Atenção: Todo o capítulo foi reformulado.
Ainda no Resort...
Já estava escuro quando o carro de João parou no estacionamento.
— Hélio?
João estranhou ao ver o seu colega de trabalho colocando suas bagagens no porta-malas do carro.
— O que houve, Hélio? - Perguntou — Já está indo embora?
— Pois é, João! Aconteceu um probleminha lá em Salvador com minha mãe, então tenho que ir lá urgentemente, infelizmente - Mentiu.
— Putz! - João lamentou — Mas é algo grave? Qualquer coisa pode contar comigo.
— Eu sei disso, João! - Disse pegando em seu ombro — Mas mãe é mãe, sabe como é.
Quando terminou de falar, Hélio viu Marcelo longe e percebeu que ele estava se aproximando, mas ficou decepcionado quando ele desviou o caminho.
— Ah, com certeza. Te entendo perfeitamente, bonitão - Disse sincero. — Mas qualquer coisa, já sabe né? Boa viagem! - Disse abraçando o amigo.
— Sei sim, João! - De repente Hélio começou a prestar mais atenção em João, como se tivesse vendo pela última vez, gravando todos os traços do rosto do seu colega de trabalho.
— E Léo? Vê se não fica fugindo por aí não, que a gente não tem saúde mais para isso - Brincou fazendo Léo ruborizar — Você fez um ótimo trabalho de pai, João! Parabéns.
Marcos se aproximou
— Teve uma hora que você me ultrapassou e não vi mais você. Chegou faz tempo?
— Não muito - Marcos respondeu — Na verdade eu coloquei o pé no acelerador porque eu não estou muito bem da barriga - Disse levantando um pouco a sua camisa e alisando seu abdômen sarado, fazendo Léo ficar ouriçado — Minha flora intestinal não anda bem.
— Porra, cara! Se eu tivesse mais de um... - Disse o nome do remédio — Eu te dava, mas como de vez em quando tenho esses problemas, prefiro não arriscar - Disse a verdade.
— Eu sei, cagão! - Marcos zombou fazendo todos rirem — Eu vou dá uma passadinha na Farmácia, então! — João, se importa me emprestar o seu carro? O meu tá lá do outro lado do Resort, é rapidinho. - Pediu.
— Claro, pega aí - Disse jogando a chave do carro
— Valeu, Jão! - Agradeceu.
Fomos jantar e sentamos em uma das mesas do enorme salão do Resort.
— Merda! - João vociferou. — Acho que esqueci o meu celular no carro.
— Quando o Marcos chegar, você pergunta a ele se está lá - Disse de boca cheia.
— Já é o terceiro pedaço de bolo de milho, deixa para os hóspedes - Luciano zombou.
— Não é, menino! Parece que estava amarrado - Cristiana reclamou.
— Me deixem comer! - Léo se defendeu.
Após um pouco mais de uma hora, Marcos chega e senta em uma das cadeiras.
— E aí Marcos, comprou o remédio pra caganeira? - João perguntou.
— Comprei e até já tomei - Gargalhou.
— Marcos, você viu algum celular lá no carro? - Perguntou — Jurei que estava no meu bolso, acho que esqueci dentro do carro.
— Rapaz, eu não prestei atenção, vou lá procurar e te trago de volta - Marcos se prontificou.
— Porra, Marcos! Eu te amo - Brincou.
— Faz isso não, se não eu acredito - Entrou na brincadeira.
Nesse momento, Marcelo que estava próximo a mesa ficou incomodado.
(...)
Após alguns minutos, Marcos volta e parecia que não tinha achado o celular.
— Cara, procurei pelo carro todo, mas nem sinal dele. Tem certeza que você não deixou lá no Hospital, Jão? Eu lembro que você estava com ele nas suas mãos - Lembrou.
— É, acho que confirmou o que eu pensava, deixei o celular naquela merda - Bufou.
— É melhor a gente ir lá no hospital para ver se a gente encontra - Marcos sugeriu.
— Mas não é meio tarde para isso? - Perguntei preocupado.
— Também acho, é melhor ir amanhã cedo - Meu pai falou olhando para Marcos. — Até porque o hospital fica a quilômetros daqui - Reiterou.
— Eu particularmente acho a gente ir logo agora, porque já se livra - Opinou — Vamos, João! Eu vou com você, pelo menos te faço companhia até lá - Sorriu.
— Eu vou com vocês também - Falei.
— É melhor não, Léo! - Meu pai barrou — É melhor ficar aqui com a sua mãe e seu irmão.
Bufei.
— Ah, Léo! Vai lá no meu quarto. Os meninos estão lá, eles estavam até perguntando por você, até esqueci de te dizer - Disse colocando uma das mãos na própria cabeça — Que burrice a minha, devem tá te esperando há tempos!
— Pai... - Chamei.
— Oi, filho! - Meu pai se virou para mim sorrindo.
— Já tá escuro, não é melhor mesmo ir amanhã? - Sugeri sentindo um aperto no coração.
— Não fique preocupado, filho. Vai ser rápido - Prometeu — E lembre-se - Disse pegando nas minhas mãos — Sempre estarei com você, não importa como, mas sempre estarei.
Não sei porque, mas meus olhos começaram a encher de lágrimas.
— Ai, pai! Que conversa "troncha" é essa? - Estranhei sorrindo.
— Eu te amo, filho! - Falou me abraçando, quase quebrando minhas costelas.
— Eu... Eu tam... Eu também, pai! Ai - Respondi quase sem ar.
(...)
— Foi aqui que me chamaram? - Entrei no quarto sem bater na porta.
— Falando no diabo - Thiago virou os olhos — Não, Léo! Ninguém te chamou e você precisa aprender a bater antes de entrar no quarto dos outros - Reclamou.
— Credo! Que mau humor - Falei constrangido.
— É que tem pessoas que é impossível a gente manter um bom humor
Thiago falou de forma debochada vestindo uma camiseta, passando por mim como um furacão e saindo do quarto.
— Acho que teu irmão não vai mesmo com a minha cara - Falei sem jeito.
— Não liga, Léo... Leonardo - Corrigiu — Ele é mau humorado assim mesmo.
— Acho que não, hein? Desde que conheci vocês, ele nunca me tratou bem - Lembrei.
— Isso é coisa da sua cabeça! - Falou pegando sua camisa na cama.
Me peguei observando melhor o corpo do meu amigo. Apesar da Idade, Gustavo já estava com o corpo bem desenvolvido para a idade. Seus "gominhos" me chamavam atenção por ser bem evidentes, fazendo o mesmo parecer mais velho e seus mamilos do peitoral bem pontudos.