Capítulo 8

597 64 18
                                    

Desperto com a falta de ar que não circula mais pelos meus pulmões, meu peito arder e eu não consigo encontrar o ar para aliviar.

Sinto as mãos pressionarem o meu pescoço e quando abro meus olhos, eu a vejo. Seu corpo sobre o meu pesa mais do que eu imaginava e eu luto para tentar tirá-la de cima de mim.

Seus olhos escuros e o sorriso diabólico me dá calafrios. Sua blusa está repleta de sangue e só de imaginar de onde vem todo aquele sangue meu desespero aumenta.

Procuro pela arma de baixo do meu travesseiro e não encontro. Minha visão começa a ficar turva, eu tento ficar e lutar para conseguir me salvar e salvar meus filhos, mas já é tarde demais, porque logo em seguida eu desmaio.

Acordo ofegante e percebo que estou sozinha no quarto. A arma ainda está de baixo do travesseiro e o celular sobre a escrivaninha ao meu lado. Coloco a mão sobre o pescoço e não sinto nada fora do comum, então percebo que tudo isso não passou de um pesadelo.

A cada dia que passa, esses pesadelos parecem se tornar ainda mais reais.

Me levanto e vejo que já passa das seis horas. Vou até o banheiro e observo meus cabelos totalmente bagunçados e o rosto ainda inchado. Escovo os dentes e lavo o rosto. Quando volto para o quarto em meu celular vejo uma chamada perdida do Damon. Esse horário ele provavelmente deve estar em uma reunião. Então vou até o quarto das crianças e vejo os meus anjinhos ainda dormindo tranquilamente. Fecho a porta e resolvo preparar um café.

Ainda estou com sono, mas não quero dormir. Não quero sonhar mais uma vez com aquela mulher, só de pensar nela eu tenho pequenos calafrios e uma náusea se instala em meu estômago.

Resolvo fazer então o café de forma tradicional para ver se consigo me manter acordada.

Coloco bastante água para ferver.

Me sento e espero pela água ainda no fogo alto. Me curvo sobre a bancada apoiando minha cabeça sobre as mãos. Minhas pálpebras começam a pesar e antes de cair no sono o meu celular toca, pulo na cadeira com o susto e vejo que Damon que está me ligando.

- Oi amor. - Digo ainda sonolenta e logo em seguida bocejo.

- Bom dia querida. Te acordei?

- Não. Eu já estava acordada, resolvi descer para preparar um café. - Suspiro. - Tudo bem? - Me levanto e caminho pela cozinha para afastar o sono.

- Outro pesadelo? - Ele pergunta e vejo a preocupação no seu tom de voz do outro lado da linha.

-Sim. Mas não precisa se preocupar com isso. - Procuro uma xícara para me servir do café.

Escuto um longo suspiro.

- Desculpe deixar vocês sozinhos.

- Não estamos sozinhos, a casa está cercada de seguranças. - Tranquilizo ele.

- Vou dar um jeito de adiantar essas reuniões.

Só de pensar em dormir mais uma noite sozinha me dá arrepios.

- As crianças já estão sentindo a sua falta.

- Prometo que vou resolver isso o mais rápido possível para que eu possa voltar para vocês. Também estou com saudades.

- Está bem. Estaremos aqui, te esperando.

- Ligo para você mais tarde. Beijos, amo vocês.

- Também te amo, até.

Desligo o telefone e volto a dar atenção ao meu café.

MAIS TARDE

Desperto no meio da tarde com Jack e Melanny dormindo sobre mim no sofá da sala de estar. Depois do almoço as crianças brincaram um pouco e quando eu vi que os mesmos estavam sonolentos, deitamos todos no sofá e adormecemos.

Meu Marido Muito Atraente - Trilogia AtraenteOnde histórias criam vida. Descubra agora