ele fica.

- Ele vai. - falei e joguei na mala. - Vou estar com você de sunga do meu lado. Acha mesmo que vão olhar pra mim? Espera ai... A sunga não é branca não né?

- E se for?

- Você vai tirar da mala. - ele negou com a cabeça e continuamos a arrumar as coisas. Espero não ter esquecido de nada. Entramos no carro e ele não me deu nenhuma pista do lugar que iríamos.

Depois de pegarmos um avião, desembarcamos em Maceió. E no caminho depois de muito pertubar o Henrique ele contou que iríamos ao caribe brasileiro. Nem preciso dizer que amei. Eu adoro praia, apesar de não poder pegar muito sol por conta da minha pele ser branca. Ficamos em um hotel aonde deitados na cama conseguíamos ver o mar.

- Cara isso é lindo. - deitei na cama e ele me olhava rindo. - Você já veio aqui?

- Não. Eu acertei tudo isso ontem de madrugada. Foi sorte achar o que eu queria. - ele ficou olhando pela janela, estávamos no último andar. - E aí quer descer e ir pra praia ou quer ficar aqui um pouco?

- O que você quiser. - ele veio pra cima de mim e sorriu safado. - Olha fecha essas janelas. Isso parece que tem gente olhando.

- Estamos no último andar. - ele riu da minha cara.

- E dai? - ele fechou e nos curtimos um pouco. Depois de tomar um banho eu coloquei biquíni e uma saída de praia curta. Henrique desceu não muito satisfeito com minha roupa. Passamos o restante do dia na praia e a noite jantamos em um restaurante chic da cidade. Quem olhava de longe dizia que éramos apaixonados.

Passamos 3 dias naquele lugar lindo. Quando voltamos a Palmas, eu fui na minha mãe e Henrique decidiu ir na fazenda, já que teve um problema lá. Ele não comentou o que, na verdade ele nem deixa tocar em assunto dos negócios deles. Eu ainda tô intrigada com a tal Espanha, e pretendo sim descobrir do que se trata. Assim que minha mãe me viu correu pra me abraçar.

- Tá bronzeada menina. Vocês estavam aonde?

- Maceió. - falei ela olhou toda encantada. - Pode tirar esse brilhinho dos olhos.

- Você é muito fria Marília, não ver que o rapaz tá fazendo de tudo pra te agradar?

- Enquanto eu não o conhecer por completo, vou ser assim. - falei e dei assunto encerrado. Passamos o dia conversando e contando o quão bonito era aquele lugar. Ela sorria a cada parte que eu falava de algo que Henrique fez por mim. Eu acho que quem é apaixonada por ele é minha mãe, eu em. Fiquei até a noite quando Henrique passou e me buscou.

Chefe de Máfia Tavares Onde histórias criam vida. Descubra agora