Soneto VIII

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Faziam-no a esperança sã da terra.
Revestiam seus ossos de marfim.
Acolhiam as bravatas sem fim,
palavras que nunca viram a guerra.

Teu áureo e vil pedestal era frágil,
o mínimo balançar o matava.
Maldita espada que sempre envergava
ao menor aviso de um mau presságio.

A má fé ecoava em mentes doentes.
As ruas podres com sangue indecente.
O que era mal dito se diluía.

Elegante, matava o estranho ser.
Ídolo oco se resume ao poder.
Os mudos ocasos de si assistia.

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