The Fan

25: the wedding

Grávida.

Beatriz estava muito, totalmente, completamente grávida e não acreditava naquilo.

Claro que ela sabia que uma hora ou outra iria aparecer dessa maneira, só não imaginava que sua gravidez estaria tão próxima.

Desde que se mudou para casa do namorado, ambos sempre tiveram suas relações sexuais, mas claro que, sempre com proteção. E como sabemos que nada é cem por cento, lá estava ela, carregando um fruto de seu amor por Pattinson na barriga, — que logo mais estaria gigante. Isso a fez pensar se Robert estaria mesmo pronto para ter uma criança agora. Sempre usou meios de proteção com ela. Aquilo poderia apenas significar que ele era um tanto cuidadoso, ou, poderia significar algo mais extremo que no momento, não tem como voltar mais atrás, que é: a sua falta de desejo em se tornar um pai.

O tempo passou mais rápido do que esperava.

Após ter feito o teste que ela jurava que daria negativo com Melissa, ficou imóvel ao ver o resultado. Suas lágrimas começaram a descer, não sabendo se as mesmas eram de emoção ou tristeza. Mas, como poderia ficar triste em estar com um serzinho dentro de si? A culpa não havia sido dela, nem do namorado. O mínimo que devia àquela criança, era ficar imensamente feliz e grata por saber da sua existência. E mais feliz ainda em saber que podia gerar uma criança.

Sua educação foi de ouro e muito exemplar. Um dos assuntos mais abordados de Julie era sobre a família. Diversos assuntos eram tratados sobre, mas um em especial era ainda mais comentado: a gravidez e o presente que é conseguir gerar outra vida além da sua. Atualmente, muitas mulheres não podem ter essa felicidade imensurável, e apesar de toda tristeza presente, acabam optando em adotar um bebê para chamar de seu. Enquanto muitas outras mulheres que podem sim desfrutar desse sentimento, não ligam e muitas das vezes acabam abortando ou abandonando os seus filhos, apenas pelo egoísmo presente dentro de seus corações com as desculpas de que não seriam uma boa mãe ou não estão prontas para tamanha responsabilidade.

De fato nenhuma pessoa está pronta para isso, e nem nasce sabendo como ser uma boa mãe. E é exatamente por isso que existe o tempo, porque é com ele, e apenas com ele, que aprendemos à sermos melhores que ontem e ainda melhores no amanhã. É com ele que aprendemos a ser uma boa mãe, boa pessoa, boa tia, boa avó e mais o que for. A vida é curta, mas o tempo é longo para nos ensinar diversas coisas, basta querermos aprender.

Era aquela lição que Beatriz carregava para vida e se abraçava ainda mais assim que descobriu que seria mãe. Um dia seria aquela digna de ganhar um Oscar por cuidar tão bem de seu bebê, aquela que apenas com um beijo ou abraço cura qualquer dor e machucado, aquela que aconselha, conversa, cuida e acima de tudo: ama.

Ela seria mãe e estava feliz por isso. Tão feliz que seu sorriso não cabia mais em seu rosto e logo teria que ser divido em outro: o de seu marido.

A partir de hoje, Robert seria marido de Beatriz, já que o casamento enfim havia chegado.

Tudo estava uma completa correria, mas não poderia estar melhor ou diferente daquilo. Logo mais ela seria casada e não demoraria muito para revelar à seu marido e todos que agora carregava uma vida em sua barriga e seu coração. Uma vida que ela já amava mais que a si mesma.

Desde que descobriu que seria mãe juntamente de sua melhor amiga, entrou em estado de choque e precisou ser acalmada com um enorme copo de água com açúcar. E naquele momento, Melissa não fez o seu papel de amiga, e sim o papel de uma mãe, aconselhando e conversando com Beatriz até que ela notasse que aquilo era um presente enviado dos céus para ela, e que sua vida tinha tudo para ser completa, apenas faltava mais alguém para equação e que agora já estava quase chegando: seu bebê.