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Josh Beauchamp

- Eu vou falar com a Sina! Ela gosta muito de você. Tenho certeza que não se importar de você ficar lá por uma noite. - falo com um sorriso animado.

Joalin me abraça com um sorriso radiante, e um pequeno brilho que não vejo há meses, aparece em seu oceano azul.

- Você é o melhor irmão que qualquer um poderia ter! - ela sussurra, com a cabeça em meu pescoço.

Dou um pequeno sorriso de lado, e solto uma risada pelo nariz.

- Acho que eu deveria dizer isso pra você!

Depois de mais um tempo abraçados, nos soltamos e subimos para nos arrumamos. Ela para ir a escola, e eu para ir dançar no parque.

(...)

Já estou no parque! Sempre fico um pouco nervoso. Sei que não é nada  grande, mas sinto que estou em um palco, com fãs gritando meu nome, cartazes escritos "Te amo, Josh". Mas também sei que isso nunca vai acontecer.

Já tinha falado com a Sina, ela aceitou na hora, e eu já levei a Joalin pra lá.

Começo a me preparar para dançar. Coloco a caixa de som, o chapéu no chão, e começo a fazer o que mais gosto, esquecendo de todos os meus problemas.


Aos poucos pessoas foram chegando, pondo dinheiro no chapéu. Outras não faziam nada, só me olhavam com um sorriso no rosto.

No final, ganheirei cinco notas de cem, ou seja, quinhentos reais. Fui muito bem, minha maior quantia nesses anos que danço aqui.

Sorrio satisfeito, coloco o dinheiro no bolso, o chapéu na cabeça e saio de lá.

Hoje não irei voltar para casa, vou para casa do meu melhor amigo, Noah. Ele sempre me anima quando tudo acontece. Noah e Sina são os únicos que sabem o meu maior segredo, tirando a Joalin, é claro.

Vou andando até sua residência - que não é muito longe -. O caminho foi tranquilo, uns dez minutos bem estressantes para alguns, e para mim uma ótima caminhada. Vejo algumas pessoas passando correndo, outras no telefone, com maletas pretas. Bem, todas estão irritadas com alguma coisa.

Elas com certeza não sabem como a vida é, elas nas sabem aproveita-la, não sabem como ela é um sopro, um raio.

Mas tudo bem, eu também não iria saber qual o significado dela. As pessoas estão ocupadas de mais.

Com esses pensamentos, eu logo chego na casa do Noah. Bato na porta de madeira branca, que logo é aberta por um garoto de cabelos compridos e olhos verdes. Ele me recebe com um sorriso, me abraça, batendo de leve em minhas costas.

- É aí, cara? - fala quando nos soltamos.

- Oi, Noah! Como que tá a vida? - o comprimento, quando ele me dá espaço para passar.

Nos sentamos no sofá, em frente a TV que está passando um jogo de hockey.

- Ótima, irmão! Eu e a Sina estamos saindo. Acho que foi a melhor coisa que aconteceu na minha vida! Ela e eu nos entendemos de um jeito surreal. - diz com um sorriso radiante e um brilho nos olhos que nunca vi antes.

Conheço o Noah e a Sina desde meus onze meses, e nunca tinha o visto tão feliz. Acho que a última vez foi quando ganhou sua cachorrinha.

- Quem bom, Noah! É ótimo saber que você está feliz. - falo com o mesmo sorriso que o seu, mas logo ele desaparece ao lembrar que nunca vou ser feliz, ou ter um amor como o dele.

Noah percebe, e coloca a mão em meu ombro.

- Desculpa, Josh... desculpa mesmo. - diz olhando em meus olhos.

Ele realmente se arrependeu do que disse. Ah, eu sou um idiota! Sempre falo ou faço besteira. Não consigo nem ver a felicidade dos meus amigos.

- Noah, não. Não precisa se preocupar comigo. Você merece ser feliz, já me acostumei com a minha vida vida, se é que pode ser chamada de vida. - falo com um olhar longe.

- Joshua, não fique assim. Você ainda vai sair dessa, irmão. Eu te prometo. - diz quando me abraça.

As lágrimas já desciam, deixando a blusa do moreno a minha frente molhada.


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