Capítulo LXV

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                      - Megan Hayes – Diz a professora Muertes

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                      - Megan Hayes – Diz a professora Muertes. E por incrível que pareça, desta vez eu não estou dormindo, mas sim prestando atenção em cada detalhe da aula.

       Se fosse preciso poderia facilmente repetir cada uma das palavras que ela esteve falando pelos últimos quarenta minutos, desde que o sino de início das aulas soou.

        - Sim, professora. – Assinto, enquanto ajeito o meu cabelo rebelde para trás da orelha e dou alguns passos até ficar de frente para a turma.

       Dou uma boa olhada para o terceiro ano da Multi DNA, vinte e duas cabeças me encaravam sem muito interesse no que eu tinha para falar. Até mesmo os meus melhores amigos, Jaime e Willa, estavam conversando alguma coisa que eu não fazia ideia porque quando começaram o assunto a professora já estava na sala, e eu realmente estava me esforçando para participar das aulas ao invés de viajar na maionese como estive habituada a fazer em todos esses meses que se passaram.

      - Você pode começar, quando quiser. – Ela olhou para o relógio acima do quadro branco e em seguida para mim. – Tem quinze minutos para explicar o trabalho.

      E foi isso, simples assim.

      Passei quinze minutos explicando para a turma (e quando digo "turma" quero dizer apenas três, no máximo quatro pessoas que realmente prestaram atenção) do porquê a nossa sociedade democrática de direito possuí traços característicos da Grécia Antiga.

      Não gaguejei, não confundi, não esqueci.

      As palavras simplesmente fluíram de mim como se sempre estiveram ali. Também não desmaiei, ou vomitei como pensei que faria quando estivesse aqui na frente. E nesses minutos expliquei um conteúdo que antes de estudar eu não fazia a menor ideia do que se tratava.

       Tirei o primeiro dez em história desde que entrei no ensino médio, e os meus melhores amigos pareciam estar em uma outra galáxia quando isso aconteceu. Aposto que se eu não tivesse comentado com eles durante o intervalo, nunca saberiam.

       - Meus parabéns. – Willa me abraçou com uma empolgação, um pouco exagerada. Tenho certeza que estava agindo assim porque sentia-se culpada por perder o meu primeiro dez, e bem, ela deveria mesmo se sentir culpada, foi um acontecimento único na minha vida.

       - Afinal, o que vocês dois estavam conversando? – Perguntei, curiosa.

       Willa e James se entreolharam de uma maneira esquisita, e ele começou a falar alguma coisa sobre um filme que não conheço, mas paro de ouvi-lo no exato segundo em que avisto a famosa Regina Clark de mãos dadas com ninguém menos do que Derek.

       Devo salientar que não um Derek qualquer, mas O DEREK, aquele que a Willa gosta desde o momento em que pisou na escola. O mesmo Derek pelo qual Willa me fazia ficar debaixo do sol todas às terças e sextas durante o intervalo só para que pudesse assisti-lo jogar basquete.

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