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 Alerrandro Evans.

A morte é algo tão estranho, você fica com a sensação de impotência de arrependimento total, eu devia ter feito mais, podia ter abraçado mais, falado mais, amado mais.

A morte é como um nó que apertava a garganta a cada segundo, nem um ato sufocante te matando aos poucos. Eu ausentei Alicia não só da minha vida mas da vida de todos que a conheciam.

Mamãe!

Lexi!

Elas não conviveram com Alicia por que eu a proibi de voltar depois de um erro que acabou com a minha vida agora o meu erro tirou a vida dela pra sempre.

Então eu carregarei essa dor comigo pro resto da vida, pra sempre no meu coração ferido.

O enterro é privado e suspeito que mesmo se não fosse não viriam muitos amigos, Alicia gerava um caminho de destruição por onde passava, não era de muitos adoradores.

A lista se limitava em Mamãe e seu novo namorado Samuel, Finley, Kendra,Julian e eu, não culpo ninguém por não aparecer, até agradeço por ser intimo e apenas  para nós é caixão fechado e explicar a morte de Alicia para cada pessoa eu perguntasse seria cruel demais, eu sabia as formas que ela sofreu e isso ia pro túmulo comigo.

O padre fala e ela teria gostado das palavras, achado uma grande baboseira mas teia gostado no fundo Alicia era uma pessoa boa, só teve uma vida complicada.

Caminho e paro em frente o caixão coberto de flores o cemitério estava vazio era apenas nós ali em volta do grande caixão branco dela, era eu e ela ali somente nós dois depois de um longo tempo separados.

" Alicia Scott Evans tinha tudo, tudo que uma criança e jovem deseja ter, dinheiro, carros, roupas da moda e beleza, ela era completa em tudo mas faltava muito, muito amor, muita alegria, muita sutileza e muita compaixão, era assim que eu pensava até dias atrás mas eu descobri uma nova Alicia Evans, uma que se privou de uma vida feliz para no poupar de constrangimentos e dor, uma alicia que se mostrava ser uma coisa e dentro do seu mundo particular era outra, doce, cheia de vida e que amava os irmãos e pais. Uma Alicia aqui que ninguém conheceu mas eu tive a sorte de saber como ela realmente era, minha irmã teve uma morte que não merecia, por alguém que não tinha o direito de tocar nela, mas ela se foi e eu me arrependo de não ter abraçado ela e ter digo que tudo bem ser assim, que obrigado por nos proteger de estudantes raivosos ou pessoas ruins, e me desculpe por que quando você precisou eu não estava lá. Eu vou me lembrar de você até meu último suspiro Alicia, vou me lembrar de como você  foi especial mesmo que isso tenho nos ferido, agora eu entendo. Eu te amo e sinto muito."

Fecho meus olhos dobro o papel e coloco em cima do caixão entre as folhas, estava ali meu último adeus a ela.

                                                                                  ***

Rodo a bebida novamente no meu copo já fazia mais de meia hora eu estava ali apenas ali, mamãe tinha caído fora assim que o caixão foi abaixado, Lexi estava no quarto de hóspedes desde que voltamos, Finley tinha voltado pra Vancouver, Kendra foi buscar algo pra comer mas suspeito que apenas fugiu por não saber lidar com toda essa merda e tinha Julian, uma casca de um homem sentado no sofá ao lado girando seu copo como o meu.

-Diz de novo. - ele fala quebrando o silencio do apartamento.

-Julian...

-Eu preciso ouvir de novo Alerrandro.

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