O toque dos ventos-frios(concluído)

a nova família.

Nós oito comessamos a fazer uma refeição diferenciada. Eles nus ofereceram passas, sementes, raizes e...carne de servo...eles cozinhavam no gelo, seus costumes eram muito estranhos para mim. Eu não como carne. A irmã de ívan, clem, perguntou a ele sobre suas asas e ívan lhes contou tudo. A irmã dele achou um absurdo e eles se desintenderam por um tempo. Só nus salvaram porque acharam que éramos um deles,quando mergulharam, eu e ían já estávamos com as penas iguais às deles. E pensaram que delaila e halgor haviam nus atacado. Parece que as harpias de neve (ou pelo menos essas que sobraram) matam humanos. o que revoltou ívan. os humanos os deixaram quase extintos, por isso caçam os poucos humanos da região.

Ívan , delaila e halgor só não foram mortos porque clemeron reconheceu o irmão que se explicou.

Um tempo depois,os dois irmãos de cara emburrada vieram até mim que observava a grande ravina densa pela entrada do ninho que era coberta de cristais de gelo. Antes de ìan e eu partirmos,eles pediram que aceitassemos um tour pelo lugar onde ívan nasceu. Aceitamos.

Estávamos nus preparando para o passeio, eu sentia algo diferente em relação ao colar que eu carregava no pescoço, o tocava e sentia que precisava chegar na floresta descongelada, lá encontraria respostas,não só para a nossa transformação repentina em harpias de neve mas também sobre nossa origem. Eu não estava mais sozinha,estava rodeada de outros como eu,e mais do que nunca,estava mais próxima de ívan agora. Talvez com essa transformação, com a família dele,eu poderia finalmente entender um pouco do que se passou com ele,de como ele se sente,ou talvez,de como era ser ele...por um tempo...

Era noite,estava totalmente escuro,o fogo não resistia na ravina,então clemeron pediu que aguardassemos.

-todos de pé. Disse clem. Vamos mostrar a eles como enxergamos aqui. Falou dando um sorriso.

-vao adorar...Disse um deles. Ían estava tão ansioso quanto eu.

Fecharam os olhos,clemeron,seraphin,hardiel, ciron,temeros, e quizur . Seraphin e hardiel eram as duas mulheres harpias,ciron,temeros e quizur os homens.

Quando abriram seus olhos,nus impressionamos,não só seus olhos pratas estavam literalmente brilhando,mas também todas plumagens brancas e seus cabelos amarelos desbotados. Todos os vestigios de penas brancas neles brilhavam,seus cabelos brilhavam,seus olhos...era uma visão incrível,e quando olhei para ívan,ele estava sério, seus olhos pratas brilhavam e seu cabelo em corte humano também. Nossos olhares eram como da primeira vez em que o vi,porém aquela luz que emanava dele,fez algo diferente em mim...

-demais! Pai como nunca mencionou esse super poder que você tem pra mim?! Disse ían.

-isso não é um poder é só uma coisa que fazemos quando esta escuro demais,nao é sempre. E mesmo que eu quisesse falar não iria adiantar,isso só funciona aqui. Disse ívan.

-é a vez de vocês. Disse clem.

- não sabemos como fazer. Respondi.

- é só pensar em se acender que funciona. Disse seraphin rindo. Que útil...

Primeiro ían e lá estava ele, olhos pratas luminosos e penas como pedras florescentes ,seus cabelos não brilhavam pois não tivemos alterações nos cabelos.

Era minha vez. Mente cheia de pensamentos e lá estava eu,emanando luz,como um espírito da noite ,um corpo celeste...meus olhos como linces na escuridão...

-a parte legal vem agora. Disse hardiel. Olhem lá fora.

No mesmo instante olhamos a ravina que estava totalmente luminosa, o oposto de alguns segundos atrás. Flores,árvores, galhos, e até o próprio gelo estavam como todos nós, incandescentes.

-o que houve com tudo? Perguntou ían.

-nada,tudo continua igual,exeto agente. Disse clem.

- eu,eu não entendo. Respondi.

- Nossa visão está diferente, isso se chama enchergar melhor no escuro,tipo bem melhor mesmo. Porém estamos brilhando mesmo. Disse temeros.

- agora olhem isso! Eu sou um vagalume!! Disse quizur acendendo e apagando partes aleatórias do seu corpo me fazendo arregalar o olho. Ían pareceu ter gostado do truque de bardo do indivíduo, já todos os outros reviravam os olhos como quem gostaria de sumir dali.