He's Not My Type - Joshua (Seventeen)

Let me Teach you

- Até parece que você gosta dele. - Jessie ria perversa no ouvido da amiga, através do aparelho telefonico.

- Por favor, não me estresse com isso de novo. Já disse que não gosto de ninguém. - Yuna dizia a verdade.

A garota jamais havia experimentado a sensação de amor, em todos os seus vinte e um anos. Começara a se questionar a veracidade de tal sentimento, que acreditava ser superestimado por românticos incorrigíveis e compositores de músicas fajutas.

- Bom, pelo menos sei que Mingyu gosta de você e muito.

- Avisei desde o início que era só sexo, se ele queria algo a mais, que procurasse outra pessoa. - Yuna rola os olhos, apesar de saber que ambos não podem vê-la.

- Acho melhor mudar de assunto... Quando vem pra falculdade novamente?

- Semana que vem. - Yuna bufa e se deita em sua cama.

- Não entendo o porque de faltar tanto. - Jessie reclamava.

- Não gosto de tumulto e você sabe bem disso, Jess. Sem falar que o professor de filosofia política é um saco. - Praguejava o homem, que por ser lento, irritava Yuna.

- Tem algo bem interessante aqui. - Pelo tom de voz da amiga, Yuna já sabia do que se tratava. Um garoto. - Ele veio de Los Angeles.

- Só podia ser americano para ser tão burro ao ponto de entrar a faculdade bem no meio de um semestre. - Se divertia com o pensamento.

- Ele é muito inteligente, na verdade. É muito bonito e fofo. Tem cabelo rosa.

- Arr... Odeio homens fofos.

De fato odiava. Yuna detestava o jeito como os homens manipulavam as mulheres para conseguir o que queriam e acreditava que os fofos eram os piores, escondiam sua verdadeira personalidade só para atrair as mulheres.

- Mas ele é diferente, Yuna!

Apesar de Jessie garantir, Yuna estava determinada a detestar o garoto. Era mestre em julgar antes de conhecer.

Até que na semana seguinte, estava ao lado da amiga, conversando enquanto a aula não começava, e avistou um homem alto, de pele bronzeada e cabelos cor de rosa. Seu corpo era esculpido pelos deuses, fazia a boca da menina salivar, só de pensar em como seria sem nada.

- Yuna! - Jessie gritou e finalmente atraiu a atenção da amiga.- Gostou, foi? - Sorri divertida.

- Esse é o americano?

- Sim. - As duas encaram o garoto, que assim que percebe, desvia o olhar e foca em seu caderno, com um rubor aparente nas bochechas.

- Relatório.

- Sem amigos, sem namorada. Anda sempre sozinho, afasta as mulheres, os homens não se interessam. Pensam que é gay. - Jessie falava rápido.

- Só porque não quer mulheres próximas pensam que é gay? - Yuna questionava, completamente irritada.- Isso é ridículo. Odeio mal perdedores. Só porque o menino não se interessou, não quer dizer que seja gay. - Dizia e a amiga concordava prontamente. - Bom, diferente dos especuladores, vou atrás de respostas.

Passou as duas horas seguintes ansiando pelo fim e quando foram liberados da aula foi exatamente o que fez, correndo ao encontro do garoto, que em passos largos, tentava despistar a menina de cabelos vermelhos que o perseguia. Infelizmente se encontrou em um beco sem saída, atrás do prédio, ficando só os dois ali.

- O-o que você quer? - Perguntou desviando o olhar.

- Você é tão fofo que dá nos nervos, sabia? - Yuna questiona e vê seu rosto ruborizar.

- Isso é ruim? - Teve coragem para perguntar.

- Não, ao menos que não escreva poemas. - A menina ria divertida.

- Escrevo músicas... - Disse em um som quase inaudível.

- Wow... - Riu soprado e pegou um cigarro no bolso, acendeu e levou a boca.- Me diz seu nome. - Ele observava a fumaça saindo de sua boca no momento em que cada palavra era dita.

- Joshua. Digo... Jisoo. - Se corrigiu.

- Seu sotaque é bem bonitinho, Joshua. - Yuna enfatizou seu nome.- Gostei mais de Joshua. Combina com você.

- Desculpe ser rude, mas preciso ir. - Tentou passar, mas a menina bloqueou seu caminho.

- Ainda não, Joshua. - Ao perceber que o menino suspirou, Yuna apoia as costas na parede e traga mais um pouco. Oferece para o garoto, que recusa prontamente.- Fala o porquê e pode ir.

Acontece que Joshua intrigava Yuna. Jamais havia se interessado por um menino daquele tipo antes, mas ele era curioso. Ao contrário dos demais, passava verdade em sua inocência.

- Do que está falando? - Franziu o cenho, fazendo a menina rir.

- Por que foge das mulheres feito o diabo da cruz? - Solta a fumaça na cara do garoto, que tosse sufocado.

- Não me interesso por garotas.

- Ah... Então é mesmo gay.

- O-o que?! Não sou gay! Só gosto de focar nos estudos. - Desvia o olhar, para esconder o rosto que já tomava cor.

- Desilusão amorosa. - Yuna chega a conclusão e recebe a confirmação de seu silêncio.- A americana partiu seu coraçãozinho, não foi? - Força a voz e vê o garoto bufar. Percebendo a mudança de personalidade repentina, alfineta mais um pouco.- Vou pegar uma vassoura para juntar os pedacinhos pequetituchos do seu coraçãozinho.

Joshua, movido pela lembrança daquele fatídico dia, gruda seu corpo com o da garota, e se chocam contra a parede apertada. Ele bufava, mas o sorriso sádico não saía dos lábios rosados de Yuna.

- D-desculpe. - Pede, mas Yuna é mais rápida, trocando as posições.

- Eu gostei. - Ria divertida.- Mostrou que tem talento. Agora me diz, até onde foram? Aposto que não muito longe, já que quando começa a transar, parar é difícil. - Se lembrava de sua própria experiência.

- Eu nunca... - Suspirou.- Eu não fiz nada. - Diz por fim, desviando o olhar.

E quanto mais descobria, mais interessada Yuna se via. Sua inocência era de fato muito excitante. Só de pensar em tudo o que poderia lhe proporcionar, fazia sua boca salivar.

- Não seja por isso. - Sorri e após virar o rosto de Joshua para si, toma seus lábios.

Ele reluta, mas logo se entrega, sentindo a língua afoita invadir sua boca. Com o tempo vai pegando jeito e gosto pelo ato e quando percebe, já segura a nuca de Yuna. O gosto de tabaco nunca o interessou tanto como agora.

- Você até que tem pegada. - Ri de Joshua, completamente envergonhado.- Gostaria de te ensinar mais e experimentar dessa pegada na cama. - Sorria maliciosamente e Joshua a encarou abismado.

- Você é muito doida. - Encarava a garota de cabelos vermelho sangue e vestido preto. Ela, por sua vez, enrava sua boca seu parar.- E-eu tenho que ir. - Joshua tentou sair, mas ela o segurou e colou seu corpo ainda mais contra o dele.

- Me deixe, Shua. - Sussurrava perto de seu ouvido.- Me deixe te ensinar mais. - Sugava o lóbulo da sua orelha, fazendo o garoto arfar em expectativa.