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Em um hotel Debora se mexia na cama, estava dolorida sua cabeça doa muito, tentou se levantar e sentiu o quarto girar, soltou tudo que tinha no estômago.

— Sabia que minha ideia iria ser pesada, mas não imaginaria que eu ficaria tão dolorida. – Débora se levantou e foi para perto do telefone, chamou o serviço de quarto para fazer a limpeza, depois foi para o banho, ficou lá por um bom tempo.

Saiu do banho, se vestiu pegou sua bolsa e dentro dela celular, ligou para Gabriel, chamou várias vezes sem respostas, depois foi tomar um brunch no restaurante do hotel, de lá tentou novamente.

— Alô Gabriel, sou eu, Débora, precisamos conversar.

— Olá, Débora, sou Melissa, esposa de Gabriel, ele não está disponível no momento, se for importante pode ir ao escritório do nosso advogado para tratar de assuntos importantes, caso contrário deverá esperar a recuperação dele.

— Olá Senhora, eu posso esperar que o nosso negócio seja bem restrito, desejo boas recuperações ao Dr. Medina. Muito obrigada.

A ligação foi desligada, Melissa olhava para ele que dormia por conta dos sedativos, logo Carter foi ver seu paciente, deixou Melissa tranquila, tudo ficou bem. O ritmo cardíaco de Medina estava bem. Inês também passou a ver Gabriel.

Depois voltou para sua sala, tinha que rever uns prontuários e deixar tudo pronto para a primeira reunião do conselho no final da tarde.

***

Victoriano estava em seu escritório da fazenda, tinha uma conferência por vídeo com a gerência da empresa e sua filha. Alejandro que ainda estava na fazendo foi convidado para participar da reunião com o pai e Diana.

— Sim sabemos que a implantação da linha de benefícios é arriscada mais é algo que temos que fazer, famílias com crianças e pessoas idosas precisam desses benefícios são produtos para celíacos, diabéticos e os que tem intolerância a derivados do leite. – Alejandro a olhava falar e seu coração se inflou de carinho.

Victoriano que percebeu os olhares do filho sorria contente, Diana mesmo concentrada na reunião não deixava de olhar para Alejandro. Quando a CEO do Grupo encerrou sua apresentação, o dono da empresa falou.

— Temos médicos e pesquisadores nesse projeto, Diane fez a pesquisa inicial, agora os demais farão os testes. Bom, vou para o México em duas semanas e faremos novas reuniões, ficarei pouco tempo, mas quero ver os relatórios da fábrica e também os balanços e projeções.

— Senhores esse projeto é importante não só para o Grupo Santos, mas para a população menos favorecida do nosso país, vai dar certo e conto com vocês.

— Senhores quero aproveitar essa reunião que estão todos presentes e quero apresentar meu filho. – falou todo orgulhoso. – Bom soube dele a pouco tempo, mas é meu filho meu primeiro filho. – ele chama Alejandro para seu lado e o apresenta formalmente. – Alejandro Santos Huerta.

— Olá a todos. – disse um pouco constrangido.

— Huerta, ele é parente do senhor Manuel Huerta?

— Sim é bisneto, é filho de Inês Huerta. Meu filho com Inês.

— Sim Rosário, viva e bem, ela é dona de uma clínica médica, onde é a médica responsável.

— Mande lembranças minha a ela, e seja bem— vindo Alejandro, pelo visto Diana e você serão os herdeiros desse império que Santos construiu.

— Não, eu não sou boa como Diana, sou médico igual a minha mãe.

          

— Pronto Santos sua equipe está completa, tem um filho médico, uma CEO, uma arquiteta e a jovem Constanza já sabe o que quer além dos cavalos?

— Pedro, obrigado meus filhos são meu maior império e tesouro. Bom, tenho que ir, nos vemos em duas semanas.

— Traga Inês para cá! – disse Rosário ao se despedir.

Depois que a chamada de vídeo foi encerrada, Alejandro estava ao lado do pai, sorriu para ele e depois olhou para Diana.

— Parabéns, seu projeto é muito bom e sua apresentação foi impecável.

— Obrigada, eu sempre fico nervosa ao falar para o conselho.

— Bobagem filha, sempre é impactante e deixa todos impressionados. Vamos tomar um lanche, onde está Koko.

— A menina está na baia senhor, os cavalos chegaram e ela foi ver os bichos. – falou a jovem que estava perto deles.

— Maria peça para servir um lanche para nós na varanda, vou ver os animais que chegaram.

Diana ficou olhando o pai e depois olhou para Alejandro. Victoriano saiu sem chamar eles, ficaram na sala antes de irem lanchar.

— Nossa o papão está feliz com você Alejandro, fazia tempo que não o via empolgado assim. Bom queria te fazer um convite, claro se puder.

— Sim, papai é intenso em tudo, qual é o convite?

— Vamos para a casa com a gente? Bom quero dizer vamos para o México juntos?

— Preciso me organizar, se eu gostaria muito de ir sim, ainda mais para conhecer onde meu pai e minha mãe nasceram para ver a outra parte da família Huerta.

— Quando eu era pequena seu bisavô sempre estava com o papai, e sinto muito ele ter partido.

— Sim eu me lembro que minha mãe chorou por dias, por não contar a ele que ela estava bem e por eu não ter o privilégio de conhecer ele. – eles foram interrompidos por Maria avisando que o lanche estava pronto.

— Ainda bem que chegaram estava com fome sabia. – falou Constanza sentada ao lado do pai. – Viu Ale, queria te fazer um convite!

— O que deseja princesa?

— Queria saber se pode ir para o México com a gente?

— Hum acho que não posso aceitar seu convite princesa, já tenho um outro convite na frente.

— Cancele, falte, mas venha com a gente, por favorzinho.

— Na verdade o convite anterior foi o mesmo que o seu, Diana me convidou primeiro, e como falei se conseguir me organizar eu irei sim. – ele olha para o pai. – Não tem problema não é pai?

— O convite que eu iria fazer para você e sua mãe era o mesmo delas, mas como sempre elas me ganham.

Eles conversam tomando o lanche depois todos foram para o hospital, Inês ligou para o filho e avisou que a irmã receberia alta, mas que os demais não sabiam e era para eles virem todos.

***

Inês foi chamada quando Victoriano chegou, pois iria falar com ele antes de dar a lata para Cassandra, ela reagiu bem ao início do tratamento e claro a medicação. Ela estava sentada em sua sala quando bateram.

— Entre! – ela não se deu ao trabalho de olhar quem abriu a porta, pela batida sabia quem era. – Olá Sr. Santos, como passou seu dia?

— É uma coisa que nunca entendi, mesmo agora, depois de anos, como sempre sabe que sou eu entrando e batendo na porta.

— Isso chamamos de observações, sabe que sempre fui meio coruja, não falo muito e sempre estou atenta a tudo, bom somente uma vez não prestei atenção...— ela faz uma pausa, ele percebe o que era e fala rápido.

— Que bom, pois quando estivermos juntos eu serei a coruja, quero gravar seu cheiro, seu gosto, sua pele e suas curvas nas minhas mãos, boca, mente e coração.

— Victoriano não provoca. Eu estou há 20 horas aqui, dormi muito pouco, preciso estar bem para mais 16 horas e depois sair com você, e por falar nisso sabe onde vamos à noite?

— Ainda estou ajustando a nossa manhã e tarde a noite será uma sequência de surpresas.

— Hum que delicia, mas por falar em surpresa, preciso deixar minha equipe entrar na fazenda, eles estão na entrada agora. – ela fala olhando para ele.

— Como assim?

— Vamos Santos, avise Maria e os demais que minha equipe está no portão e que é para deixá- los entrar.

— Faça você, a fazenda é tua também lembra! — ela liga para a fazenda e fala com Maria, a moça confirma a chegada da equipe. Ela avisa que vão para o apartamento também depois.

— Vai me dizer do que se trata?

— Claro que sim, mas no quarto de Cassandra, ela deve estar pronta para que a leve para casa.

— Inês!!— ele se levanta sorrindo e vai abraçar ela. – Sério que vou levar minha menina para casa hoje?

— Sim, ela está bem, falei que tudo ela é bom no prognóstico. Agora vamos que ainda tenho que trabalhar na emergência.

— Mulher um dia você pode tirar a capa de super Mulher Maravilha e me deixar cuidar.

— O que está fazendo agora me abraçando, hum, me cuidando. Me dando energia para aguentar mais 15 horas de plantão, me dando esperanças.

— Hum que bom que posso tudo isso. – ele a beija com desejo. – Vem vamos para o quarto da minha menina antes que eu te devore aqui.

Eles estão no elevador quando Victoriano pega a mãe de Inês, a beija e a abraça novamente.

— Obrigada por salvar minha filha, obrigada por me salvar, e por me dar um filho, e cuidar da minha princesa.

— Uma família e tanto. 30 dias somente 30 dias e já somos tudo isso!

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