SAVE ME - Chris Evans

Chierry, Cherry, Cereja.

Acordo com o despertador, que já foi interrompido pela função soneca por três vezes. Na maior parte do tempo estou tão exausto em decorrência da rotina intensa que levo, que eu simplesmente apago. E quando eu estou em casa não é diferente.

No quarto despertar me lembro do motivo pelo qual havia programado o celular para me acordar. Hoje é quinta-feira e finalmente chegou o dia de jantar com Christopher Robert Evans. Rio de mim mesmo por saber alguns detalhes do ator, como seu nome completo, só pelas pesquisas no Google.

Hoje, graças ao dia livre, pude descansar bem. Levando em um pulo, vou até o meu closet, e percebo que ainda não decidi entre a camisa preta estampada com rosas vermelhas e a azul lisa.

Meu apartamento não é grande apesar de ser numa região muito bem localizada de Los Angeles. Deixei claro para Margaret ao me mudar, no início de minha carreira, que eu não precisaria de muito. Eu vivo sozinho em um quarto, um closet, dois banheiros, uma cozinha e uma sala é mais do que necessário para mim. Quase não fico em casa, portanto não preciso de ninguém para me ajudar com limpeza, eu mesmo cuido de tudo.

Tiro foto das duas camisas e envio para Demi dizer o que acha. Rapidamente recebo um retorno com um comentário positivo em relação a azul. Escolhido.

Dedico as horas seguintes ao Thierry, me olho no espelho e sem qualquer razão começo a imaginar tudo que passei até chegar onde estou hoje, o tamanho da minha sorte em poder fazer o que eu amo e ter milhões de pessoas apreciando meu trabalho. É como se um filme passasse pela minha cabeça. Lembro também de onde vim, e rapidamente meu pai surge nos meus pensamentos, ele foi a única pessoa que me apoiou de verdade e acreditou em mim em uma fase que nem eu mesmo acreditava.

- Desculpa estar fazendo isso comigo. – Digo, sozinho, mas sentindo sua presença. – Eu queria muito que você estivesse aqui.

Uma lágrima é derramada e meu reflexo mostra minha tristeza em estar passando por aquilo novamente. Eu odiava o fato de ser um dependente químico, mas era impossível parar. Meu pai estaria tão decepcionado comigo se estivesse vivo. Aquele momento de tristeza era passageiro, eu sabia disso, mas para que passasse de uma forma mais rápida eu precisaria consumir cocaína. Ligo para Colton e o espero chegar com o meu pedido, como fazíamos de costume.

O efeito da droga não me deixa diferente, eu continuo o mesmo Thierry de sempre, agindo da mesma forma, e por este motivo eu conseguia esconder muito bem de todos a minha volta. A única coisa que tornava-se distinta era o meu humor e também o fato de eu me sentir com mais energia. Eu sabia que apesar deste efeito, as consequências à minha saúde eram enormes. Mesmo assim, me cedo ao vício mais uma vez, para que aquele momento ruim passasse.

Sinto-me muito melhor agora. Termino de me arrumar e passo um perfume. Eu estarei em momentos tendo um encontro com Chris e por mais que eu tenha me comportado de forma estranha perto do homem nos últimos dias, hoje, eu estava calmo e confiante. O fato é que Chris Evans me intimida bastante, mesmo sendo um cara super gentil e educado. Acredito que a forte atração física que eu sentia e ainda sinto se juntou com outra forte atração, agora relacionada a sua personalidade.

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Chris insistiu em me buscar em casa mas eu optei por ir com o meu próprio carro. Fazia tempo que eu não dirigia e é algo que eu realmente gosto de fazer. A noite está quente, as ruas de Los Angeles estão como sempre super movimentadas e a música que toca na rádio é "Mother's Daughter - Miley Cyrus". Chego ao local e estaciono meu Jaguar branco.

- Hey! Thierry! Olhe aqui para uma foto! - Um paparazzi se aproxima chamando a atenção dos demais.

Em instantes sou praticamente impedido de me movimentar pela quantidade de paparazzi's desesperados por cliques. Tampo meu rosto com o braço e tento seguir em direção ao restaurante. Os flashes são fortes a ponto de me impedirem de ver para que direção eu estava indo. Percebo que Chris surge no meio dos homens e abre um caminho para que eu passe, entro por uma porta marrom já me encontrando dentro do restaurante.