Cap 31 - Dilacerada e sequestrada - Valentina

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Quinta-feira (2 dias antes)

Meus enjoos, tonturas não eram algo normal, minha menstruação estava atrasada tinha algumas semanas, eu tentava não me sentir assim em frente ao Caio para não preocupa-lo.

Com a ajuda de Carol comprei um teste de gravidez.

- Sai amiga, já deu o tempo! - Carol fala por trás da porta.

Em minhas mãos eu segurava o teste com duas listrinhas vermelhas.

Um místico de felicidade e angústia me invadiam, eu não sabia se sorria ou se chorava.

- Valentina, se você não sair dai...

- POSITIVO! - grito - eu vou ser mãe! - a ficha ainda não tinha caido, eu só sabia chorar e chorar.

- Calma Valentina, é só um teste de farmácia, eles erram - vamos fazer o de sangue aproveitar que o Caio está trabalhando.

Assim saímos, Alana observava cada passo que dávamos atenta, chegamos em um clínica, faço o de sangue e algumas horas depois só confirma o que eu já sabia.

- Como vou contar para o Caio? Carol, eu não sei nem cuidar de mim, quem dirá de uma criança.

- Calma Tina, você vai ser uma ótima mãe, você é incrível! E outra, eu estou aqui, Caio está aqui, ele vai ficar tão feliz!

- Amiga...

- Amiga nada, bora, coloca esse sorriso no rosto, vamos ser mamães, eu vou ser a madrinha mais louca desse mundo.

- Quem disse que você vai ser a madrinha? - Carol olha para mim séria - estou brincando, você é minha pessoa, lembra?

- Acho bom visse, acho bom! - ela bate palminhas.

Na volta para casa imagino como vai ser daqui para frente, preciso arrumar um jeito de contar para o Caio sem assuta-lo.

- Tina vamos fazer aquela noite sábado?

- Vamos! Só assim vocês me ajudam a desenvolver algo legal para fazer a surpresa para o Caio.

- Tudo bem, chama a Alana, ela é inspirada para essas coisas - Carol fala, estranhei, mas tudo bem.

Passo um whats para Alana que aceita sem contestar.

Sábado:

Eu não gosto de esconder as coisas de Caio, mas é por uma boa causa, mas hoje de manhã foi impossível evitar uma tontura, o mundo rodou literalmente, Caio quase que não me deixava sair, pense, foi uma briga.

Depois de um amorzinho matinal gostoso eu consigo sair até mais disposta de casa, depois de vomitar quase meu café da manhã todo estou aqui, em uma lojinha de bebê procurando algo para revelar ao Caio que vamos ser papais.

Carol e Léo observam tudo com carinho, segundo eles querem saber onde comprar roupinhas para o seu afilhado(a).

Enquanto toco um macacãozinho branco, lembro de tudo que vem acontecendo, perdi quem eu mais amava, e agora ganhei um novo sentindo para minha vida, ouso tocar minha barriga sutilmente.

- Oi filho (a), eu já te amo muito, papai também vai ficar louco quando souber da sua existência - penso enquanto aliso minha barriga.

- Que cena mais linda! - Carol fala enxugando as lágrimas - eu amo vocês, muito!

E assim a gente passa a tarde juntinhos no shopping, comprei o macacãozinho branco com a seguinte frase escrita : "Papai estou chegando!"

E assim a gente passa a tarde juntinhos no shopping, comprei o macacãozinho branco com a seguinte frase escrita : "Papai estou chegando!"

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Já imagino a cara do Caio, confesso estou ansiosa, mas no fundo eu sei que ele vai amar.

Meu dia e o restante dele foi maravilhoso, rimos, brincamos, nos divertimos, há quanto tempo não fazia isso. Luane quase endoida quando falei da minha gravidez e só faltou soltar fogos quando falei que ela seria a segunda madrinha.

Agora estou aqui olhando para o teto e imaginando uma forma de dizer a Caio, não vou saber como agir, não sei, tenho medo da sua reação mas no fundo sinto que vai dar certo. Consigo pegar no sono e finalmente durmo.

Acordo às 05:00 horas da manhã, a ansiedade meio que não me deixou dormir, preciso chegar em casa o quanto antes.

- Já vai? - Carol pergunta

- Já amiga.

- Me espera! - ela fala tentando levantar.

- Nada, fica ai, eu chamo um uber e mais tarde te ligo.

- Tudo bem! - ele é vencida pelo sono.

Passo pela sala onde Luane dorme e ronca como um monstro, tento não gaitar muito alto para não acorda-la. Meu uber chega e vou para casa.

Chego em casa e sinto está sendo observada, mas não ligo, abro a porta, entro, o silêncio reina, a sacolinha com o macacão escorrega pela minhas mão suadas.

- Amor? - grito subindo as escadas, vou em direção ao nosso quarto e nada dele, as camas estão completamente forradas - Caio? - grito mais alto.

- Amor onde você está? - passo por todos os quartos e pelo seu escritório.

Nada! - onde esse menino se enfiou? - penso  comigo.

- Talvez ele esteja conversando com Alana, ou ela precisou de algo - penso com ciúmes.

Chego até o quarto de Alana e escuto a voz de Caio.

- Não pode ser! - ele diz

Abro a porta e me deparo com a cena mais dolorosa, Caio enrolado nos lençóis de Alana, enquanto a mesma só de calcinha e sutiã admira meu desespero satisfeita.

- NÃO PODE SER! - meus olhos rapidamente enchem de lágrimas - Como você foi capaz? - saio dali o mais rápido possível, ouço Caio me gritar o que me motiva a correr mais, meus pulmões ardem e minha alma grita de dor, saio de casa correndo feito uma louca, passo os portões que por algum motivo estão aberto, ao me distanciar um pouco da casa esbarro em alguém, chorando tento pedir desculpas, ao levantar a cabeça para identificar a pessoa, percebo que já conheço...

- Eduardo? - ele me agarra, algema minhas mãos, cobre meu rosto com um saco preto, o que toma meu fôlego e joga dentro de algo duro, só consigo perceber que é uma carro quando ele começa a se locomover - me solta! - grito chorando.

- Acho melhor você ficar caladinha, se não quiser que eu te machuque - a voz de Eduardo é fria e sombria.

Choro em descontrole enquanto Eduardo pisa o acelerador do carro, procuro minha sacola e não acho, só peço que Deus me ajude.

Chegamos em uma espécie de casa abandonada, o lugar em que Eduardo me joga é duro mas consigo identificar ser um colchão, eu só quero proteger minha barriga, aqui é sujo, cheira mal e tem muito inseto.

- O que você quer Edurado?

- CALADA, eu não mandei você falar - Eduardo ri, e eu só sei chorar. Me ajuda mãezinha - Vamos nos diverti muito!

Minha gente, que AFLIÇÃO! Muita informação, primeiro: Tina grávida, depois sequestrada... o que será que o Eduardo vai fazer com nossa pobre menina? Ele e Alana planejaram tudo, ne?! Que cretinos! Aguardem os próximos cap's, xeru no core ❤




O Filho Do Meu Padrasto [CONCLUÍDO]Onde histórias criam vida. Descubra agora