Capítulo Cinco

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A noite de Boas Vindas até podia ser divertida, mas para alguns, não passava de uma desculpa para a escola conseguir dinheiro. Além de tudo, a diversão era limitada, pois estavam sendo supervisionados a cada passo que transferiam no grande jardim.
Sem álcool, drogas, beijo na boca, e até mesmo sem música boa. Era puro oportunismo para ganhar dinheiro.

Elle já estava cansada de sorrir, forçando simpatia para todos que passavam. Mas no fundo, ela sabia que ninguém ali estava feliz de verdade.
Bebendo o último gole do refrigerante quase sem gás, Elle observa as pessoas, entediada. Decide ir para o quarto, já que no dia seguinte, teria aula.

 Decide ir para o quarto, já que no dia seguinte, teria aula

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Elle caminhava tranquilamente pelo corredor silencioso. Todos os alunos estavam na festa, fazendo com que não houvessem gritos, conversas, risadas ou pessoas andando dispersas pela escola.
A noite estava fria. Do lado de fora havia neblina, e era possível observar pelas janelas. Elle se arrepiava com o vento que vinha de fora.

Ao chegar no quarto, a menina abre a porta lentamente, acendendo a luz, que era a única em meio a escuridão.

Entrou no banheiro "vip", privilégio que ninguém tinha acesso. Seu pai pagou para construírem um banheiro privativo para a menina, com a desculpa de que ela não costumava dividir seu espaço com ninguém. Elle amava ter esse banheiro só para si, já que nele ela podia ter água quente a hora que quisesse. Odiava a regra da escola, que controlava o horário de banho. Das quatro as cinco da tarde, a água era quente, partindo do princípio que era o horário certo para a higiene. Caso a pessoa não cumprisse a regra, teria de tomar um banho gelado.

Mirelle entrou em baixo do chuveiro, estava pensativa sobre a carta que recebera mais cedo. Não que ela se importasse, realmente Elle achava aquilo uma grande besteira, uma coisa antiquada que só uma idiota como a menina nova poderia pensar.

Depois de um tempo sentindo a água quente em seu corpo, ela fecha a torneira, sentindo frio. Se enrola na toalha branca e macia, em seguida saindo do banheiro.

Coloca um pijama de cetim rosa bebê, e se deita em sua cama macia, cheia de cobertas. Já deitada, ela escuta o notebook apitar várias vezes.

— Quem seria essa hora? — pensou Elle, intrigada.

Sem paciência, se levanta e caminha até a mesa de madeira, onde estava seu notebook. Ela abre o computador, sentindo seus olhos arderem com a forte claridade. Elle avista várias notificações em seu e-mail, estava curiosa.

Elle, não achei que fosse me ignorar :(
Realmente, você é pior do que eu imaginava...
Mas... Quero que as coisas sejam do meu jeito, então, posso te dar outra chance.
O primeiro passo para podermos nos entender, pode ser muito legal para você.
Terá que dar uma olhadinha no porta jóias da Marina, e quero que pegue algo que a pertence.
Não me decepcione, ou não terá outra chance.
- Mensageiro.

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