a palma de sua mão
encostou e deslizou
pelo tronco,
sentindo a textura,
a vida pulsar por d'baixo
daquelas camadas
feitas de madeira.seus dedos dedilhando
com ternura e cuidado
como se tocassem o mundo,
algo tão precioso,
que um sorriso abria-se
em seus lábios,
seus olhos brilhavam
e dentro de si
ouvia ao longe
suave como um sopro morno
um sussurro
conversando consigo
ou somente lhe acalentando,
ao olhar para o tronco
daquela imensa árvore
e depois para sua copa verde,
soube instantaneamente,
que era ela.como se fosse um
espírito da floresta
a falar em sua alma
reverberando pelo seu espírito
abalando seu corpo,
e agradaceu e despediu-se
prometendo para si
e para a árvore
que reencontrariam-se
um dia ainda,
e mesmo que demorasse
vidas inteiras
iria sentir aquela energia
que fluía da árvore
para si mesma de novo.
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vespertino, feérico & etéreo.
Poetryessas palavras etéreas, banhadas em sangue, lágrimas, um luar, pelas estrelas e um pôr e nascer do sol. são o ponto mais elevado de várias ㅡ nem sempre efêmeras ㅡ sensações.