Chloe é uma adolescente que vive em New Haven com seu pai. Recentemente abandonada pela sua mãe ela tenta superar a perda e o bullying que sofre na escola. Com a ajuda de sua única e melhor amiga ela vai tentar conquistar o coração de Dave, o garoto...
Tem alguns sentimentos que você não consegue esquecer. Você se lembra porque eles ficam na boca do seu estômago pra sempre. Como o jeito que alguém que você ama vai embora sem ao menos dizer adeus. Como o jeito que seu estômago se revira e queima quando você finalmente percebe o tanto de tempo que gastou em coisas e pessoas erradas. Como o jeito que você sente falta de alguém, parece que alguma coisa está puxando seu coração e tentando arrancar de seu peito!
É desse jeito que meu coração está desde ontem quando eu o vi dentro do metro. Balanço a cabeça em negação enquanto abraço meu corpo com meus braços na tentativa de me manter sã, porque isso não pode ser verdade! Ele está morto!
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Solto o ar de meus pulmões e me levanto do meu estado de choque, ando até minhas malas e procuro algo confortável pra vestir e ir para meu segundo dia de tratamento.
Gaspar
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Digo a mim mesmo que fiz isso apenas para saber o que ela está fazendo aqui em NY. Apenas pra saber se ela está bem e observa-la de longe sem interferir em sua vida novamente. Então eu a vejo saindo do metro, ela anda pela calçada movimentada com os braços cruzados como se estivesse se protegendo do frio. Acelero a moto e a sigo até vê-la entrar em uma clinica. Estaciono do outro lado da rua me perguntando o que ela está fazendo em uma clínica de fertilidade.
Uma hora depois ela sai, olha pros dois lados sem perceber minha presença e anda em direção ao metro novamente. Mesmo de longe consigo ver no seu olhar o mesmo selvagem e louco olhar que ela tinha quando achava que a vida já não era tão importante. Seu olhar de tristeza me deixa aflito porque supostamente era pra ela estar feliz agora! Ele me prometeu isso!
Acelero em direção ao endereço que consegui com um antigo amigo hacker que manti em minha vida. Assim que chego no endereço vejo ela entrando no prédio modesto em que ela está. Vou fazer isso mesmo?
- Droga!
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Resmungo tirando o capacete, saio de cima da moto e ando meio que flutuando até que quando dou por mim já estou batendo em sua porta com o coração na boca. Leva apenas duas batidas erráticas do meu coração para que ela abra a porta, seus olhos encontram os meus por menos de um segundo e ela grita alto fechando a porta novamente na minha cara. Ouço seus gritos abafados pela madeira, aflito e com medo de que ela passe mal eu giro a maçaneta da porta e entro na casa apressado.
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- Ai meu Deus!
Ela grita se afastando pra trás enquanto seus olhos agitados me medem de cima a baixo como se estivesse vendo um fantasma, ela está mais pálida do que nunca e eu me pergunto o que eu estou fazendo? Eu fodi com tudo e agora não dá pra voltar atrás!
- Lila se acalma!
- Ai meu Deus!
Ela repete fechando os olhos com força, balança a cabeça de um lado para o outro antes de cobrir seu rosto com suas mãos e se escorar contra a parede do outro lado da sala. Paro dando espaço pra ela, para que ela possa respirar e se acalmar. O silêncio toma conta da pequena sala enquanto eu a observo tão de perto, mais perto do que jamais pensei que faria novamente. Noto como ela está mudada, seu cabelo está natural novamente e mais longo, seu corpo um pouco mais forte do que antes o que é bom, significa que ela está cuidando de si mesma. Ela parece mais velha, linda!
Seus dedos se encolhem sobre seu rosto e aos poucos ela deixa seus braços caírem ao lado de seu corpo.
- Eu estou louca mesmo ou você está aqui?
Ela pergunta com os olhos esbugalhados, seu questionamento entoa como se fosse pra si mesma, como se ela ainda não acreditasse que eu realmente estou aqui na sua frente. Confirmo com um pequeno aceno e digo calmamente na intenção de não assustá-la mais do que eu já fiz.
- Eu estou aqui...
Ela pisca algumas vezes enchendo seus olhos d'água, meio incerta ela dá um passo na minha direção e eu sei o que ela vai fazer. Meu corpo inteiro pinica e entra em pane implorando para que ela o faça, para que ela me toque com seus dedos.
