Cap 6

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Estava sentada no chão, olhei todo o ambiente em volta. O sofá marrom, a parede com televisão. A cozinha estava intacta, os armários em um verde claro, tudo em uma mistura vintage.
O tom das paredes eram coloridas, vivas.

Eu havia decorado e ganhado esse apartamento do meu pai, enquanto cursava jornalismo. Ele esperava que a filha caçula, não se casasse com tanta rapidez.

E agora eu estava aqui, uma mala de lado, sozinha.
Recomeçando do zero.

Blip, blip o som da secretária era insistente.

- Ana- A voz soou rouca- Eu estou de ligando de novo, só me diz se você está bem- Perguntou- Só me mande uma mensagem, qualquer coisa.. Estou preocupado.

Ele realmente parecia preocupado.

- Eu sinto muito- O novo recado começou a ser falado- Volte, me deixe tentar de novo- Implorava- Como você está?

Estava cansada, seu tom de voz insistente. Nada apagaria seus erros, o perdão só pode ser aceito, para acontecimentos que são lembrados, e não possuem qualquer resquício de dor.

Já haviam completado duas semanas, ainda estava vivendo a fase de negação, os cinco estágios do término.
Negação
Raiva
Barganha
Depressão
Aceitação.

Eu me levantei, eu precisava lutar, precisava de emprego, precisava de dinheiro, as contas não se pagariam por murmúrios e lágrimas.
Analisei meu reflexo no espelho, reforcei o corretivo abaixo dos olhos, uma calça social, uma camiseta preta, uma jaqueta de couro e nós pés o salto discreto.

Estava pronta para uma entrevista, depois de vários currículos enviados, uma delas entrou em contato.
Alias quem em sã consciência contrária uma jornalista que nem ao menos chegou a exercer a profissão?

- Pensamento positivo- Respirei fundo.
Com a chave no bolso, caminhei em direção ao elevador.
Um casal se aproximou lentamente, dois homens altos, e musculosos. Um deles com os olhos claros, o outro com os cabelos negros.

- Não acho que seja interessante pedir uma pizza, sua mãe não aprovaria um jantar assim- Disse um deles- O que ela diria se não comesse uma comida caseira?

- A opinião dela não é importante querido- Exclamou ele- Mas se deseja tanto um jantar, faça um de seus pratos. Talvez, uma macarronada.

Ele riu— Sua mãe me chamaria de preguiçoso, não é o prato perfeito.

- Tudo o que você prepara, é perfeito- Exclamou em resposta.

Uma relação perfeita, por alguns segundos eu os invejei.

- E você querida- O homem se virou para mim- Qual prato seria melhor?

Eu paralisei por alguns instantes, a quanto tempo eu não falava com alguém? Trancafiada em um apartamento e vivendo de fast fud.

- Um arroz de forno- Respondi para o mesmo.

Ele me analisou, olhou uma das minhas mãos. Estava com a aliança.

- É casada?

- Meu bem- Repreendeu o companheiro- Não seja indiscreto.

Eu corei, e agradeci o momento em que as portas do elevador se abriram.

- Garagem?- Perguntou o homem.

- Por favor- Sussurrei.

O homem estava vermelho, o ruivo me olhou e pediu desculpas em seguida.

Segundas Chances nas Ruínas do AmorOnde histórias criam vida. Descubra agora