Cap 5

735 62 38
                                    

P.O.V Mikasa

Fico paralisada por uns 3 minutos, absorvendo a informação.

-Câncer ? Como assim ? -digo quando me recupero do transe-isso não pode ser verdade, NÃO PODE- transtornada  descreve esse momento.

- senhorita, acalme-se, venha vamos deixar Sasha descansar que eu lhe explico tudo.

-O quê ? Como assim Câncer ? Como assim Sasha tem câncer ?- digo totalmente destroçada- não, não,  não, NÃO PODE SER ISSO NÃO É VERDADE- acabo por me descontrolar.

- senhorita por favor se acalme, eu preciso explicar a situação para si.

-como vou ficar calma numa altura dessas ? Como ? Não dá..- digo em meio as lágrimas.

-venha, me acompanhe- o médico levou -me até o refeitório do hospital e deu-me um copo de água que em menos de 5 segundos já estava vazio e acabei por deixar cair.

Eu tremia, estava pálida, sentia o mundo girar, estava tonta.

-se acalme, por favor, tente pelo bem de Sasha, você consegue.

-Certo- engulo em seco e tento me acalmar.

-Sasha tem um tumor maligno na mama originado a partir da multiplicação exagerada ou desordenada das células e do surgimento de um ou dois nódulos, o estado da menina já está mais avançado, ela precisa começar o tratamento o mais rápido possível, neste hospital público não há condições de atendermos a Sasha, ela precisará ser transferida para um hospital particular onde poderão cuidar dela melhor, mas atenção. Ela deve começar o tratamento ainda esse mês- diz o médico com o semblante sério.

-hospital privado ? Nós não temos dinheiro para isso..- digo cabisbaixa.

-lamento imenso, não temos equipamento para atendermos Sasha.

- entendo- me levanto dali e vou para o quarto de Sasha, aproveitar o pouco tempo de visita que ainda tenho, sento e aprecio o rosto dela, ela deve estar a sofrer tanto, uma lágrima involuntária cai no meu rosto.

A minha menina, ela é tudo que eu tenho, eu não posso perde-la.

Faço um cafuné em seu cabelo, e aprecio o seu rosto enquanto ela descansa, penso em formas diversas mas não encontro formas, estou acabada, não sei o que fazer. Será que ela sabia que tinha câncer ? Provavelmente, mas porque não me contou ?Fico horas e horas naquela sala, a enfermeira entrava várias e vezes e pedia para sair, alegando que a hora de visita havia terminado e eu apenas ignorava, chegou uma hora que a enfermeira voltou e se aproximou de mim.

-a senhorita tem que sair, caso contrário terei que chamar os guardas.

-olhei as horas, são 20:15, levantei-me e dei um beijo na testa de Sasha e fui embora, quando chego a casa simplesmente deito na minha cama e choro, choro como se fosse possível curar Sasha com as minhas lágrimas.

Eu não  sabia o que fazer, minha melhor amiga, minha irmã pode morrer, a única pessoa que eu tenho na vida..

Ainda não havia caído na real, mas me lembrei: nós não temos dinheiro.

Não acredito nisso, a minha melhor amiga tem câncer, CÂNCER, o que vou fazer ? Como vou ajudar ela ? Os tratamentos, os medicamentos, mds, eu mais do que nunca preciso desse emprego mas ainda assim não é suficiente, a doença já está em um estado avançado.

Destroçada sem saber o que fazer apenas chorei, me sentindo fraca e inútil por não saber como ajudar Sasha.

Não conseguia comer, não me apetecia fazer nada, não levantei nem só por um minuto da cama, fiquei lá até acabar por adormecer.

          

P.O.V Levi

No dia seguinte

-hange eu já disse que não vou com essa mulher para a comemoração da empresa- digo sem sequer ter olhado uma única vez para a mulher que estava com Hange, continuando a ler relatórios e assinando papéis.

-Levi a festa é já na próxima semana, e você precisa de uma acompanhante, lembra do plano ? Apenas uma aparição da sua suposta namorada e acabou- ela cruza os braços.

-tch, isso realmente irá funcionar ? Tem certeza que eles deixarão de me importunar ?

-só vai saber se tentar.

-hummm, tch, eu não gostei dela- digo com a minha velha expressão vazia sem emoção.

-Você sequer olhou para ela- Sasha diz trancando a cara.

-Como você se chama ?- digo olhando para a mulher pela primeira vez, ela é bonita, é loira e tem olhos verdes.

- eu chamo-me Steffany- abre um sorriso- Steffany Gutenberg 

- pois bem, saia- olho para ela friamente.

-O quê ? - dizem as duas mulheres ao mesmo tempo.

-Se você não sair agora mesmo eu a farei arrepender-se de ter colocado os pés aqui- noto o medo no seu olhar e indignada ela virasse e sai do escritório.

-O que deu em você ? O plano ?

-arranje outra, não quero ter de aparecer com uma vadia- digo me referindo a forma como se vestia e olhava para mim, como se quisesse me seduzir- aliás, onde a encontrou ?

-Ela veio para uma entrevista de emprego, e achei que ela pudesse ser a pessoal ideal para esse tipo de coisa- ela dá de ombros e faz uma cara estranha.

-arranje alguém mais discreta- volto ao trabalho e Sasha sai.

P.O.V Autora

O resto do dia passa tranquilamente, reuniões, papéis para assinar e relatórios para ler, decisões a tomar e por fim esgotado. No elevador Levi se depara com uma mulher ruiva com sardas no rosto e de olhos castanhos, ela estava tensa e corada, olhava para ele pelo canto do olho.

Levi notou a sua vestimenta, uma saia até a altura dos joelhos e uma blusa social, o blazer no braço, talvez ela sirva para fingir ser sua namorada.

-você trabalha aqui ? Nunca a vi antes-Levi diz sem nem mesmo olhar para ela.

- e_eeeu vim para a entre-v-vista- ela fala um pouco alto enquanto gagueja.

- e correu bem ?- De forma totalmente desinteressada Levi pergunta, e como de costume não tinha uma expressão definida no rosto.

-...- ela abaixa a cabeça e engole em seco.

- sabe quem eu sou ? Ela assentiu com a cabeça- eu preciso de um favor seu, se o fizer dou-lhe o emprego e ainda uma boa quantia em dinheiro - ele daria o dinheiro para ela, mas o emprego não, se não passou na entrevista é porque não está capacitada para trabalhar na Ackerman.

- eu já não quero o emprego- diz num tom baixo- mas aceito o dinheiro dependendo do que for o favor- óptimo, assim facilita mais.

- eu preciso que me acompanhe numa festa em comemoração de mais um ano da empresa, que ocorrerá na próxima semana, preciso que finja ser minha namorada- Levi olha para a moça- você aceita ? É somente isso.

Já eram por volta das 16 horas, o elevador chegou ao andar de baixo e abriu-se, Levi deu passagem para a moça passar e seguiu ela, ela para e fica de frente para o Levi.

- eu aceito- ela parecia insegura sobre aquela decisão.

-Óptimo, apareça nesse endereço por volta das 17h na próxima semana, receberá o devido tratamento para que esteja a minha altura no evento- Levi murmurou entregando um cartão, sem mesmo sequer se despedir ele deu as contas a moça e foi andando.

P.O.V Levi

6 dias depois.

Quando chego a casa sou recebido por Rose, minha governanta e ela dirige-me directamente até uma sala onde estavam todos os empregados da casa.

- como sabem amanhã haverá um evento, mais precisamente o aniversário da emprega Ackerman Corporation e este evento sempre ocorreu aqui, na mansão Ackerman,
...- eu parei de prestar atenção quando notei a presença de Mikasa, que escutava atentamente a cada detalhe que Rose falava.

Os empregados hoje dormirão aqui, para evitar atrasos amanhã, nada pode correr mal neste evento.

Óptima oportunidade para comer aquela empregadinha, pego e deixo Rose citar as ordens e vou para o meu quarto.

Quando entro vejo tudo limpo, bem, nada mal.

Tiro a roupa e ponho no cesto da roupa que há no banheiro e alguém bate a porta, enrolo uma toalha e abro e me surpreendo com quem eu vejo mas não mudo a minha expressão.

- Senhor Ackerman, desculpe-me por interrompe-lo, deixe-me preparar a banheira para o seu banho- ela se curva para mim me deixando ainda mais surpreso.

- tudo bem, vá mas não demore- murmuro friamente e a deixo ir, fico sentado numa poltrona enquanto espero que ela termine.

P.O.V Mikasa

Eu escutava cada detalhilho que Senhora Rose dizia, as regras, as ordens, os horários, tudo. Eu precisava deste emprego, precisava dar o meu melhor para manter o emprego, Levi estava do lado de Rose, em nenhum momento olhei para ele mas confesso que apenas a presença dele e o facto de sentir o olhar dele sob mim me deixo tensa e excitada, rocei as coxas uma na outra discretamente com a intuição de aliviar o meu tesão.

Levi pega e sem dizer nada vai-se embora e de seguida lembro-me que preciso o agradar, dois minutos depois ou menos Senhora Rose termina as orientações e dispensa todos, subo para o quarto de Levi e dou 3 batidas na porta mas ninguém atende, entro e vou até a porta do banheiro e dou 3 toques e sou atendida.

Apenas uma toalha cobria sua nudez, seu peito bem definido estava exposto, aquilo de certa forma mexeu comigo mas não deixei me abalar.

-Senhor Ackerman, desculpe-me por interrompe-lo, deixe-me preparar a banheira para o seu banho- me curvei um pouco em sinal de respeito, hábito que herdei de minha mãe que era Japonesa e meu pai Americano.

Não herdei muitas características de minha mãe, apenas o cabelo e os olhos eram um pouco puxados.

tudo bem, vá mas não demore- ele continua com a cara sem expressão alguma, é um homem tão frio..

Passo por ele sem nem mesmo olhar para ele, ligo a banheira e vejo a banheira encher, equanto isso sento por cima de um tapete fofissimo que esteva em frente a banheira e brinco com os pelinhos, quando a água já estava numa altura ideal jogo alguns sais na água e mais outras coisas levantei-me, e acabei por escorregar naquele tapete, batendo com a cabeça e apaguei.

P.O.V Levi

Quando ela vai deito na cama e espero, espero, espero e por que diabos ela demora tanto ? Farto de esperar vou até lá e me deparo com água escorrendo da barreira, espuma por todo lado, e ela lá caída no chão molhada.

- Que diabos aconteceu aqui ?- desligo a torneira e a pego no colo, sem saber o que fazer bem a deito na minha cama, tento a acordar mas de forma nenhuma consigo.

- Devo chamar a Rose ? Ela já deve ter ido descansar, todos já devem ter ido terminar seus afazeres e ido para casa preparar as coisas para voltar aqui- olho para ela, parecia tão indefesa, tão pura, ela é linda, a roupa dela estava molhada, se a deixasse assim poderia adoecer.

Pego e vou desabotoando os botões de seu uniforme e o tiro, minha respiração está ofegante, tentei tirar o sutiã mas de forma nenhuma consegui, ver aquele corpo apenas de lingerie me deixou duro, se ela estivesse acordada com certeza foderia ela e a faria ter diversos orgasmos.

Peguei uma blusa minha e a vesti, levei-a até o seu quarto e a deitei na cama, cobri ela com o lençol e voltei para o meu quarto, tomei um banho e vesti uma bermuda e fui para o computador trabalhar.

Fifty Shades of Levi AckermanOnde histórias criam vida. Descubra agora