Capítulo 18

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A PORTA, QUE POSSIVELMENTE SERIA A COZINHA, abriu novamente num susto que me fez ficar com uma cara de fomos flagrados por um senhor com uma carranca séria e, pelo jeito não gostou muito do que estava presenciando

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A PORTA, QUE POSSIVELMENTE SERIA A COZINHA, abriu novamente num susto que me fez ficar com uma cara de fomos flagrados por um senhor com uma carranca séria e, pelo jeito não gostou muito do que estava presenciando.

— MAIS O QUE ESTA ACONTECENDO AQUI ?

— Pai, não é nada que você está pensando.

— Ele não é nada pra mim.

O que o Kovu tinha dito? Como assim. Eu não sou nada para ele. Depois de tudo que passamos juntos, da confiança que estava dando para ele. Ele me faz sentir como nada.

— Então, por que vocês dois estavam quase se beijando

— Pai, você entendeu errado. Eu.. eu.. apenas, estava querendo beijar e dizer que amo, seu talvez futuro genro.

— Que bom.

O quê? Me perdi aqui, vamos recapitular. Kovu puxara aqueles olhos azuis do pai, e seu senso de humor.. e a habilidade de interligar as lógicas mais tortuosas do mundo, motivo pelo qual, provavelmente, Richard Hamilton havia se tornado um advogado tão bem-sucedido. Em poucas horas, ele quase me convenceu que era um pai preconceituoso e não iria me aceitar. Mas, quando tudo foi conversado, que era uma brincadeira que eles faziam com quase todos ou todas pretendentes que o Kovu trazia para eles conhece, rolava para saber qual seria a situação da pessoa com relação ao preconceito. Felizmente, eu sair daquela situação numa boa. E, além de me convencer a experimentar carne seca de veado pela primeira vez.

Quase.

Se não fosse por Kovu, continuamente, sussurrar "Bambi" no meu ouvido a cada poucos minutos, eu teria sucumbido. Mas eu não poderia comer Bambi, não importava quão suculento o Richard o fizesse parecer.

Ficamos na grande cozinha, á beira da mesa arranhada de carvalho que comportava quarto ou cinco pessoas, tomando o café que a mãe de Kovu havia feito. Minhas costelas estava doloridas de tanto rir com Kovu e seu pai. Os dois eram idênticos. Cabelo ondulado e desarrumado, olhos azuis brilhantes cheios de travessura e o raro talento para distorcer cada palavra.

— Olhe, pai, sério mesmo, você está passando vergonha.

O pai dele olhou para mim, levantando as sobrancelhas assim como Kovu fazia.

— Eu pareço envergonhado, Daníel?

Apertando os meus lábios, fiz que não com a cabeça.

Kovu olhou para mim de um jeito que dizia que eu não estava ajudando muito.

— Você está aqui tentando convencer Daníel, minha mãe e o menino Jesus que o Pé Grande existe porque os chimpanzés existem?

— Sim! — gritou o Hamilton mais velho. — Chama-se evolução, filho. Eles não ensinam mais nada na faculdade?

Kovu revirou os olhos.

— Não, pai, eles não ensinam sobre o Pé Grande na faculdade.

— Na verdade — eu disse, pigarreando —, tem toda uma teoria sobre o elo perdido, quando se trata de primatas.

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