"Tú siempre estás presente, aunque no quiera.
Tú mi delirio y mi condena."
Poncho: A mamãe pediu para ficar na nossa casa de campo, falou que não queria passar seus últimos dias em um lugar todo sem vida como um hospital, queria ficar perto da natureza, em paz- comentou dando um leve sorriso.
Annie: Sua mãe é demais, eu lembro que quando eu ia na sua casa, ela me enchia de bolo de chocolate, eu amei muito nossa infância- riu.
Poncho: Espera ai, não era pra mocinha estar em Nova Iorque?- perguntou sério e Annie mordeu o lábio, encarando-o.
Annie: Era coisa rápida de qualquer forma, mas eu voltei porque falei com o Ucker ontem e ele falou que você não estava bem, eu não ia ficar lá preocupada, peguei o avião ontem á noite, cheguei e fui à casa dos meus pais buscar a Polly- a cachorrinha pequinês de Annie- quando cheguei ao condomínio hoje pela manhã já não vi seu carro, ai eu vim te procurar- se explicou brincando os dedos.
Poncho: Ucker fofoqueiro, eu falei que estava bem. Você não precisava vir.
Annie: Tudo bem, não me quer eu vou embora- fez biquinho e o olhou como um gatinho que cai da mudança.
Tudo naquela mulher o encantava tão profundamente. Aos longo dos últimos anos, a tarefa de esconder seus sentimentos por ela, estava cada vez mais difícil. Toda vez que iam em alguma festa, seu coração parava só de ve alguém chegar perto dela. Mas na verdade, morria de medo de perder a amizade tão importante em sua vida, por isso, optava pelo silêncio.
Poncho: Você não presta, Anahi- falou e Annie riu.
Annie: Você sabe que eu faço tudo de um jeito torto, mas eu não ia te deixar sozinho nessa hora. A minha maior qualidade é ser amiga, parece que você esquece isso tão fácil.
Poncho: Vai comigo pra casa de campo? Dona Ruth vai ficar feliz em te ver, ela te ama, quando mostro suas fotos ela se encanta, sempre fala que você consegue ficar cada vez mais linda.
Annie: Só preciso fazer uma malinha- falou levantando.
Poncho: É um final de semana Annie, não vai levar a casa inteira.
Annie: Só o necessário amor, me pega lá em casa?- ele afirmou- vou indo então, preciso montar uns projetos de marketing novo com as meninas.
Poncho: Tudo bem, te vejo mais tarde?- Annie assentiu e deu um beijo na bochecha dele.
Annie: Até mais gatinho- falou saindo do escritório.
-X-
Annie chegou em seu escritório, totalmente perdida em seus pensamentos. Estava triste com a possibilidade da mãe de seu amigo falecer, não conseguia acreditar que depois de tanto tempo de tratamento, Ruth perderia a guerra para aquela tão fatídica doença. O pior de tudo era reprimir o sentimento que cada dia mais dominava seu coração. Não estava dando.Maite: Anahi- falava irritada pois a amiga não prestava atenção nela- você tá com a cabeça na lua?
Annie: Desculpa amiga, hoje eu to longe mesmo- falou prestando atenção nas duas mulheres paradas em sua frente, uma morena e outra ruiva.
Dulce: Você foi ver o Alfonso hoje?
Annie: Claro, a mãe dele piorou- suspirou- fiquei de ir na casa de campo da família dele hoje. Eu não consigo pensar nesses projetos, desculpem.
Maite: Vai pra casa Annie, descansa. Eu e Dul nos viramos.
Annie agradeceu as amigas por serem tão compreensivas com a situação toda. Elas eram seu porto mais seguro, mais que sócias na empresa. Ela seguiu o conselho de Maite, foi para casa arrumar seus pertences.
O dia passou rápido tanto para Annie quanto para Poncho, que depois da visita de sua amiga até sorriu pelos corredores da empresa.
Poncho já tinha arrumado a mochila para ir a casa de campo de sua família, olhou um dos porta-retratos que mantinha em seu quarto e sorriu com a lembrança que veio em sua mente.
Poncho: Por que você me vê apenas como amigo?- questionou o porta-retrato inutilmente- Eu te amo tanto, esse sentimento já está doendo no meu peito.
Com seus pensamentos em uma certa loirinha, Poncho pegou sua mochila e saiu de casa. Annie também morava no mesmo condomínio que ele, então chegou rapidamente na casa dela. Rita, a empregada de Annie, abriu a porta e o recebeu, logo ela apareceu no topo da escada, brigando com a sua enorme mala rosa.
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Ya Me Enteré
FanfictionÉ perfeitamente possível sexos opostos cultivarem uma relação de parceria, afinidades e confidências. Dependendo do grau de intimidade adquirida, os dois correm um risco muito grande e que pode mudar suas vidas para sempre. Aquela voz tão conhecida...