11. Acho que (quase) matei minha mãe de susto.

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Uns dois dias depois, Yaoyorozu me chamou para conversar depois da escola. Eu não fiquei muito empolgado pra isso, pois apesar de considerá-la uma boa pessoa, ela ainda era a garota que se declarou pra Todoroki e foi rejeitada. Eu não sabia o que passava na cabeça dela, mal a conhecia direito. Então eu fui bastante desconfiado encontrá-la.

Eu me despedi dos meus amigos e de Todoroki, alegando que precisava fazer uma coisa. Não disse pra ninguém que envolvia Momo pois não sabia se ela pretendia manter essa tal conversa em segredo.

Encontrei ela sozinha perto da fonte da escola, sentada em um dos bancos. Ela parecia cansada e triste, sem aquela sua energia alegre de sempre. Me senti levemente incomodado, mas me aproximei de qualquer forma.

– Oi. – chamei sua atenção, me sentando ao seu lado. – O que foi?

Ela me olhou e sorriu. Não pareceu um sorriso muito verdadeiro, mas eu não posso culpá-la. É normal que ela não goste de mim agora.

– Midoriya, imagino que você já tenha uma idéia do porquê eu te chamei aqui. – ela falou, sem me olhar nos olhos.

– É, mais ou menos…

Ela suspirou, fechando os olhos por um momento.

– Soube que você e Todoroki saíram juntos. E vi vocês juntos essa semana – ela disse. Esperei que ela falasse mais algo, mas ela apenas fitava o chão.

– Pois é… – eu realmente não sabia como agir ou o que dizer. Momo era como uma bomba, parecia que a qualquer movimento brusco ela explodiria e voaria no meu pescoço. Ou começaria a chorar, não sei. – Você me chamou pra falar sobre isso…?

– Nem eu sei, na verdade, Midoriya – disse. – Acabei te pedindo pra vir aqui num impulso, mas eu mesma não sei o que dizer. Nem sei interpretar o que estou sentindo.

– Você gosta dele…

– Há bastante tempo. – ela deu um sorriso bem pequeno. – Não quero que pense que eu quero atrapalhar vocês, ou que te chamei pra "te obrigar a se afastar dele", como a gente vê nesses romances. – ela me olhou, e eu pude notar suas olheiras e seu semblante triste. – Não sou assim.

– Não, tudo bem, eu nem pensei nisso – digo, negando com a cabeça. Era mentira, na verdade. Eu jurava que ela me xingar todinho.

– Olha, eu só quero que você me prometa que vai fazer ele feliz – ela continuou. – Posso parecer uma mãe dizendo isso, mas apenas quero proteger o Shouto.

– Eu prometo que vou fazer o possível, Yaoyorozu-san. – eu sorri, para tranquiliza-la. – Você se importa bastante com ele, né?

– Você nem imagina – ela diz. – Shouto e eu sempre fomos muito próximos. E eu quero vê-lo bem, pois sei o quanto ele já sofreu na vida.

– Eu entendo. Mas não precisa se preocupar, confie em mim.

– Ok, Midoriya. Eu vou. – ela sorri e se levanta, se despedindo brevemente e em seguida se afastando de mim.

E eu me sinto um idiota por ter me preocupado tanto.

•°o°•

No dia seguinte Todoroki inventou de ir na minha casa. Ele veio com essa ideia do nada no horário de intervalo, e combinou de ir pra lá de tarde.

Eu sei que fui eu quem sugeriu que a gente mudasse o local das aulas de física para minha casa ao invés da biblioteca da escola. Só que, assim como a primeira vez que ele veio aqui, eu estava nervoso pra caralho.

Assim que cheguei em casa arrumei tudinho, e enquanto não dava o horário, fiquei sentado no sofá mexendo no celular. Estava descendo a timeline do twitter para me distrair quando recebi uma mensagem.

Maldito Meio a Meio • TodoDekuOnde histórias criam vida. Descubra agora