1999 - Capítulo 2

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1999

Chegou o ano mais esperado do casal, pois será o nascimento da sua filha, digamos que seja a primogênita. 08 de Fevereiro, nasceu a mais bela menina e a chamaram de Yonara. Yonara nasceu com uma baita saúde e modesta parte, bonita.  

José estava tão feliz que parecia até que tudo aquilo era um sonho (mas em todos os nascimentos dos seus filhos ele se alegrava como nunca).

Ter ali sua pequena, sua esposa de resguardo fez com que ele parasse mais de ir a roça para cuidar delas, e passou a fazer seus bicos, nessa altura José já tinha umas economias guardadas e a sua esposa recebia um salário que dava para ajudar nas despesas de casa. Ta, pode até não parecer por ser apenas dois 'humanos', mas, eles era aquele tipico casal de filmes, contos de fadas, aquele casal inspiração para outros relacionamentos mas recentes.

                                                                                     ...

Já se foram 3 anos, e até então José já viu os primeiros passos da sua caçula, as primeiras falas e logo, recebeu uma noticia de que seria pai novamente e dessa vez de um menino, foi um momento de comemoração, pois, seria pai novamente. Apesar que ele tinha pensado em adotar mais duas crianças para ser irmãs da Yonara, o problema era a sua condição financeira. Ele voltou para a roça e de lá tirar o sustento da sua nova família e ajudar um pouco nas despesas. Algo interessante nesse casal, eles combinavam tudo, união e alegria era o que não faltava e mal tinham uma DR, talvez eles não soubessem o que era brigar por ciúme ou algo do tipo. 

Sim, essa mulher veio na hora e tempo certo para José, que já tava chegando aos seus 55 anos. E já queria o seu sossego. Ele a olhava com um ar de orgulho e uma sensação de sorte por ter a encontrado e muita das vezes ele falava a ela que se soubesse da sua existência a mais tempo teria ido busca-lá na casa dos seus pais e ela seria a primeira esposa dele e mãe de todos os seus filhos. Tudo tinha que acontecer como aconteceu, já estava tudo predestinado. Antes de José conhecer sua atual esposa, ele era amigo dos irmãos dela e nunca imaginou que eles teria alguma irmã! Tudo isso foi por acaso e convenhamos que para José foi o acaso mais bonito!

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O ano é 2001. O mês é Abril, dia do nascimento do mais novo herdeiro de José. Dessa vez ele não pôde acompanhar a sua esposa a maternidade devido aos afazeres de casa, ao trabalho na roça porque agora não era uma criança que ele ia cuidar e sim dois fora os outros cinco da terceira família. Ela não foi só, uma irmã a acompanhou e ela compreendeu esse fato dele não poder estar presente. 

Nasceu Lohan, um meninão chorão que também trouxe alegria para dentro do lar. Que aos olhos de José e de sua esposa seria o homem da casa futuramente, era o casalzinho de filhos mais adorável que ele tinha.

José narrando

Agora estou na fase da minha velhice, em breve vou me  aposentar, além desse casalzinho tenho outros filhos, os meus meninos mais velhos estão todos em suas casas e os outros moram com sua mãe aqui pertinho de casa, todos os dias os vejo. Tenho meus problemas de saúde, mas isso não me deixa menos forte! Continuo fazendo meus trabalhos,a roça é algo que não quero deixar agora, me criei trabalhando nela, será difícil parar, mas quem disse que preciso parar agora! Vou ate onde posso levar. Tenho a sensação de ter cumprido meu dever aqui na terra,cuidei dos meus meninos fiz o possível para vê-los bem já tenho até netos, sempre visito eles e assim virse-versa, agora tenho mais dois filhos recém chegados, a minha filhinha está com 3 anos e o meu menininho com 6 meses. Tenho uma esposa incrível, quero viver ao lado dela até o último dia da minha vida, eu a amo, nunca tive tanta certeza como agora.

Todos os dias agradeço a Deus por ter me presenteado com filhos lindos, e com a minha esposa que me enche de orgulho, que me fez acreditar no amor e que em hipótese alguma me fez repensar em ter me juntado a ela, ela é uma excelente mulher, a minha mulher e que Deus conserve esse relacionamento assim, meu proposito é viver o resto da minha vida ao seu lado e tenho certeza que é o mesmo dela. Não somos de tá em pé de guerra, o que queremos sentamos para conversar e combinar; o amor, respeito, fidelidade e companheirismo está acima de tudo. É um relacionamento saudável.

2005

Hoje meus filhos estão mais crescido. A Yonara é muito curiosa, mas é a sua fase que a torna assim. Ela me vê lavar as louças e quer fazer o mesmo, fora as milhares de perguntas que faz para mim. Fico feliz em ver o interesse dela nos deveres de casa, em querer me ajudar. Não preciso chamar a sua atenção para ela aprender a fazer os afazeres de casa, porque uma coisa que aprendi é que não teremos nossos pais para sempre e eu não quero ver a minha menininha quebrar a cara com esse mundão, o que eu puder ensinar, estarei fazendo.

  - Pai, deixa eu fazer essa comida. - Fala Yonara.
- Você é muito pequena, o fogão é alto. - Disse José.
- Mas eu quero fazer. O senhor me ensina? - Yonara indagou.
- Ta bom, ensino. - Falou José.

Ela subiu em cima de uma cadeira para ficar no tamanho do fogão e foi cozinhar a comida, claro que não deixei ela só, pensei até que a comida não ficar no ponto. Mas ela puxou a mim, a comida tava ótima e depois desse dia ela queria sempre fazer. Eu sempre fiz os gostos dela, então sempre deixava e a ensinava. Os afazeres de casa sempre foi dividido entre eu e a sua mãe e a única coisa que não permitimos ensinar a ela foi lavar as roupas, quando ela tiver mais velhinha ensinamos-a. De resto, ela aprendeu tudo. Sem contar o quão dedicada era aos estudos e espero que continue sendo pois quero vê-lá muito bem estudada. Ensinamos tantas coisas a ela e também damos o essencial, amor e todas aquelas coisas que o dinheiro nem bem material algum compra. Sou tão convicto que fiz o certo, que tudo que fiz não só por esses dois mais novos mas como pelo os outros já estou vendo resultado. Nenhum me abandonou, todos entenderam minhas dificuldades na época que os criei para a criação de agora, no qual eu já tinha minha aposentadoria e tudo já estava melhor financeiramente. E mesmo eles não morando comigo, o que precisasse eu estava os ajudando, eles também são meus filhos e eu os amo.


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