10 anos atrás...
- Chan a comida tá pronta! - Gritou Jeniffer, mãe de Chan
- Por que fez a comida tão cedo? - o menino diz se aproximando da mesa que tinha um prato com comida a sua espera
- Hoje terei alguns compromissos então deixarei a comida pronta, mas como sei que você é um morto de fome e eu amo a presença do meu filho eu chamei você para comer - A mulher diz se sentando ao lado do filho
- Obrigada mãe! - Ele fala de boca cheia - Está muito boa sua comida! Mas saiba que eu não sou um morto de fome! - Ele concluí assim que engole a comida
- você puxou a mim Chan, então sim você é um morto de fome! - a mãe afirma rindo
O jantar como todos os dias foi cheio de conversa e risadas. Jeniffer já estava toda arrumada e de saída, Chan desce as escadas com o seu pijama e sua expressão de sono enquanto coçava seus olhos
- Eu chegarei de madrugada então por favor não perca sua noite de sono para me esperar - Chan olhou pela janela vendo a tempestade do outro lado
- Mamãe você não pode fazer isso outro dia? Ou talvez amanhã quando a chuva parar? - A voz de Chan mostra sua preocupação que dava para enxergar no olhar
- Eu ficarei bem, logo logo estarei aqui fazendo seu café da manhã. Eu sei me cuidar muito bem Chan - A mulher beijou o topo da cabeça do garoto - Volte a dormir e se cubra, Eu te amo, Chan - Ela pega seu guarda chuva assim que abraça o menino que retribuí - Se cuide e cuide da minha gata enquanto eu não volto
(...)
Eram 6:00 da manhã, Chan mal tinha conseguido dormir direito e quando estava quase conseguindo ouviu o telefone tocar, ele levantou correndo ao perceber a insistência do telefone
- Alô?
- Bom dia aqui é da emergência, algum parente de Jeniffer Lorrane está?
- Eu sou o único no momento - Bang respondeu aflito
- E você seria o que dela? - Perguntou a voz feminina do outro lado da linha
- O filho dela... aconteceu algum coisa com ela? - Por um momento a linha ficou muda até a mulher responder assim que solta um suspiro
- A srta Lorrane morreu - Bang soltou o telefone ao ouvir a mulher. Ele apenas queria que aquilo fosse uma brincando, mas a seriedade na voz da mulher fazia Bang acreditar que tudo aquilo era verdade - Alô?
10 anos depois...
Depois de um longo show Chan estava cansado e frustado por não ter dado seu melhor e o dia do seu aniversariante chegando. Yoongi seu avô percebeu que o garoto estava irritado então apenas continua sentado mexendo no celular conversando com seu marido por mensagem
- Você foi maravilhoso - Yoongi quebra o silêncio enquanto mexia no celular
- Está mentindo! Sabemos que eu fui péssimo, mal consigo esconder meu cansaço por causa da agenda lotada - Chan Pega sua jaqueta jeans e logo para em frente ao homem - Depois nós encontramos em casa, eu vou dar uma volta pela cidade
Bang saí antes mesmo de Yoongi responder ele.
Pelas ruas a chuva era forte mas o garoto nem se preocupava com a roupa, seu celular estava com Yoongi mas sua carteira provavelmente estava totalmente ensopada. Bang se lembrava da noite em que deixou sua mãe sair, ele se culpava pela morte dela. Na manhã que recebeu a ligação foi em seu aniversário, e o que ele mais abominava no ano era seu aniversário, não existia uma noite se quer na semana de seu aniversário que ele conseguia dormir.
Ele para se sentando em um banco de ponto de ônibus, um homem com um guarda chuva se senta ao seu lado. Chan tinha percebido a presença do homem mais não deu a mínima para isso
- Ela voltará...- O homem fala
- Quem voltará? - Chan olhou para o homem que não o encarava
- Sua mãe voltará! Ela voltará para você, só que diferente do que você já viu - O homem se levanta - Se quiser ver ela ainda deveria sair dessa chuva
O homem some em meio a chuva e as pessoas que corriam para lugares com cobertura, a única pergunta que Chan tanto fazia era "Quem era esse homem?"
No outro dia...
Na mesma cidade, uma garota aos seus 15 anos estava metida em confusões, principalmente agora que tinha cortado seus cabelos tão curtos que alguns de seus colegas agora a comparavam com um garoto de sua idade. A garota nem ligava para os comentários muito menos agora que ela estava tão feliz por ter conseguido ingressos para o show do Bang Chan
- Já disse que vai ser o melhor show das nossas vidas - Jeniffer comentou com Mia e Chaeyeon que estavam ao seu lado andando pelos corredores do colégio Sul-coreano
- A Jisoo também conseguiu os ingressos para o show e vai com as amigas dela - Chae comentou olhando para o chão
- E o que eu tenho haver com isso e com essa garota mimada? - Jeniffer da um tapa na garota ao seu lado esquerdo - Aí!
- Você deveria falar com ela, não irá estar perdendo nada - Jen sorrio vendo a Kim sorrir também
- Ela só vai ganhar umas humilhações nada demais - novamente Mia disse revirando os olhos - Essa coisa de amor não existe
- Só porque uma garota te humilhou não significa que todas são assim - Chae respondeu a mais velha que a olhou séria
- Vocês realmente vão acabar namorando - Jenny falou em português vendo as duas garotas ficarem confusas
- Não falamos sua língua! - Mia falou revirando os olhos - eu vou embora, diferente de vocês eu quero um futuro promissor
Ela se afata de suas amigas indo até sua sala enquanto as outras riem
21:32 da noite Quarta feira... (P.o.v Jeniffer)
Novamente meus pais estavam brigando e dessa vez era sobre mim, sobre meu corte de cabelo, sobre minha sexualidade e sobre meu novo emprego como atendente de caixa no mercado perto do colégio.
Como não queria mais ouvir toda aquela gritaria, abro a janela do meu quarto e pulo de lá. Meus joelhos agora ralados doíam enquanto eu andava
Era difícil viver em um local que poucos te aceitavam e a única coisa que me acalmava estava com o meu irmão mais novo usando para não ouvir a discussão.
Ouvir a voz do Bang Chan me acalmava, principalmente ver o sorriso dele. Depois de conseguir dinheiro para ir com as minhas amigas no show eu fiquei feliz, o ruim é que não ganharia um abraço dele ou descobriria o que tanto me faz querer cuidar dele e até mesmo o proteger. Chaeyeon sabe que considero Chan meu filho e que diferente de muitas fãs eu realmente eu fico mais que preocupada com ele.
Uma luz se aproxima se de mim em meio a rua me retirando do meu devaneio, o carro logo para perto de mim me deixando estática
- Você está bem? - Olho para o homem que saía do carro
- Estou...estou sim - Falo trêmula ainda parada
- Você deveria tomar cuidado...se eu estivesse um pouquinho mais rápido você teria morrido - ele se aproxima de mim só agora dando para ver o rosto do homem que quase havia me atropelado
Continua...
