Polise - Primeiro ato: Verão.
Capítulo I:
Aonde Valerie escapa de algo ruim para entrar em algo pior
Valerie abriu os olhos.Ele sentiu como se tivesse acordado de um longo pesadelo, sua cabeça ainda tentava processar tudo o que viu, entretanto, as memórias já escorriam de sua mente, tornando qualquer possível imagem um borrão, lhe fazendo sobrar apenas as estranhas sensações e gosto amargo na boca de um pós pesadelo.
Olhou em volta na tentativa de assimilar o ambiente, e lentamente foi se recuperando da breve amnésia. Foi então que tentou mover o pescoço para o lado e a dor pontiaguda veio; seu corpo estava rígido, consequência de ficar de pernas cruzadas por quase duas horas meditando: pescoço dolorido, pés formigando e coluna implorando por misericórdia. Pra piorar aquelas imagens borradas continuavam em sua mente.
"Tentar meditar à essa hora foi uma péssima ideia" pensou.
Dormir seria um grande desafio, e Valerie já não se sentia confiante o suficiente para tentar a sorte e acabar tendo outro pesadelo.
O melhor que pôde fazer foi esperar, esperar até o vento frio deixar de entrar pelo pequeno buraco da parede de pedra atrás de si, esperar até suas bolsas cinzentas abaixo dos olhos aumentarem ainda mais, esperar até que sua sentença fosse decidida. Céus, como odiava aquela prisão.
Era por volta de quatro da manhã do lado de fora daquele grande castelo de pedra, uma brisa quente sacudia as folha das árvores e penetrava as aberturas da construção.
A lua, minguante, iluminava bem pouco o céu, fazendo com que para os guardas daquele turno fosse mais uma noite daquelas. Um piscar de olhos, e só o Santo Celestes saberia dos horrores que os campos noturnos e desérticos de Polise eram capazes.
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Polise [Sendo Reescrito]
Fantasy"O céu começou a escurecer. O portão Sul estava aberto, o palco estava vazio, sem nenhum sinal de vida. O escuro tomou conta, as folhas das árvores começaram a chacoalhar com violência, não havia uma tocha acesa. O vento uivou quando a lua começou a...