1. 絶望的

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Avisos: contém violência ⚠️

JUNGKOOK

— Jungkook! — Ouço gritos do lado de fora, enquanto a porta do meu quarto é esmurrada. — Jungkook, seu merda! Abra agora a porra da porta, filho da puta!

Os baques tornam-se mais altos.

— Eu te dou três segundos para...

— Já estou indo, porra! — Grito de volta, indo abrir para saber o que ele quer a essa hora da noite. — O que você quer?! — Escancaro a maldita porta e o encaro.

— Você sabe o que eu quero, caralho! Mas foi dizer aos porras dos seus amiguinhos para não me venderem mais. Quem você pensa que é para se meter na minha vida desse jeito, seu merdinha inútil? — Ele vocifera, seu rosto está em um tom vermelho, de puro...

Ódio.

— Compre em outro lugar. — Digo simplório. — Ninguém de lá vai te vender nada. O que não faltam são traficantes nesse lugar de merda.

Observo a feição de seu rosto tornar-se somente desprezo e exalar um rancor amargo quando ele me empurra contra a parede do quarto agarrando meu pescoço. Sinto um latejar de dor nas costas pelo impacto, mas a raiva é realmente muito pior.

— Como você se atreve a fazer isso comigo? — O aperto torna-se mais forte. — Eu que mando em você aqui, seu vagabundo! Não venha achando que só porque agora é um traficantezinho fodido, que se tornou o dono do mundo. — tento a todo custo afastar sua mão para conseguir respirar, porém é em vão por ele ter me pego desprevenido. Sinto lágrimas se formarem em meus olhos devido a pressão que está sendo feita. — Você vai me dar aquela merda. Eu sei que você tem aí. Vamos, me dê agora, Jungkook! — Ele me solta e quando faz isso tusso em busca de ar e sinto minha garganta doer. Logo o homem começa a vasculhar minhas coisas a procura pelas drogas que não tenho.

— Não vai conseguir achar nada aqui, não trouxe nada para casa hoje. — Meu tom sai controlado, mesmo que eu esteja quase explodindo por dentro. — Saia daqui. — Me aproximo para ficar cara a cara com o desgraçado a minha frente, pensando em todo o desprezo que passei a ter por ele.

— Apenas saia daqui, pai.

Agarro seu braço. — Eu não vou mais dar heroína nenhuma a você. Vá embora. — Faço menção de virar de costas quando ele me para, e em seguida, desfere um soco com o punho direito em meu rosto. Sinto o gosto do sangue acumulando na boca, porém não para por aí. Em seguida outro soco, dessa vez em minha barriga, e outro e mais outro. Perco a conta quando caio no chão, entretanto ele continua. Está gritando incansavelmente todos os xingamentos e todos os motivos pelo qual me odeia.

— Saia de cima de mim, seu filho da puta! — Gritando como nunca, me debato mais e mais para que me solte, porém minha visão fica quase que totalmente escurecida e perco o restante de minha força, quando ele finalmente para e me solta.

— É isso o que você merece, apenas isso, Jungkook! Você não é nada além de um adolescente idiota que se acha corajoso demais.— ouço sua risada repleta de escárnio. — Espero que você seja pego... E que a polícia te mate no meio disso tudo que se enfiou. — Sua respiração está ofegante pelo cansaço de me bater.

Quero que ele vá embora para eu poder levantar e sair dessa casa.

Preciso que ele vá.

Eu o odeio como nunca achei que seria capaz de odiar alguém, com tanta animosidade.

E odeio ainda mais esse lugar carregado de memórias ruins. Odeio o que ambos representam para mim.

Por fim, meu pai dá as costas e sai batendo forte a porta. Sinto o rosto latejar e gemo pela dor ao tocá-lo. — Maldito filho da puta. — Murmuro.

Assim que consigo me levantar, sinto a cabeça pesar e minha visão escurece novamente, tento o máximo que consigo ignorar a sensação terrível que me alcança. Levo as mãos até o bolso do casaco que estou usando e tiro de lá meu celular para discar o número de Taehyung, meu melhor amigo.

Depois de alguns toques ele atende.

Oi, Jungkook! Você precisa vir para cá! ele grita por conta do som alto do ambiente em que está.

— Ei, hyung... — digo sem muito humor.

O que aconteceu? Por que está tão desanimado? É sábado, dia de diversão, gracinha!

— Está tudo bem, hyung, apenas preciso sair de casa. Onde você está?

Na festa de um tal Namjoon. Aquele que estuda em nossa escola e anda com aquele grupo de riquinhos. Kwon que o conhece melhor. — ouço vozes no fundo como se alguém estivesse conversando paralelamente com meu amigo. — Jungkookie, corre logo para cá, vou te mandar o endereço!

A ligação é encerrada, e em seguida recebo a localização da tal festa.

CONTINUA...

💎

Addictive Fears

Addictive Fears • jjk + pjmWhere stories live. Discover now