Capítulo 28

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OI gente! A história foi pensada na média entre 35 a 40 capítulo, então estamos entrando na reta final e vão ter fatos importantes a partir de agora...

Obrigada por todas as leituras, comentem mais!


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Pra que mentir, fingir que perdoou

Tentar ficar amigos sem rancor

A emoção acabou

Que coincidência é o amor

A nossa música nunca mais tocou


KARA

Eu continuava com a mania de correr todos os dias pela manhã, embora quando dormíamos juntas ou eu tentava arrastar Lena junto ou ela me convencia a passar mais tempo na cama e na maioria das vezes ela ganhava e de quebra ainda conseguia me fazer cozinhar para nós no café da manhã, a qual eu a obrigava a comer, porque se não ela iria trabalhar até o almoço sustentada apenas por café e uísque, posso contar as inúmeras vezes que mandei entregar almoço para ela na empresa, e ela me garantia que houvera comido, mas Jess me confidenciava que ela não havia nem aberto a embalagem, nas últimas semana parecia estar pior, Lena não parava de trabalhar um instante.

Mas nessa manhã eu acordei ainda mais cedo para correr, sem dar tempo de Lena tentar me impedir, a conversa de ontem a noite ainda estava fresca na minha cabeça. Eu me sentia mal cada vez mais por estar escondendo meus sentimentos de Lena, eu me acostumei tanto a aceitar que só Lena merecia sofrer que fechei totalmente o que eu sentia e decidi que não era importante, nós estávamos cada vez melhor como casal e eu não tinha o direito de estragar tudo novamente.

Nossa história era de fato dolorosa mas também tínhamos direito a um final feliz e principalmente de paz, era uma complexidade cheia de dor por todas as partes, porém cada vez mais substituídas por momentos feliz, mas tem dias que como hoje, a tristeza me ganha fácil e me faz refletir sobre mim mesma e sobre nós, eu aguentaria mentir todos os dias para a mulher que eu tanto demorei a reconquistar? Eu tinha certeza que não e por isso durante aquela corrida matinal, decidi que contaria a verdade a Lena, não que fosse hoje ou amanhã, mas eu contaria o quanto antes. Assumir essa vulnerabilidade era o caminho para me perdoar por tudo e ser sincera com Lena.

Lena valia a pena arriscar tudo e eu sei que estaria arriscando, embora agora não fosse uma adolescente medrosa e sim uma mulher que finalmente encontrou a coragem e brigaria com o mundo por Lena e não iria desistir na primeira ameaça. Eu havia demorado tempo demais para reecontra-la e mais ainda para conquista-la de novo. Eu compreendia a insegurança de Lena, e observado o quanto ela mudou e tenha perdido um pouco da esperança no mundo e seus olhos não brilhavam mais como antigamente, mas ainda eles ascendiam de explosão quando nos encontrávamos e eu percebia o quanto ela estava mais feliz e leve, ela estava cada vez mais parecida com aquela garota de Londres, embora ela não percebesse, mas somada a mulher forte e cheia de si que ela se tornou, ainda estava minha Lena, e eu me apaixonava cada dia mais por sua múltiplas versões e a amaria mesmo com seus espinhos.

Eu iria atrás dela de todas as formas, iria insistir como fiz e dizer que agora estou aqui para ficar e que não vou fugir no primeiro problema, gritaria ao mundo inteiro que voltei porque a amo e que não precisamos voltar atrás, mas seguir juntas em frente.

- Conheci a chefe da Maggie e ela me disse que você se mete em todas as grandes ocorrências da cidade, até mesmo antes dela chegar. – Lena puxou a conversa durante nosso café

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- A Tenente Drake? Namorada da Laurel? – indaguei

- Você conhece a Laurel? Ela me disse que ainda não te conhecia.

- A conheci em um projeto de advogados pró bono que ajudam refugiados, eu fui fazer uma matéria e ela era a advogada mais procurada, mas não chegamos a conversar diretamente. A tenente não parece gostar muito de mim. – Mexi nos óculos. Eu tinha sensação que ela sempre queria me dar um tiro.

- Não sabia que Laurel realizava esses trabalhos, ela é chefe jurídica na L-Corp. Você parece estar interessada nisso amor.

- Sim, eu gosto bastante de ajudar as pessoas, porém acabei não conseguindo seguir muito adiante com as reportagens justamente por achar que a Tenente não gostava muito de mim. – Sorri tímida.

- Ela te acha uma ótima repórter e me disse que você deveria ser detetive. – Me conformou.

- Talvez o problema dela seja só com a imprensa então.

- Acredito que sim, Ka. Mas posso te apresentar a Laurel então, quem sabe vocês não conseguem ajudar mais refugiados!

- Seria uma ótima ideia, Lee. – sorri. – Mas porque conheceu Dinah? – e percebi Lena franzi a testa.

- Ah, fui até a sala da Laurel esses dias e Dinah havia a chamado para almoçar, acabaram convidando-me e Sam e fomos, por coincidência conheci a irmã da Laurel também.

- A capitã lance? Não me diga que ela deu em cima de você. – a olhei confusa. Sara Lance era o terror das mulheres de Nacional City.

- Não – riu nervosa. Pois eu sabia que se fosse em outras ocasiões, a Sara faria o tipo perfeito de Lena, afinal para isso era só ter o cabelo loiro. – Acredita que ela deu em cima da Sam? – completou e me senti aliviada.

- É a cara dela – ri.

- Você a conhece bem?

- Na verdade mais ou menos, eu já a entrevistei algumas vezes, já que ela responde por vários órgãos do governo. E também já vi as noticiais de fofoca dela na revista sobre seus casos.

- Sério? Eu super incentivei a Sam a sair com ela, será que fiz mal? – Perguntou e eu ainda tinha receio de falar sobre Sam e Lucy com Lena, embora nunca havíamos discutido sobre.

- Mas ela parece uma boa pessoa – falei sincera. – Podemos marcar uma noite de jogos, já que todo mundo se conhece e não tanto – ri.

- Acho uma boa ideia, falarei com Laurel.

- Ótimo, Lee. Cuidado com a Lance. – falei séria.

- O lance dela é com a Sam – respondeu em sua defesa.

- Porque se você estivesse solteira, com certeza seria com você, Luthor. Você acha que eu não acompanhei as cópias loiras que você saia? – confessei e me arrependi, com medo de Lena se sentir ofendida e invadida, porque agora ela me olhava surpresa.

- A cada dia eu fico mais supressa o quanto você esteve por perto da minha vida.

- Você nem imagina – confessei de novo me lembrando das mil maneiras que eu fazia a fim de que ela soubesse que eu estava por perto e ainda pensava nela, embora nenhuma nunca fez efeito. Me lembrei dos poemas que eu a enviei em anônimo, ou das flores em seus aniversários e ate mesmo dos presentes nas datas comemorativas, que aparentemente Lena nunca se importou em procurar saber quem era o remente e confesso que isso me magoava um pouco, porque sempre mantive a esperança que ela lembrasse pelo menos de alguma coisa.

- Eu realmente te procurei em algumas cópias. – falou sincera.

- Ainda bem que não encontrou – suspirei.

- Nunca seria possível, Kara Danvers só existe uma. – e me beijou suavemente.

- Saiba que estou de olho em você e Lance.

- Largue esses ciúmes bobo, Ka. – me pediu delicadamente. E isso é muito injusto, Kara. Você sabe tudo da minha vida, uma stalker de jornalista e eu não sei sobre você. – falou com raiva.

- Eu posso te contar o que quiser.

- Pois, eu quero. Começando pela história que você ficou noiva. – me olhou curiosa.

- Tem certeza? – perguntou com receio.

- Absoluta. – respondeu decidida.

- Tudo bem. Eu namorei o Mike um tempo e foi o único relacionamento que durou porque embora eu nunca tivesse o amado, ele não me lembrava em nada você. É impossível alguém chegar perto de me fazer sentir o que você faz, mas não adiantava eu estar com outra mulher, porque eu sempre me lembrava que com você era melhor e tinha vontade de pegar o primeiro voo para Londres e bater na sua porta.

- Pois deveria ter ido – me interrompeu.

- E eu fui e não deu certo, justamente logo depois conheci Mike e decide investir com tudo, porque vocês não se pareciam e pra mim era o caminho perfeito para te esquecer. Ficamos noivos rápido demais, mas eu acabei desistindo 1 mês antes.

- E porque desistiu?

- Porque não era você, não adiantava, eu não estava feliz e não era justo com ele. Depois disso eu decidi que era melhor passar o resto da vida sozinha, já que não tinha mais esperanças de te encontrar e bom, se eu fosse bater na sua porta, certamente você não abriria, ou então, outra cópia de Sara Lance iria abrir. – ri tímida e ela balançou a cabeça rindo.

- Não vou dizer que não me incomodou o fato de você quase ter casado com alguém, mas agora consigo entender o motivo e me sinto mais aliviada em saber que não o amou.

- Nunca amei alguém como você, Lee.

- Eu te amo, Ka. – e me beijou.

- Pare de pegar no pé da Sara. – Me olhou brava.

- Mal a conhece e já está a defendendo, Luthor. – a encarei.

- Ela está com Sam e eu com você, não a trate mal na noite de jogos, por favor. – me pediu

- Claro que não, Lee. – sorri.


Eu protegi o teu nome por amor
                                                                       Em um codinome, Beija-flor
                                                              Não responda nunca, meu amor, nunca                                                                     Pra qualquer um na rua, Beija-flor

Seul - SuperCorpOnde histórias criam vida. Descubra agora