Himawari - a descoberta de um mundo

capitulo 1

Era mais um lindo dia em Konoha, a pequena Himawari tomava café da manhã de forma sonolenta com seus pais e irmão. No dia anterior havia sido seu aniversário, ela entendia que seu pai era o ''grande sétimo Hokage'' mas ficava triste ao lembrar que por conta disso ele nunca estava presente. O dia anterior tinha sido um desastre, Naruto apesar de se esforçar não era bom em exercer as três atividades juntas: pai, marido e Hokage. 

Durante a refeição ela não parava de pensar que estava atrapalhando os outros de fazer coisas importantes, seu pai precisava trabalhar diariamente e ela tinha orgulho disso. Seu irmão já era um gennin e quase não aparecia mais em casa e sua querida e amada mãe que não trabalhava a pelo menos dez anos. Este era um dos pensamento que mais a incomodava, sua mãe havia parado com seu trabalho ninja para cuidar dela e de Boruto.

Os pensamentos que surgiam eram sempre ''se não fosse por mim, mamãe teria voltado a trabalhar'', ela não gostava de pensar nisso mas era algo recorrente em seus pensamentos, sabia que sua mãe não se importava de ficar horas e horas com ela, mas mesmo assim se sentia incomodada. Claro, a pequena não demonstrava nada, era algo natural dela, toda vez que ficava triste um sorriso nascia em seu rosto, não gostava de magoar os outros mesmo que isso a machucasse muito fundo.

Em seu interior ela tinha uma grande vontade conhecer o resto do mundo e se tornar uma ninja tão forte quanto seus pais, mas para uma criança que não conseguia nem dominar seu próprio donjutsu isto estava longe de acontecer. Os treinos estavam indo bem, ela já havia decorado toda a teoria do taijutsu hyuga, e era de fato muito boa. Alguns diziam que se ela tivesse o byakugan sobre controle seria o maior prodigio que o clã já havia tido. 

Sobre os treinos: sua mãe desde que conseguia se lembrar treinava-a e após a descoberta que possuía o byakugan os treinos se intensificaram, pela manhã com a ajuda de Hinata e a tarde ia até o clã hyuga treinar mais. Ela nunca reclamava de seus treinos, ao contrario, amava eles. Era bom expor através de golpes a raiva que sentia e não demonstrava.

A Uzumaki ainda treinava sozinha em seu quarto, quando achava que todos estavam dormindo e não a veriam, sua mãe portadora do Byakugan via mas a deixava treinar, afinal conhecia a ânsia por querer ser mais forte a cada minuto. Após cada treino solitário a noite ela sentava no chão com as pernas cruzadas, em uma espécie de meditação. Ela havia visto fazerem na TV uma vez quando era mais nova e decidiu tentar. Isso já fazia uns 3 anos e ela mantinha o habito de fazer sempre que conseguia, respirava fundo e soltava o ar; concentrava-se posteriormente em seu chakra fluindo. 

O interior de himawari era escuro, molhado e sem vida. O unico brilho era o chakra que formava uma cachoeira azul, no ''chão'' o chakra perdia sua cor se tornando acinzentado, como um grande lado sem vida. Pelos estudos do clã hyuga ela sabia que era a sua fonte de chakra, com um toque certeiro no inimigo ela podia o fechar e ele cairia inconsciente. 

A mais ou menos um ano ela descobriu que podia fazer com que a fonte parasse de fluir, e que isso a deixaria inconsciente. Sabia que era errado fazer esses experimentos, mas sua curiosidade era maior que tudo. Sua maior descoberta foi quando ela tentou quebrar sua fonte ao meio e elas se dividiram em duas, quando abriu os olhos um clone estava sentado ao seu lado. O susto que ela tomou foi enorme, afinal ela pensava que clones só poderiam ser feitos com sinais de mão, ao fechar seus olhos novamente e se concentrar ela juntos as duas cachoeiras e espiando com o olho constatou que o clone havia sumido, com um suspiro de alivio ela comemorou. 

Esta foi uma das descobertas que não revelou a ninguém, particularmente ela era ótima em omitir informações. Desde o incidente com o byakugan quando tinha 3 anos fora treinada pelo clã hyuga a controlar seus sentimentos, o que não funcionou, muito pelo contrário. Seus sentimentos por dentro eram extremamente confusos mas por outro lado, aprendeu a controlar sua expressões de forma automática. Não importava qual sentimento a dominasse, se estivesse entre pessoas o sorriso reinaria em seu rosto. 

O café terminou, Boruto ainda estava bravo com Naruto e Himawari não sabia o que fazer, a vontade da pequena era chacoalhar o irmão até ele entender que seu pai tinha coisas mais importantes a fazer do que participar de uma janta boba de aniversário. Dava para perceber que Hinata, apesar de disfarçar melhor estava chateada com as atitudes do marido. 

Com um grande abraço, após a refeição, a pequena se despediu do irmão que saiu apressado para alguma coisa que ela não entendeu e quando seu pai ia saindo Himawari correu para alcança-lo, puxando-o pelo casaco. 

- pai...

Naruto se sobressaltou e com um olhar triste olha para ela, a qual  tinha um grande sorriso no rosto.

- Pai, eu só queria dizer que está tudo bem. Você é forte, e eu entendo que é importante para vila, tenho orgulho de você.- Himawari pula dando um abraço em Naruto, o mesmo surpreso e com um sorriso fraco nos lábios passa os braços pelas costas da menor a abraçando. Ele não sabia o que fazer, nem o que responder, seus olhos se encontravam marejados. O trabalho tinha atrapalhado mais um dia importante em sua vida, nesses momentos ele se questionava se ser Hokage era realmente seu sonho. A Uzumaki solta o mais velho e vai correndo ajudar sua mãe com a louça enquanto Naruto sai pela porta com um sorriso, de fato esse acontecimento o motivou durante o resto do dia.