To de volta no meu país minas gerais (infelizmente, sdds Rio já), por isso nada mais justo que mais um capítulo.
Estou ansiosa para vocês lerem o próximo, é um dos meus preferidos.
Enfim, boa leitura!!!!Noah Urrea
_ Você não, Urrea. Bailey, Any, podem esperar o amigo de vocês lá em baixo. E lembrem-se, nada de gracinhas.
Droga, o que ele queria comigo agora? Comecei a suar frio, não pude nem conferir se meus amigos estavam bem. Ele simplesmente fechou a porta e me deixou preso do lado de dentro com ele e Lamar. Ah, Lamar. Minha cabeça está uma confusão, não acredito que ele possa ter feito uma coisa dessas, não acredito que ele nos trocou tão fácil por um vagabundo igual ao Robert e aos outros.
_ Sente-se Urrea. - O homem calvo fala, passando por mim e se prostrando atrás da mesa de madeira escura. Me neguei, continuando na mesma posição. - Isso não foi um pedido. - Ele disse com um sorriso que se eu não conhecesse, diria ser simpático. Engoli em seco e segui até a cadeira ranzinza empoeirada, me sentando em seguida.
_ O que você quer comigo? - Perguntei em um som quase inaudível, olhando para baixo.
_ Fiquei sabendo que a senhorita Deinert anda achando que você e a Gabrielly estão juntos, hm? - disse com uma sobrancelha arqueada, soltando uma risada pelo nariz.
_ Deixa ela fora disso. - falei em um tom rígido incontrolável, apertando minhas unhas contra as palmas das minhas mãos para amenizar minha vontade de socar a cara daquele desgraçado. De novo.
_ Calma, Urrea, não vamos fazer nada com a Sina, isso faz parte do trato, lembra? Só acho uma pena ter que acabar com a imagem que ela está tendo de você agora. Acho que seria legal bater um papinho com ela sobre você e Any.. mas, infelizmente, isso não será mais possível.
_ O que você quer dizer com isso? - falei, finalmente olhando em seus olhos cor de merda.
_ Retiro o que eu disse sobre vocês não serem tão burros quanto eu pensava. - ele disse se levantando da cadeira, encarando a vista da janela à minha frente, de costas para mim. - Você é um bom menino, Urrea, merece ter alguém bom ao seu lado. É uma pena termos que força-lo a fazer isso.
_ Forçar? O que? Do que você está falando?
_ Você já deve conhecer, ela é uma boa garota. Me senti péssimo em sequestra-la para que tivéssemos uma conversinha, nada agradável para ela, claro. É uma pena a historia de vocês começar desse jeito. Ou continuar, se é que você me entende.
_ Continuar? - perguntei abaixando a cabeça pensando no que ele estava falando. - Zoe? - sussurrei quase em uma afirmação, tendo certeza de que apenas eu escutei aquilo.
Não podia ser ela, tem exatos dois anos que eu não a vejo, ela seguiu em frente, não é possível que ela aceitou fazer parte desse jogo sujo deles.
Me perdi em meio a tantas teorias que surgiam em minha cabeça, me assustando com apenas uma palavra que saiu da boca de Robert.
_ Zoe? - escutei, levantando a cabeça, incrédulo. Olho para ele. Este, apontava em direção à porta. Acompanho seu olhar e a vejo ser aberta, entrando em meu campo de visão uma silhueta feminina familiar. Zoe.
_ Você só pode estar brincando com a minha cara. - falei debochado, olhando para ele.
_ Vamos lá, Urrea. Não é tão ruim assim, é? Você pode desfrutar dessa belezinha. - ele disse com um sorriso malicioso enquanto passava as mãos pelo cabelo da garota, que olhava para baixo engolindo em seco. Notei que ela estava.. apavorada, bem como eu.
_ Não encosta nela. - me levantei rapidamente, o empurrando e ficando à frente da garota. - Me diz que você está sendo obrigada. - me dirigi a ela rapidamente.
_ Eles ameaçaram meu filho. - Zoe falou em um rápido sussurro, e notei uma lágrima se formar em sua bochecha esquerda. Ela tem um filho.
Lamar, que estava até agora encostado na porta, se moveu vindo em minha direção, me agarrando por trás. Ali, perdi todas as esperanças de que ele estava sendo obrigado a o fazer. Seu olhar estava frio.
_ Quando eu acho que não tem como piorar vocês conseguem se rebaixar ainda mais, é impressionante. - falo rindo debochado, ainda sendo segurado por Lamar. - Em que nível de canalhisse vocês estão querendo chegar? Porque sinceramente, já passou dos limites. O que vocês ganham vale para ameaçar uma criança? Pelo amor de Deus, é uma criança. Que porra vocês têm na cabeça? - continuo aumentando o tom, indignado, mas me calo ao perceber Robert vindo até mim.
Senti uma dor enorme no lado esquerdo do meu maxilar, e levei alguns segundos para raciocinar o que acabou de acontecer.
_ Cala a boca, cala a porra da boca, Urrea! - Robert gritava enquanto massageava sua mão que acertara minha face. - Eu cansei de brincar, agora você vai ouvir. Vocês vão.
Any Gabrielly
_ Ele está demorando demais. - falo impaciente andando de um lado para o outro enquanto Bailey estava sentado na calçada da rua com a cabeça entre os joelhos, apoiada nas mãos.
_ Any, para de andar por favor, está me deixando mais nervoso ainda.
_ Desculpa. - disse indo se sentar ao seu lado. - Estou com medo, Bay.
_ Eu também. - ele passou os braços sobre meus ombros, me confortando em seu peito. - Mas agora só podemos esperar e torcer para que ele esteja bem.
Assim ficamos por cerca de vinte minutos. Estávamos com muito medo para conversar sobre qualquer outro assunto que fosse. Ouvimos um barulho que vinha, aparentemente, da entrada do prédio, e nos levantamos. Em seguida, Tony apareceu, e uma decepção correu por nossos corpos.
_ Ainda por aqui crianças?
_ Estamos esperando nosso amigo, Tony.
_ Então nem vou oferecer uma carona para vocês. Estou indo para casa, se cuidem. - ele disse simpático e acenamos quando ele entrou no carro.
Após mais alguns minutos entramos no corredor da entrada do prédio pensando ter ouvido a voz de Noah, e estávamos certos. O mesmo saiu do elevador, mas estava junto à alguém. Espera, Zoe? Não tive muito tempo de reparar a garota, algo me chamava mais atenção.
_ O que é isso, Noah? O que eles fizeram com você? - perguntei insinuando a vermelhidão em seu rosto. - E por que está com ela? - olhei para a garota rapidamente, que engoliu em seco.
_ Any, calma. Deixa eles respirarem. - Bailey se intrometeu e eu acenti, minha ansiedade estava tendo controle sobre mim.
_ Isso, foi Robert. - ele disse apontando para seu rosto vermelho. - e ela..
_ Bom, oi. - Zoe disse um tanto desconfortável.
_ Por que está aqui? - perguntei no mesmo tom da garota.
_ Eles me sequestraram e ameaçaram matar meu filho se eu não fizesse o que eles pedissem, ja faz um mês que eu não o vejo. Robert quer que fiquemos juntos, eu e Noah.
_ O que? - Bailey perguntou indignado.
_ Tem haver com dinheiro, claro. Zoe se tornou modelo, e Robert está interessado nos lucros que iriam surgir a partir de uma parceira entre a XIX e a empresa onde ela trabalha. Claro que eles iam nos obrigar a fazer isso. - Noah fala forçando uma risada pelo nariz e balançando negativamente a cabeça.