Born to Govern

8⁰ CAPÍTULO

Escrito com a minha boiolinha Giohaugusta.

Boa leitura!

Nos dois meses que haviam se passado muita coisa havia mudado na vida de todos os Spellman's desde a chegada de Lydia.

A mesma havia voltado a morar na mansão, tanto para ajudar com a funerária quanto para ajudar sua filha mais velha com a gravidez, e pôde retomar a vida que tinha antes de tudo acontecer da maneira como aconteceu. Estando próxima aos familiares novamente ela também se tornou, aos poucos, uma nova amiga para Sabrina e ambas trabalhavam em um modo de reconciliação entre a adolescente e Zelda, pois sabiam que não seria fácil conseguir o perdão da ruiva.

As visitas de Lilith ao quarto de Zelda haviam voltado a se tornar frequentes novamente com muitos momentos carinhosos entre elas após uma noite de diversão das mesmas, percebendo isso, Hilda decidiu mudar-se de quarto com a desculpa de que Zelda precisaria de espaço para o berço do bebê que estava por vir, ela havia ficado tímida demais para revelar à irmã que sabia das visitas de sua soberana.

Lydia foi apresentada ao coven novamente, muitos se espantaram ao ver a bruxa ali com vida após séculos, porém o espanto logo passou pois todos ali sabiam que os Spellman's eram uma família difícil de se atingir e eram espertos o suficiente para se manterem as sombras pelo tempo que desejassem. Com isso Lydia foi bem recebida pelos membros do coven e até pensava em começar a atuar na academia de artes ocultas.

Com a gravidez de Zelda avançando seu abdômen começava a se tornar cada vez mais perceptível e todos começavam a especular de quem seria aquele bebê, que mesmo sem ser anunciado, eles sabiam que ela carregava no ventre. Faltava uma semana para o equinócio que há tempos Zelda vinha planejando e agora ele iria reunir não só os membros da academia mas todos os covens possíveis, pois Lilith tratou de mandar um recado para todos os covens de que ela tinha um grande pronunciamento para fazer, então era necessário a presença de todas as bruxas e bruxos possíveis.

Atualmente, Zelda estava terminando de resolver os últimos detalhes importantes detalhes sobre a "festa" que aconteceria, já que envolveria a presença de outros Covens para o evento, a suma sacerdotisa queria mostrar que ele continuava tão forte quanto antes de tudo acontecer. Além disso ela sabia que Lilith queria anunciar que em breve o inferno teria um herdeiro ou herdeira para lhe substituir quando ela não conseguisse mais governar.

Pensar que em poucos dias todos saberiam sobre de quem era aquela criança que crescia em seu ventre lhe assustava em partes, já que a atenção cairia em cima de si, mas também poderia chamar atenção de bruxos e criaturas que não gostariam nada de saber dessa notícia. A ruiva sabia que com Lilith ao seu lado, ela e a criança estariam bem e seguras.

Em meio a esses pensamentos, a ruiva estava em sua sala analisando alguns detalhes que seu sobrinho havia lhe dito que acrescentariam de uma maneira positiva ao evento.

Do outro lado da academia, Lydia finaliza sua última aula do dia. A bruxa estava realmente feliz que havia conseguido dar aulas na academia e isso de certo modo ajudou muito a Zelda que agora não precisava se preocupar em dar aulas e dirigir a escola, ela podia ficar com a direção enquanto sua mãe a substituí  em algumas salas de aula.

Lydia atravessou a escola indo em direção a sala de Zelda para que elas pudessem ir para a casa juntas, e nesse caminho todo ela recebeu muitos cumprimentos dos alunos que haviam gostado muito do jeito despojado e tranquilo das aulas da loira. 

Ela chegou a sala de Zelda e sem bater, abriu a porta com cuidado e calmamente. Quando seus olhos miraram sua filha apoiada com as braços na mesa, a caneta entre os dedos batendo levemente na madeira enquanto ela se mantinha concentrada nos papéis. Aquela cena era de dar orgulho e encher os olhos de qualquer mãe, ah Zelda era tão parecida com uma pessoa do passado de Lydia, o cabelo ruivo que lhe caía sobre os ombros como uma cascata de fogo, os ombros firmes, a concentração total ao que estava fazendo e poderia se dizer que até mesmo o modo de segurar a caneta entre os dedos. Lydia suspirou e sorriu para a filha, que ainda não havia notado sua presença.