a soulmate who wasn't meant to be 𖧵 txt

why?

I never should have said
I love you
You never said it back
So why do I still care for you?

𖧵

Não era novidade para Huening ver linhas vermelhas em todo lugar, no começo ele tentava desviar delas mas todos o olhavam como se ele estivesse agindo como uma pessoa louca, então ele simplesmente entendeu que eram alucinações dele. Ele provavelmente só compreendeu o que elas significavam quando tinha catorze anos e assistiu um anime que abordava o tema Akai Ito; uma lenda de origem chinesa onde todas as pessoas, ao nascer, recebiam um fio vermelho que os ligaria a sua alma gêmea, não importava o que acontecesse, a linha nunca iria se romper e as duas pessoas estavam destinadas a se encontrar.

O garoto não ligou muito na época, mas finalmente entendeu o motivo de seu pai ter ido embora com uma outra mulher, o fio dos seus pais não era o mesmo. Por incrível que pareça, Kai também tinha um fio em seu dedo mindinho, mas só conheceu o dono do fio quando viu o mesmo cantando em um bar. Seus cabelos tingidos de lilás o deixava ainda mais encantador e sua voz soava como um anjo, o único problema é que o fio de Hyuka estava em seu pulso, o garoto desconhecido tinha outro fio em seu mindinho.

O americano ignorou aquilo o máximo que podia, talvez aquele garoto tinha duas almas gêmeas, o que, com toda certeza, não era um problema para Huening. O garoto misterioso se chamava Soobin e era alguns anos mais velho, mas a idade não impediu a química que existia entre eles, tudo parecia certo quando estavam juntos, pareciam destinados a se tornarem um casal.

A primeira vez que saíram juntos foi em um parque de diversões, um dos melhores dias de sua vida de acordo com Kai. A memoria do sorriso envergonhado, que mostrava as covinhas, era o que fazia Kai continuar ali. Também nunca esqueceria de quando tocou aqueles lábios delicados pela primeira vez, um beijo desajeito que fez os dois garotos rirem nervosamente, mas em poucos segundos já estavam trocando carícias novamente pois se sentiam confortáveis e seguros um com o outro.

O mais novo conheceu um menino baixinho de fios amarelos em sua classe de dança, o mais velho sempre estava disposto a lhe ajudar, mas o que realmente foi uma surpresa para Huening foi ver que seu fio vermelho também estava ligado ao pulso do garoto, o qual também possuia outro em seu mindinho. Fazia um tempo que ele e o outro Choi não se encontravam, então não vou problema em se encontrar com o garoto que, também, fazia seu coração bater de uma forma estranha no peito.

O primeiro encontro foi em um café repleto de gatos, animais que o lembravam do hyung que lhe acompanhava. Os momentos que dividiu entre quatro paredes com Yeonjun nunca seriam esquecidos, eram memórias especiais demais para o jovem americano.

Felizmente ou infelizmente, tudo fez sentido quando Yeonjun e Soobin se conheceram, o fio de seus dedinhos se encontravam, eles eram almas gêmeas. Talvez fosse apenas uma ironia do destino ele amar de forma tão louca os dois Choi, mas, ao mesmo tempo, ele os conhecia bem o suficiente para ver que o olhar que direcionavam um ao outro era diferente do que mostravam ao mais novo; era mais intenso, mais completo, era como se pudessem entender a alma um do outro.

Ele não se surpreendeu quando os dois começaram a namorar, até porque nenhum deles devia algo a ele, depois disso Huening se descobriu um ótimo ator, escondendo qualquer dor e sofrimento que seus hyungs o causavam. Se sentia egoísta, os dois garotos que ele amava estavam felizes, por que não podia ser feliz por eles? Ao mesmo tempo que morria por dentro, ele não conseguia se afastar, ele precisava do abraço apertado que o garoto de covinhas o dava, ou os carinhos no cabelo que o hyung com olhos de gato o dava.

Ele não se lembrava muito bem da noite em que surtou e confessou tudo, até porque o mais novo tinha bebido bem mais do que deveria. Talvez tudo teria sido mais fácil se os dois não o tivessem olhado como se o mesmo estivesse louco, a última coisa que queria era receber olhares de pena dos mais velhos.

Sua primeira música que fez sucesso era, ironicamente, a que confessava todos seus sentimentos entalados, a música onde adimitia que simplesmente não eram destinados, que era uma alma gêmea que não era pra ser.