Pegar sua moto e viajar por todas as cidades, essa era a vida de Hades.
Sem se preocupar com nada em sua volta, ele vivia uma vida tranquila mas ao mesmo tempo agitada.
Em uma dessas viagens acaba encontrando uma pessoa, a qual ele conhecia muito...
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— Abelinha, abra essa porta — poderia até jurar que estava sentindo o cheiro do seu bafo de bebida, mesmo estando metros longe da porta.
Continuei deitada, encolhida na cama. Me sentia dopada, mesmo estando realmente. Desde que voltei para casa não conseguia fechar os olhos para ter uma boa noite de sono, o medo que eu tentava não sentir, agora era tão real que um simples barulho na casa me fazia se sentir amedrontada.
Me dopar de remédios era a solução, aquilo poderia me levar à morte, ou até mesmo um coma. Mas eu não pensei quando enfiei 3 tipos de comprimidos na goela.
Agora deitada na minha cama, completamente fraca, escutava batidas na porta e sua voz me fazendo ter pesadelos acordada.
Levantei-me e andei em passos lentos e tortos até à porta.
— Você é meu p-pai — disse em uma tentativa de tirar qualquer maldade da sua cabeça, me fazer entender que ele era realmente alguém que também me trouxe ao mundo.
— Eu sei abelinha, então deixa o papai entrar para cuidar de você — disse completamente bebado.
Dei alguns passos para trás e sem conseguir controlar meu corpo, cai de bunda no chão. Devo ter sentido alguma dor, pois um gemido baixo escapou dos meus lábios.
Ali estava o sono, o qual eu desejei há horas. Ele estava enfim me consumindo, me senti ser engolida pela escuridão, mas antes de voltar para os pesadelos "fictícios", escutei a voz do meu verdadeiro pesadelo gritar:
— Você vai sair daí mais cedo ou mais tarde abelinha, vou te ensinar a nunca mais me desobedecer ... — o resto, não me lembro muito bem, mas sabia de uma única coisa apenas ....
O inferno estava apenas começando.
[.....]
— Hmm — gemi sentindo muita dor no meu corpo.
Abri os olhos e percebi que estava ainda no chão, e que a noite passada não foi um dos inúmeros pesadelos que já tive, foi real.
Os pesadelos estavam se tornando cada vez mais reais, e eu temia quando o pior deles se tornasse realidade.
Escutei um barulho do lado de fora, reuni todas as forças que tinha e me levantei para olhar pela janela. Do lado de fora estava Kevin, conversando com alguém que ainda estava dentro do carro, ele fazia gestos, parecia irritado. O carro então começou a se movimentar e ele chutou o carro e correu para dentro de casa.
Escutei seus passos, e uma sombra parar em frente à minha porta, não ouve barulhos, mas a sombra continuou ali, Kevin parecia querer escutar qualquer barulho que fosse dentro do meu quarto.
