Que porra, Betty!

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10° CAPÍTULO

BETTY

Eu fiquei tão feliz quando vi o Jughead passar por aquela porta com o meu filho nos braços, que eu não me importei com mais nada e o abracei, ainda com ele nos braços do Jughead.

Meu coração estava tranquilo agora, em ver que ele estava bem e minha mãe também.

Percebo que estou muito tempo aqui desse jeito, abraçando no Jughead. Me afasto lentamente dele e pego o Dylan no meu colo.

- Não chola mamãe. – diz o Dylan limpando o meu rosto com suas mãos.

- Eu estou feliz que estou te vendo, meu filho. Nós passamos tanto tempo longe. Eu fico com saudade. – deixo um beijo em sua bochecha e o aperto mais em meus braços.

- Saudade mamãe. Saudade. – diz e envolve os seus braços no meu pescoço abraçando-me

forte.

Vou até minha mãe que está em pé perto da porta e a abraço.

- Você tem muitas coisas para me explicar, mocinha.

- Eu sei mãe. Mas pode ser depois?

Ela me dá um aceno de cabeça e volta o seu olhar para toda a cobertura. Eu tive a mesma

reação que ela, quando entrei aqui. Eu deveria saber que o Jughead não teria um simples

apartamento. Essa cobertura é enorme e linda, ele me disse que estava abandonada, mas

não é o que parece, pois todos os cômodos estão muito bem mobiliados e a vista desse lugar é maravilhosa. De frente para a praia e ainda tem uma piscina aqui. É tudo muito lindo.

Sento-me no sofá com o Dylan no meu colo e o aperto em meus braços. Só de pensar que

aquele maluco está solto e que ele pode saber da existência do meu filho, me dá medo. Ele é

louco, eu não sei nem o que ele seria capaz de fazer com o Dylan. Mas o que me conforta é que estamos agora longe do morro. Ele não vai poder fazer nada com a gente aqui, o Jughead me prometeu que não vai deixar que nada de ruim aconteça com a minha família. E eu confio

nele... Confio muito. Tanto que eu contei sobre o Nick pra ele. Não foi fácil me abrir e ter que

me lembrando de todas aquelas coisas pela qual eu passei. Mas eu não conseguiria mentir

pra ele. Eu estranhamente me senti mais aliviada depois de ter contado tudo o que me

aconteceu. Eu de inicio tive medo. Medo de ser julgada. De ele não entender o meu lado de

querer ficar com o Dylan, mesmo depois de tudo que aconteceu. Mas a sua reação foi o

que mais me surpreendeu. Ele não me julgou. Apenas me ouviu e me disse coisas que me

confortaram. Ele fazia-me sentir protegida em seus braços...

E seu beijo... Do jeito que eu me lembrava, só que ainda melhor. Ele foi mais carinhoso.

Segurava-me com firmeza, mas não com brutalidade. Era mais como quem dizia: “Não vou te deixar ir nunca mais“. Mas eu não quero me iludir com isso. Ele disse que queria ter uma

conversa comigo sobre nós dois. Eu não faço a mínima ideia do que ele vai falar, mas eu

estou ansiosa pra saber, porém, ao mesmo tempo o meu coração está apertado com medo

de que o que ele queira me dizer, não seja nada do que eu anseio em ouvir.

Droga! Esse homem tem que ser tão imprevisível assim? Não dá pra eu saber o que ele está pensando ou querendo fazer. Essa sua linda carranca não deixa brecha pra nada.

o delegado-BugheadOnde histórias criam vida. Descubra agora