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Contém: morte, uso de drogas, prostituição, estupro, ménage a trois, violência, feminicidio, sexo explícito
Eliza Ferrari é uma garota pobre que morava no interior do Pernambuco juntamente com seus pais. Independente das dificuldades familiare...
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ELIZA ESPERA por uma tal de América, ansiosamente. Ela esfrega as mãos umas nas outras, saltita e olha para as portas do elevador de um em um minuto. Acho que ela vai ter um treco.
É noite, está beirando às 00:00h. A Cidade do México está um pouco fria, a garoa cai lá fora. Viemos para cá ontem no início da noite, foram duas horas de viagem tranquila. Travis preferiu saber como anda as coisas dentro da boate antes de colocar a minha mãe frente a frente com Grace. Carrie ainda está hospitalizada, mas está se recuperando rapidamente, graças a Deus. Um policial que já conheceu essa amiga de Eliza foi buscá-la.
As portas do elevador se abrem, uma garota magra, de lábios carnudos e cabelos lisos entra, sendo seguida por um policial careca. Este é novo, não o conheço.
- Eliza!
- América! - Ferrari sai correndo na direção da garota e ambas se abraçam apertado.
Um silêncio cai na sala de estar, até ouvirmos um fungo vindo das meninas.
- Eu pensei que você tinha morrido - América fala limpando o rosto. - Não acredito que você conseguiu, Eliza. Finalmente eu verei todo àquele ninho de cobra atrás das grades!
- Eu senti medo por vocês que não conseguiram fugir - elas se afastam uma da outra a abrem um sorriso largo. - América, este é Caleb. Caleb, América.
Cumprimento a garota com um aperto de mão. Após todos se acomodar, as meninas começam a conversar sobre as outras que ainda estão presas, enquanto Travis fala com alguém pelo celular..
- América - o detetive chama a atenção da garota. - Você precisa me dizer o que está acontecendo lá dentro.
- Um verdadeiro inferno - ela solta o ar pesadamente. - Acho que o Egas está com dívida com a máfia japonesa, e agora são eles que estão mandando em tudo lá dentro. Mas por ora, a boate está fechada. Estamos trabalhando na rua, é a chefia que está lá, porque quando ela aparece ninguém entra e ninguém sai.
Travis balança a cabeça positivamente. Certamente ele está pensando o mesmo que eu: Grace Hussein.
- Eles estão começando a traficar travestis - ela continua. - Chegou algumas pessoas novas lá. É uma mulher alta que não sai da minha cola.
Rapidamente Travis pede o retrato falado dessa suspeita. América diz que ela é magra, alta, negra, tem os cabelos bem curtinhos e nitidamente não é da América do Norte e nem do Sul, seu sotaque é de algum lugar da África.
- Eles estão comendo na mão dessa facção japonesa. Parece que o Egas vendeu alguém, mas esta pessoa fugiu…
- É verdade. Esta pessoa sou eu - Ferrari anuncia. - Eles nos encontram e quase nos matou.
América fica encarando a amiga por alguns segundos, depois solta um suspiro de alívio.
- Dê graças a Deus que você conseguiu fugir - ela fala. - Ah, detetive, parece que vai acontecer algo novo lá na boate. Antes deles decidirem nos colocar para trabalhar na rua, eu percebi um movimento estranho. E acho que vai ser a Lizete que vai executar essa tal coisa.
- A gente só precisa descobrir o quê e quando.
- É só ficarem de olho na Megan. Ultimamente elas estão muito amiguinhas.
- Claro. A Megan invejava a Lizete. - Eliza rola os olhos ao dizer isto.
América passa toda e qualquer outra informação que seja relevante, algumas me parecem supérfluas, para Travis. Já passado hora o suficiente para Egas sentir muito a ausência da garota, pelo menos para o detetive, ele passa as mesmas informações que passou para Eliza quando fomos para o Brasil, que não adiantou de nada: não conte a ninguém sobre a operação policial; não pense no nome “Eliza Ferrari ou Caleb Parker” e muito menos tomar ações que possam fazê-los desconfiar de algo.
****
ESTOU EM frente ao espelho fazendo um curativo na cicatriz longa que atravessa o meu peito. Passo a gaze melada de pomada de babosa. Esta ideia veio da minha mãe, que diz que minha avó usava essas pomadas para ajudar a cicatrizar feridas. Por mim, eu usaria o soro que o médico indicou, mas preferi evitar uma tremenda discussão com a senhora Parker, embora a sua indicação esteja dando certo.
- Quer ajuda aí? - ouço a voz de Eliza atrás de mim.
É claro que não. Mas eu não diria isso para ela, nem da maneira mais sutil possível. Eliza está cada vez mais afastada de mim, e eu não gosto disto. Estou sentindo falta da sua aproximação anterior.
- H-hum - murmuro, e me viro para ela. Ferrari higieniza as mãos, fica na minha frente e começa a terminar o que eu comecei. - Eu sinto muito por isso. - diz, enquanto olha atentamente para o meu peito. - Vai ficar com marca. - seu toque e suave, seu olhar é cuidadoso e eu gosto disto, mas só de pensar que dentro de algum dias, talvez, ela estará indo embora, me faz fazer uma careta e meu peito doer.
- É, o médico disse a mesma coisa - falo. Ela faz o curativo na primeira cicatriz e depois puxa cuidadosamente o curativo velho da segunda, que corta todo o meu abdômen. - Nossa, Caleb! - então ela começa tudo o que fez na primeira.
Um silêncio predomina o banheiro e a tensão toma o ar. Jogo a cabeça para trás e me apoio na beirada da pia quando sinto seus dedos finos, delicados e quentinhos encostarem de forma sutil no meu abdômen baixo, fazendo-o contrair.
Que desgraça! Praguejo tudo que tem pela frente, exceto Ferrari, e me amaldiçoo mentalmente por deixá-la constrangida em um momento tão inocente. Pelo espelho à nossa esquerda, vejo ruborizando violentamente, e em seguida um movimento nervoso na sua garganta. Puta merda, estamos parecendo dois virgens tomados pela luxúria e a vergonha. Mas porra, faz tempo que eu só vivo de punheta, estou necessitando de enterrar meu pau em alguma boceta.
Ferrari limpa a garganta e finge que não tem nada acontecendo. Porém, o meu pau traidor não obedece os comandos do meu cérebro, e se enrijece. Puta que pariu… isto não poderia estar pior.
- Me desculpa, Eliza - isto é o mínimo que faço. O pedido de desculpa é apenas para manter o respeito, mas o que eu quero mesmo é ter sua boquinha macia e quente pra caralho entorno do meu pau. - Não queria que você passasse por… isso.