Cola de calça apertada, boca de sino, de blusa decotada, perfumada e sorrindo. Me pede um isqueiro e me oferece um cigarro.
- Oi, você tem fogo?
+18.
• Palavras de baixo calão, GIF's, cenas de sexo, drogas, agressão e consumo de álcool apareceram e...
E eu que to acostumado a ser indomável, encontrei com essa mina que é imprevisível Achei que sabia tudo sobre amar em vida, mas ela me mostrou que tava em outro nivel..
Indomável - PK ft. Belo
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Mya
Eu já estava exausta, e por isso decidi voltar ao carro para pegar minhas roupas, tomar um banho rápido e ir para casa. Akemi já não me via a alguns dias e como passei um bom tempo na favela minha mãe não iria se importar muito.
- Caralho, nega! Esse lance de vocês está cada vez mais intenso!
- Para com isso, Nanda. É só sexo casual, conversamos um pouco, mais pegação e é isso.
- Amada, você finge que é cega, né? Só sexo casual com um homem daquele porte deveria ser ofensa. Dá pra ver o caminho de baba que ele deixa enquanto caminha atrás de você!
Gargalho com a resposta de Nanda. Fernanda era doidinha e apesar de dar uma de piranha desapegada todos sabiam que seu sonho era viver um romance daqueles bem clichê que lemos no Wattpad.
- E o Português?
Na hora Nanda engasga com a água que estava bebendo e dou um sorriso de canto. Com certeza ela não esperava ser incluída na conversa tão de repente.
Coitada, pensa que eu não sei da putaria que rola entre os dois.
- Só sexo casual.
- Nanda!
- Ok, ok! - ela ri e eu olho de cara fechada, fazendo com que ela revire os olhos. - Você sabe.. não posso investir em bicho solto. Ele curte a liberdade dele e eu curto a minha, mas com nossos momentos calientes no meio disso. Ele já me mandou o papo, por isso to evitando pensar muito a respeito dele.
- Ahh, para de história triste! Até parece que ele vai deixar uma loira dessas passar despercebido assim!
Ela responde com um certo tom de indignação.
- Não posso tirar sua razão, - manda uma piscadela e acabamos rindo. - Mas ele não vale nada. E eu não quero me machucar criando expectativas onde só tem que rolar umas sentadas e nada mais.
Admirava o jeito como Nanda era pé no chão. Sempre evitando criar expectativas, sempre com um pé atrás e com uma pulga atrás da orelha.
Chegamos ao carro e cada uma pega sua muda de roupas. Caminhamos até o chuveiro mais próximo sentindo os olhos masculinos - até femininos - nos acompanhando. Horas de treino semanais trazem seus resultados!
Gustavo trabalha em um dos melhores quiosques dessa praia a muitos anos e formamos uma grande amizade quando ele teve me ajudar na vez em que não vi o murinho de pedras envolta do chuveirinho e cai com tudo machucando o tornozelo.
- Tá com o Kit madame?
- Sempre preparada!
Levanto minha bolsinha transparente com o shampoo e condicionador. Ele assente e diz que eu posso chamar caso precisasse de alguma coisa.
•••
- "Gu", Mya. Sério isso, tio?
Abro os olhos esquecendo do shampoo que escorria no meu rosto e começo a sentir a ardência que se inicia nos meus olhos.
- Puta que pariu, Ricardo, não faz isso!
Ele se desespera e sinto suas mãos espalhando a água pelo meu rosto para retirar o sabão, mas não ajuda muito.
- Foi mau, morena! Não sabia que ia te assustar.
Tiro suas mãos de perto de mim e com calma consigo abrir os olhos, mesmo sentindo eles pegando fogo.
Nanda está ao meu lado sem saber o que fazer e Português está quase se mijando de rir ao nosso lado.
Encaro RK furiosa, apostava que já tinha ido embora e ele me brota dos quintos!
- Desculpa, bebê. Juro que não queria te assustar, pô.
Reviro os olhos e me viro novamente afim de terminar meu banho. Se eu fosse dar uma resposta nós iríamos brigar, então optei pela melhor alternativa.
Com o silêncio a minha volta imagino que ele não tenha gostado de ficar no vácuo e foi embora. Melhor assim!
Permaneço de costas e pego o condicionador aplicando no comprimento do cabelo na tentativa de deixar ele mais maleável, já que a água do mar deixou ele deplorável.
Cabelo longo é lindo, mas o trabalho é do caralho. Meus braços sempre ficavam doloridos no fim do banho.
- Joga ele pra trás, eu passo.
- RK, deu por hoje. Posso tomar banho sozinha!
- Ou você joga, ou eu mesmo pego ele.
Seu tom firme mostra que ele não está para brincadeiras, então faço o que ele diz.
Sinto suas mãos indo com calma, como se temesse que me machucasse.
- Não precisa ser tão paciente, pode puxar. - falo já sem paciência.
- Eu só puxo teu cabelo quando estamos na cama, agora não é o momento.
Arregalo meus olhos quando lembro que não estamos sozinhos e vejo quando um casal que passava perto de nós olha com espanto. Seguro a minha risada, querendo ou não, a situação foi engraçada já que o tabu ainda existia quando se tratava de alguns assuntos.
Perdida em pensamentos nem percebo quando RK termina com o meu cabelo. Volto a realidade quando ele liga o chuveiro pra mim e o mesmo retira o creme, fazendo vez ou outra uma massagem na minha nuca.
- Pronto, gatona. Tá liberada.
Dito isso ele vem e me deposita um beijo no ombro.
Me viro e vejo que ele estava prestes a dar as costas pra ir embora, mas algo em mim grita e eu não aguento a tentação. Vou até sua frente ficando nas pontas do pé e lhe dou um beijo - com a desculpa em mente que seria uma forma de agradecimento.
Suas mãos rodeiam meu corpo e mesmo com o gosto salgado vindo da sua boca pouco me importo, aprofundo ainda mais - se é que isso era possível.
Ele finaliza com uma mordida e eu sorrio.
- Desculpas aceitas. - ele diz.
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Nanda - Fernanda Valentin / 25 anos.
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