Quem é vivo sempre aparece né??
- Faz mal você ficar sem carro por uma semana? – perguntei para Lisa que estava deitada ao meu lado.
- Não, por quê? – perguntou.
- Esqueceu que amanhã eu tenho que ir para Seoul? – lembrei ela.
- E você acha mesmo que eu vou deixar você pegar a estrada sozinha? – perguntou.
- Mas vai ser incômodo para você... – argumentei.
- Vai ser mais incômodo ficar o dia inteiro preocupada.
- Amanhã a gente deixa o Peter na escola e vai. – concluí.
- Podemos pedir para ele voltar com a Sra. Jung, estou com medo de pegar um trânsito na volta e chegar muito tarde na escola. – ela deu a ideia.
- Vou ligar para ela e para a Nayeon, preciso combinar com ela para vermos o vestido. – falei.
- Ok, vou dar uma olhada no Pan. – Lisa falou e saiu do quarto.
Liguei para a Sra. Jung que disse que seria um prazer cuidar do Jimin pela tarde enquanto a Lisa não chegava, e depois liguei para a Nayeon para combinarmos onde iriamos. Pensei em ligar para Jisoo, mas a Nayeon falou que ela andava muito agoniada com as coisas do casamento, então achei melhor não.
- Mamãe, é verdade que você vai passar uma semana fora? – Peter me perguntou.
- É sim, meu amor. – falei abraçando e beijando a bochecha dele.
- Eu posso ir com você? – ele perguntou com lágrimas nos olhos.
- Você tem que ficar aqui, a mamãe vai resolver algumas coisas. – expliquei.
- Então deixa eu dormir aqui com você. – ele me pediu.
- Deixo meu anjo. – falei abraçando meu ursinho.
Dormimos rapidamente, eu, Lisa e Pan na mesma cama. No outro dia pela manhã acordamos num pulo, tomamos café, arrumei rapidamente uma mala, fomos deixar o Peter na escola e depois seguimos viagem.
- Vou ficar com saudades. – Lisa falou assim que chegamos.
- Só é uma semana, passamos quatro anos separadas, você suporta. – falei dando um beijo rápido nela.
- Ei, volta aqui. – ela chamou quando eu estava prestes a sair do carro, me puxou pelo braço juntando nossos lábios e iniciando um beijo beeeeem mais quente.
Lisa me beijava com urgência, suas mãos massageavam minhas costas enquanto as minhas puxavam os fios de sua nuca. Ela começou a depositar beijos molhados em meu pescoço e me arrepiei por completo.
- Lisa, aqui não. – falei percebendo que estávamos na frente do nosso edifício.
- Então vamos subir.
- De jeito nenhum, esqueceu que você tem que pegar o Pan? – lembrei a ela.
- Mas... – começou.
- Mas nada, espere, na volta tiramos todo o atraso. – falei dando um último beijinho nela e saindo do carro. – Te amo. – falei quando ela abaixou o vidro.
- TE AMO MAIS! – gritou.
- Cuide bem do Pan e não se esqueça de ligar todas as noites, irei ficar com saudades. – falei com o coração apertado, já estava morrendo de vontade de abraçar meu bebê.
- Pode deixar. – ela falou sorrindo dando partida no carro e seguindo viagem.
Entrei no elevador e abri a porta do apartamento, encontrando Momo deitada no sofá.
- Bom dia, lesada. – falei.
- Rosé!? – ela quase gritou.
- Eu... – falei rindo.
- O que você tá fazendo aqui? – perguntou.
- Vim passar uma semana aqui, a Lisa não te contou? – perguntei.
- Não... e você veio fazer o quê? – perguntou ainda confusa por eu estar ali.
- Vou ver o vestido do casamento. – respondi sorridente.
- Posso ir com você? – perguntou animada.
- Vai ser ótimo ter outra opinião sincera. – falei rindo.
- Então, quando iremos?
- Vou ligar para a Nayeon, assim que ela chegar nós saímos. – falei.
Liguei para Nayeon, que em menos de quinze minutos chegou saltitando no apartamento.
- BOM DIA! Estou doida para escolher o vestido! – ela falou quase gritando.
- Momo, podemos ir no seu carro? – perguntei.
- Só se você deixar eu ser madrinha do seu casamento. – falou.
- Você vai ser, lesada! – respondi e ela abriu um grande sorriso e pegou as chaves do carro.
A loja ficava um pouco afastada do bairro onde morávamos, após vinte e cinco longos minutos de carro, chegamos numa loja gigantesca de vestidos.
- Meu Deus, são muitos! – Nayeon falou olhando para os milhares de vestidos que havia ali.
- Posso ajudar? – a vendedora perguntou.
- Queremos todos os vestidos de tamanho trinta e seis para essa mocinha aqui provar. – Nayeon falou antes mesmo que eu pudesse abrir a boca.
Fomos até uma sala onde a vendedora colocou dezenas de vestidos.
- Você vai mesmo provar isso tudo? – Momo perguntou com os olhos arregalados olhando para a quantidade de vestidos que havia ali.
- É claro! – Nayeon falou me empurrando um vestido para que eu fosse prová-lo.
- Já me arrependi de ter vindo... –Momo falou sentando em um mini sofá que havia nessa sala.
Passamos mais de duas horas, a Nayeon estava mais empolgada que eu, Momo estava jogando HellKit no celular há horas com uma cara de tédio que dava vontade de rir. Depois de provar pelo menos vinte vestidos, dentre esses, longos, curtos, com alça, tomara que caia e outros modelos que eu nem imaginava que existia, decidi que nenhum havia combinado realmente comigo.
- Sinceramente? Não gostei de nenhum. – falei.
- COMO É?! – Momo gritou.
- Não. Gostei. – falei pausadamente.
- Você me fez passar duas horas sentada aqui, morrendo de fome, para não escolher nenhum? – ela perguntou embasbacada.
- É o que parece... – respondi rindo e ela bufou.
- Você poderia fazer seu modelo personalizado. – a vendedora deu a ideia.
A vendedora realmente era legal, se chamava Dahyun e era uma jovem que trabalhava com moda e que tinha nossa idade.
- Como assim? – Nayeon perguntou.
- Você pode desenhar o modelo, a costureira tira suas medidas e faz do jeito que você deseja. – ela falou sorridente.
- Ótima ideia! – Nayeon exclamou.
- Mas, quem vai desenhar? – perguntei.
- Eu faço curso de moda, posso tentar ajudar. – Dahyun se ofereceu.
- Ótimo, você pode ir na minha casa amanhã? – perguntei.
- Claro, me passa o endereço. – ela pediu.
Após anotar o endereço, marcamos um horário no dia seguinte e saímos da loja para almoçarmos.
- Estou morrendo de fome! – Momo falou assim que chegamos no restaurante que era a duas quadras da loja.
Comemos bastante e depois voltamos para o apartamento. Queria chegar cedo para fazer o orçamento das coisas e planejar o que iria fazer nos dias seguintes.
Sentei na cama e peguei um caderno, fiz várias contas até que me cansei e deitei a cabeça no travesseiro, tinha o cheiro de Lisa, me deu uma dor no coração só de lembrar que iria passar uma semana sem ver tanto ela e o Peter. Para matar a saudades, decidir ligar para eles.
- Oi, amor! – ela atendeu alegremente.
- Tô com saudades. – falei e ela riu.
- Fecha os olhos. – falou e depois ouvi um barulho de um beijo. – O meu beijo chegou aí? – perguntou e eu ri.
- Chegou. – respondi rindo e mandei um pra ela. – E o meu?
- Pera... CHEGOU! – ela gritou e eu sorri largo.
Boba.
- Nossa, a gente é muito idiota. – falei rindo.
- Você ligou para me chamar de idiota?
- Claro que não, sua idiota. – falei revirando os olhos. – Como foram as coisas hoje?
- Tudo bem, o cara dos móveis veio aqui hoje e me deu o orçamento, nem saiu tão caro. Creio que quando você voltar já esteja tudo pronto.
- E o Peter? – perguntei.
- Está no quarto dele fazendo os deveres. Quer falar com ele?
- Não, vou terminar atrapalhando ele. Fala que eu amo muito ele e que estou morrendo de saudades, e não esqueça de por o pijama nele antes de dormir e deixe ele dormir com você no nosso quarto. – falei.
- Pode deixar, mais alguma coisa?
- Te amo. – falei.
- Volta logo. – ela disse num sussurro.
Depois de vários minutos de “desliga você primeiro”, nos despedimos e Momo apareceu no quarto.
- Quer pizza? – perguntou.
- De frango com catupiry, por favor. – falei.
Momo foi até a cozinha para pedir a pizza e eu fiquei no quarto.
- PORRA! – ela gritou.
- O que foi?! – perguntei assim que cheguei na cozinha.
- A pizzaria não entrega dia de hoje. – falou revoltada.
- Então por que não vamos até lá? – perguntei como se não fosse tão difícil assim resolver esse problema.
- Vou trocar de roupa. – saindo correndo para o quarto.
Momo só andava de lingerie pela casa, ela não tinha nenhum pingo de vergonha, mas eu também nem me importava, pois mesmo ela sendo bem gostosinha, ainda a via como uma irmã mais nova.
Saímos para comer pizza e depois voltamos, me joguei na cama e adormeci rapidamente.
