Os Contos de Gdur

O Arcanjo do Deserto

Gdur observou a imensidão desértica a sua volta, estava no alto de uma pequena pirâmide de degraus, atrás de si o portal, pensou em comer a pipoca que havia comprado com o que sobrara do imposto da travessia, mas preferiu guardar para mais tarde. Olhou para o dispositivo mágico que Adilson havia lhe dado, era um hexágono de vidro azul e adornos prateados, um ponto verde se movimentava lentamente na área daquele pequeno artefato, e um ponto vermelho que indicava a posição de Gdur.

_ Bom, é hora de trabalhar _

Logo após descer da pirâmide Gdur ouve um barulho, era constante, passos... Mas não de algo normal, parecia ser gigante, ele viu ao longe uma tempestade de areia vindo em sua direção causada pelo movimento de escorpiões com cerca de 6 metros que vinham em sua direção. Gdur correu, mesmo com pernas curtas ele se movia bem rápido, apesar que o terreno arenoso não facilitava sua locomoção, e então, ele se depara com uma ravina:

_ Qual é o sentido de ter a poha de uma ravina no meio de um deserto?! Foda-se, isso vai ter que servir.

Gdur olha para direção dos escorpiões, eles estão a uns 200 metros... É tempo suficiente para armar uma defesa ou mesmo contornar a ravina, já que era possível ver o fim da ravina logo ali e... Ele pulou... Gdur estava caindo, não tinha nenhuma perspectiva de chegar a qualquer um dos lados, ele estava no meio daquela grande rachadura. Ele então pensou "é...faltou impulso". Algo o pega no ar, e o põe delicadamente no chão, Gdur olha pra cima e vê um homem com uns 3 metros de altura, uma pele bronzeada com um leve tom de verde longos cabelos castanhos, ele tinha músculos bem sobressalentes e 6 asas brancas. Ele olhou para baixo:

_ Eai mano, beleza?

_ Pô mano, valeu ter me salvado aí.

_ Tranquilo parca. O que tu ta fazendo por aqui?

_ To procurando um Vorme-Vertálico _ Gdur então mostrou o artefato de localização do Vorme, ele estava se movendo na direção contraria a sua.

O homem hexálado olhou o dispositivo:

_ Eu acho... Não, tenho certeza, esse é um dos meus, posso te levar até ele

_ Sério? Valeu mesmo... é ... Qual seu nome?

_ Az' Aziel, eu sou um arcanjo caído, fui condenado a ficar preso nesse deserto, e sair apenas quando invocado por alguém que tenha um pacto comigo.

_ Hummmm, legal mano eu sou Gdur, tipo, só Gdur mesmo.

_ Muito prazer Gdur.

Az'Aziel colocou Gdur em seu ombro e foi voando até sair da ravina, quando chegaram no topo, eles viram 3 escorpiões na borda, o arcanjo então falou:

_ Escorpiões Reais, são nobres apenas no nome, aqui são pragas comem e matam tudo e se multiplicam aos montes...

Nesse momento, Az'Aziel olhou pra eles, instantaneamente eles foram petrificados e se despedaçaram. Eles então seguiram na direção que o localizador indicava:

_ Saber Gdur, eu vivo aqui a muito tempo, não sei se é o fato de eu não ser afetado pela temperatura ou falta de água, mas eu olho pra imensidão desértica e vejo beleza, tanto os dias de Sol imponente, quanto as noites gélidas sobre a Lua _ O braço de Az'Aziel começou a brilhar vermelho

_ Infelizmente agora estou sendo convocado, em breve estarei de volta, tenha cuidado pequeno guerreiro _

Az'Aziel sumiu como se sua existência nunca tivesse existido, ele era forte, forte o suficiente para que sua presença espantasse outros monstros... Porém agora, Gdur estava à mercê da sorte. Assim que deu seu primeiro passo, algo saiu da terra, era gigantesco com cerca de 10 metros de diâmetro, e de comprimento ainda indefinido visto que a maior parte do seu corpo estava enterrado, com certeza era um vorme:

_ Parece que finalmente te achei. E agora que aquele arcanjo não ta aqui, eu não preciso me preocupar em machucar o bichinho de estimação dele hehehhehe!

O vorme já tinha alcançado 40 metros de altura e agora descia com a sua enorme boca na direção de Gdur, este sacou suas adagas e correu para fora da direção de impacto, mas o vorme o acompanhava não seria possível fugir da sua bocarra, Gdur então parou, o vorme estava a poucos metros dele, Gdur então guardou suas adagas, e antes de pular em direção ao vorme disse:

_ Pode vir baby!