Se eu te disesse que eu encontrei uma amiga, mas que ela não é tão convencional quanto as outras, que ela nem mesmo é deste planeta, você acreditaria?
Se sua resposta for sim, então esta história é pra você, que acredita que os maiores sonhos de sua...
Em uma noite, quando eu tinha 5 anos, minha mãe me contou uma história extraordinária sobre as Inunis.
Dizia a história que as Inunis eram pontos de luz que habitavam as estrelas. Cada Inuni habitava um planeta, e lá elas ficavam até a hora de partir.
Com o passar do tempo, o brilho das Inunis aumentava cada vez mais, e quando ela chegava ao auge do seu brilho, ela se apagava. Mas isso não era o fim, pois logo depois que ela se apagava, uma outra Inuni nascia em seu lugar.
Eu sempre escutava essa história maravilhado, pois quando eu era criança, tinha uma mente muito criativa, e conseguia imaginar toda essa história com perfeição apenas com a ajuda de minha imaginação.
E como também era muito curioso, gostava de fazer milhares de perguntas para descobrir mais sobre aquele universo. Assim, em uma certa noite, enquanto minha mãe me contava essa história, eu perguntei para ela:
- E qual a aparência das Inunis?
Ela me olhou um pouco surpresa, e respondeu:
- Elas tem a aparência humana, como nós, mas são muito mais bonitas do que qualquer um que habita na terra.
- Até do que você?
Pensou um pouco, e depois disse com uma leve incerteza:
- Até mais do que eu...
A partir daquela noite em que ela me contou aquela história, eu olhei para o céu de uma forma diferente. Todas as estrelas para mim se tornaram algo mais especial. Todas elas se tornaram as minhas amigas.
Eu sempre olhava para o céu e ficava nomeando a cada uma daquelas estrelas onde as Inunis habitavam. Mas como eu sabia que não iria conseguir gravar todas, fiz questão de lembrar somente de uma. Eu a apelidei de Sofia. Ela era a estrela menos brilhante, mas para mim a mais especial.
Sei que poderia ter olhado para o céu e escolhido a estrela mais bonita, mais brilhante, a que mais chamasse minha atenção. Mas Sofia, para mim, tinha um significado especial. Ela era a primeira das estrelas a qual eu tinha nomeado. E mesmo que ela não fosse a mais brilhante, a mais bonita, ou a que mais chamasse minha atenção, ninguém poderia substituí-la. O meu desejo era de um dia encontrá-la.
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Com esse desejo veio o meu primeiro sonho. Eu queria me tornar um astronauta, para poder um dia, viajar até o espaço para encontrar Sofia e todas as outras Inunis.
Carreguei tudo isso comigo até os meus 11 anos. A partir daí veio meu estágio de amadurecimento. Depois dessa época eu deixei para trás todas as minhas fantasias de astronauta, desenhos de estrelas, e até meu sonho de encontrar Sofia. Foi nessa época em que deixei de ser criança. Me arrependo até hoje por isso.
