Te encontro através da arte

Em um pub qualquer

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20.02.1899

Londres, Inglaterra

20h

Querido diário,

Hoje mais cedo mamãe forçou-me a passar o dia com Anathema e sua querida mãe, não que eu me opusesse a isso, de fato é mais agradável do que passar a tarde com a senhorita Hermet. Porém minha tarde não foi tão agradável como os dias que passo com minha querida amiga e sua mãe, pois mamãe só me forçou a isso porque queria que eu fosse ao ateliê de madame Trancy para escolher meu traje para o casamento. Eu não poderia mais evitar, por mais que eu queira, tanto minha mãe quanto meu pai exigem que eu case com Alicia Hermet, a anos isso está combinado, apesar de que eu tenha conseguido evitar de fato o dia do casório, mas já estou com meus 30 anos, segundo papai já passou da hora de construir minha família e tomar as rédeas da fábrica, mas não é segredo que isso não é meu sonho. Queria poder viver da arte, de minhas poesias e de minha música, o concerto seria amanhã no teatro da cidade, mas papai esta irredutível contra a ideia de que eu volte a me apresentar e em ajudar a reabrir o teatro. Seria tudo para mim poder tocar, escrever e quem sabe abrir uma livraria em Liverpool e... morar com X, ah! Hoje faz quatros semanas, dois dias e 21 horas que não nos vemos, e isso parte meu coração, não podíamos nos ver sempre é claro! Principalmente depois do teatro fechar, porém agora nosso distanciamento é diferente, suponho que haja rancor entre nós, digamos que a notícia do meu noivado não foi dita com muita cautela..."

-Aziraphale Fell

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- A senha.

- Salva l'arte ― Respondeu a sombra de uma figura trajada com um capuz preto.

- Bem-vindo senhor! ― Em um sussurro cordial o homem mais alto abriu passagem entre a pequena porta de madeira que ficava escondida a baixo do velho edifício.

Já dentro do que parecia ser um pub velho e cheirando a mofo, com algumas cadeiras e um pequeno palco a figura encapuzada retirou sua toca deixando que seus cabelos ruivos caíssem sobre os ombros, passou o olhar sobre o local vendo uma quantidade razoável de pessoas sentadas e tomando drinques. Uma figura baixa de cabelos pretos presos em um coque alto e trajando um vestido de cetim da mesma coloração de seus cabelos quase pula em sua frente

- Crowley! Finalmente você chegou. Como está? Onde estava? Alguém lhe viu entrando? Disse para Hastur não da bobeira lá fora?  ― A morena disparou perguntas contra o ruivo sem ao menos tomar fôlego 

- Estou ótimo! Estava em casa esperando minha mãe dormi para poder vir. Ninguém me viu e Hastur sabe o que faz. Agora por favor se acalma. 

- Eu não estou acreditando no que meus olhos estão vendo... ― Podemos dizer que ela estava quase divagando, dizendo aquilo mais para si do que para Crowley

- O que foi agora Bub?  ― Perguntou o ruivo em tom impaciente enquanto terminava de se despir de seu capuz longo e negro 

- Você continua andando pelas ruas com essas roupas? Crowley eu já falei traga as roupas na mochila, ou...

- Relaxa Bezelbu. Estava de capuz e não tinha ninguém na rua 

- Mas poderia ter. E eu ainda consigo ver esses saltos mesmo com esse capuz idiota, imagina se te pegam com isso Crowley, você não pensa não?