Capítulo 04 - A Tragédia

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Atenção: Todo o capítulo foi reformulado. 

Ainda no Resort...

Já estava escuro quando o carro de João parou no estacionamento.

— Hélio? 

João estranhou ao ver o seu colega de trabalho colocando suas bagagens no porta-malas do carro.

— O que houve, Hélio? - Perguntou — Já está indo embora?

—  Pois é, João! Aconteceu um probleminha lá em Salvador com minha mãe, então tenho que ir lá urgentemente, infelizmente - Mentiu. 

— Putz! - João lamentou — Mas é algo grave? Qualquer coisa pode contar comigo.

— Eu sei disso, João! - Disse pegando em seu ombro — Mas mãe é mãe, sabe como é.

Quando terminou de falar, Hélio viu Marcelo longe e percebeu que ele estava se aproximando, mas ficou decepcionado quando ele desviou o caminho.

— Ah, com certeza. Te entendo perfeitamente, bonitão - Disse sincero. — Mas qualquer coisa, já sabe né? Boa viagem! - Disse abraçando o amigo.

— Sei sim, João! - De repente Hélio começou a prestar mais atenção em João, como se tivesse vendo pela última vez, gravando todos os traços do rosto do seu colega de trabalho.

— E Léo? Vê se não fica fugindo por aí não, que a gente não tem saúde mais para isso - Brincou fazendo Léo ruborizar — Você fez um ótimo trabalho de pai, João! Parabéns.

Marcos se aproximou 

— Teve uma hora que você me ultrapassou e não vi mais você. Chegou faz tempo?

— Não muito - Marcos respondeu — Na verdade eu coloquei o pé no acelerador porque eu não estou muito bem da barriga - Disse levantando um pouco a sua camisa e alisando seu abdômen sarado, fazendo Léo ficar ouriçado — Minha flora intestinal não anda bem.

— Porra, cara! Se eu tivesse mais de um... - Disse o nome do remédio — Eu te dava, mas como de vez em quando tenho esses problemas, prefiro não arriscar - Disse a verdade.

— Eu sei, cagão! - Marcos zombou fazendo todos rirem — Eu vou dá uma passadinha na Farmácia, então! — João, se importa me emprestar o seu carro? O meu tá lá do outro lado do Resort, é rapidinho. - Pediu.

— Claro, pega aí - Disse jogando a chave do carro 

— Valeu, Jão! - Agradeceu.

Fomos jantar e sentamos em uma das mesas do enorme salão do Resort.

— Merda! - João vociferou. — Acho que esqueci o meu celular no carro.

— Quando o Marcos chegar, você pergunta a ele se está lá - Disse de boca cheia.

— Já é o terceiro pedaço de bolo de milho, deixa para os hóspedes - Luciano zombou.

— Não é, menino! Parece que estava amarrado - Cristiana reclamou.

— Me deixem comer! - Léo se defendeu.

Após um pouco mais de uma hora, Marcos chega e senta em uma das cadeiras.

—  E aí Marcos, comprou o remédio pra caganeira? - João perguntou.

—  Comprei e até já tomei - Gargalhou.

— Marcos, você viu algum celular lá no carro? - Perguntou — Jurei que estava no meu bolso, acho que esqueci dentro do carro.

— Rapaz, eu não prestei atenção, vou lá procurar e te trago de volta - Marcos se prontificou. 

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— Porra, Marcos! Eu te amo - Brincou.

— Faz isso não, se não eu acredito - Entrou na brincadeira.

Nesse momento, Marcelo que estava próximo a mesa ficou incomodado.

(...)

Após alguns minutos, Marcos volta e parecia que não tinha achado o celular.

— Cara, procurei pelo carro todo, mas nem sinal dele. Tem certeza que você não deixou lá no Hospital, Jão? Eu lembro que você estava com ele nas suas mãos - Lembrou.

— É, acho que confirmou o que eu pensava, deixei o celular naquela merda - Bufou.

— É melhor a gente ir lá no hospital para ver se a gente encontra - Marcos sugeriu.

—  Mas não é meio tarde para isso? - Perguntei preocupado.

—  Também acho, é melhor ir amanhã cedo - Meu pai falou olhando para Marcos. — Até porque o hospital fica a quilômetros daqui - Reiterou.

— Eu particularmente acho a gente ir logo agora, porque já se livra - Opinou  — Vamos,  João! Eu vou com você, pelo menos te faço companhia até lá - Sorriu.

— Eu vou com vocês também - Falei.

— É melhor não, Léo! - Meu pai barrou — É melhor ficar aqui com a sua mãe e seu irmão. 

Bufei.

— Ah, Léo! Vai lá no meu quarto. Os meninos estão lá, eles estavam até perguntando por você, até esqueci de te dizer - Disse colocando uma das mãos na própria cabeça — Que burrice a minha, devem tá te esperando há tempos!

— Pai... - Chamei.

— Oi, filho! - Meu pai se virou para mim sorrindo.

— Já tá escuro, não é melhor mesmo ir amanhã? - Sugeri sentindo um aperto no coração.

— Não fique preocupado, filho. Vai ser rápido - Prometeu — E lembre-se - Disse pegando nas minhas mãos — Sempre estarei com você, não importa como, mas sempre estarei.

Não sei porque, mas meus olhos começaram a encher de lágrimas.

— Ai, pai! Que conversa "troncha" é essa? - Estranhei sorrindo.

— Eu te amo, filho! - Falou me abraçando, quase quebrando minhas costelas.

— Eu... Eu tam... Eu também, pai! Ai - Respondi quase sem ar.

(...)

—  Foi aqui que me chamaram? - Entrei no quarto sem bater na porta.

—  Falando no diabo - Thiago virou os olhos —  Não, Léo! Ninguém te chamou e você precisa aprender a bater antes de entrar no quarto dos outros - Reclamou.

— Credo! Que mau humor - Falei constrangido.

—  É que tem pessoas que é impossível a gente manter um bom humor 

Thiago falou de forma debochada vestindo uma camiseta, passando por mim como um furacão e saindo do quarto. 

—  Acho que teu irmão não vai mesmo com a minha cara - Falei sem jeito.

—  Não liga, Léo... Leonardo - Corrigiu — Ele é mau humorado assim mesmo.

—  Acho que não, hein? Desde que conheci vocês, ele nunca me tratou bem - Lembrei.

—  Isso é coisa da sua cabeça! - Falou pegando sua camisa na cama.

Me peguei observando melhor o corpo do meu amigo. Apesar da Idade, Gustavo já estava com o corpo bem desenvolvido para a idade. Seus "gominhos" me chamavam atenção por ser bem evidentes, fazendo o mesmo parecer mais velho e seus mamilos do peitoral bem pontudos. 

Sangue Ruim (O PACTO)Where stories live. Discover now